Pov Ruggero
Olhei-me no espelho pela quinta vez tentando ajeitar alguns fios rebeldes do meu cabelo. Ela tinha que me notar e para isso eu precisaria estar perfeito, passei o dia inteiro contando as horas para esse momento e tudo deveria sair como planejado. Acordei bem cedo para comprar o presente de Javier, tive bastante dificuldade de achar algo ideal para ele, não conheço seus gostos e aquela manhã de sábado estava bem agitada como de costume.
Acabei optando por um conjunto de gravatas, um presente não muito original, mas sei que ele gosta de gravatas afinal sempre vai trabalhar com roupa social. Ele era tão certinho e sua roupa era sempre tão bem arrumada que eu deveria ter comprado umas gravatas de palhaço para ele.
― Otário ― acabei rindo dele ao imaginá-lo com uma gravata de palhaço.
Para minha infelicidade, Karol não deu as caras hoje. Ainda consegui flagrar no momento em que sua cortina foi aberta e quando ela se levantou e saiu muito cedo, porém não a vi mais. Passei a tarde inteira sentado naquele banco pequeno, com as mãos na câmera e esperando minha garota aparecer para fotografá-la, pensei inúmeras vezes de ir a sua casa com uma desculpa esfarrapada, porém me faltou a coragem.
Resolvi então dormir e sonhar com seu corpinho maravilhoso rebolando em cima de mim, seus lábios emitindo meu nome enquanto aquele babaca do Javier comemorava sua festa sem nem imaginar que sua filhinha estava em minhas mãos.
Percebi que estava um minuto atrasado, larguei o pente em cima da cômoda, peguei o presente do meu chefe e sai às pressas do meu apartamento. Como a sua casa ficava ao lado não demorei muito – praticamente nada – para chegar.
Apertei a campainha sendo atendido por Valentina, a filha mais velha de Javier.
― Fique a vontade ― disse com um sorriso bonito nos lábios. A casa estava bem decorada, estava tudo bonito. ― O meu pai vai descer daqui a pouco, quer algo para beber?
― Ah não, eu estou bem. Obrigado ― eu balancei a cabeça em agradecimento. ― Irei espera-lo aqui.
Sentei no enorme sofá cheio de almofadas, Valu assentiu e me deixou sozinho na sala. Isso mesmo, sozinho. Fui o primeiro a chegar à festa.
Eu estava muito ansioso para ver Karol, acho que se ela tivesse aberto a porta eu teria avançado nela. Rezo todos os dias pra ter um momento sozinho com ela, mas minhas preces ainda não foram atendidas.
Eu não conseguia parar de balançar meus pés e minhas mãos não paravam de suar, a todo instante eu as esfregava no sofá tentando me acalmar e controlar essa vontade insana de subir essas escadas e procura-la em seu quarto. Comecei a me imaginar entrando em seu quarto e flagrando ela peladinha e assustada, em seguida tampando os seios e fazendo uma cara de surpresa enquanto mordia os lábios. Minha ereção já estava visível, rapidamente peguei uma almofada e coloquei no colo quando a campainha tocou.
Dessa vez quem desceu foi Carolina, a irmã do meio.
Ela era muito simpática e sorridente, Caro foi a que mais conversei até o momento, eu sempre a encontrava no mercado quando ia fazer compras, ela me lembrava bastante Karol. Talvez seja seu jeito de se comportar, sua personalidade forte e um rosto de anjo.
― Olá Ruggero ― ela sorriu enquanto caminhava até a porta. Retribui.
― Aleluia! ― tenho certeza que se eu tivesse bebendo alguma coisa, teria cuspido na mesma hora. Era ela, minha Karol.
― Onde você estava? Demorou tanto ― Carolina reclamou.
― Culpe o trânsito, estava tão terrível que pensei que não conseguiria chegar a tempo.

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𝗙𝗶𝘀𝘀𝗮𝘇𝗶𝗼𝗻𝗲 (𝙨𝙝𝙤𝙧𝙩 𝙛𝙞𝙘)
Romantika"Porra Karol se você soubesse o quanto me excita quando desfila pela agência do seu pai nessas roupas curtas, ou o quanto me deixa louco quando rebola no ritmo da música em seu quarto. Eu te observo Karol, eu te desejo pra caralho. Quando a noite ch...