Uma garota Imperfeita

Idiota...

Chego em casa, e Pietra estava sentada no sofá assistindo TV, ela me ouve batendo a porta e me olha.

- Tá tudo bem? - perguntou.

- Não, não tá tudo bem. - respondi sem paciência.

- O que houve?

- Nada.

- Se não ta tudo bem, lógico que algo aconteceu né...

- Argh... Tá. - me sento no sofá ao lado do sofá que ela está. - Seu amiguinho Nicholas - reviro os olhos.

- O que ele fez?

- Sabe a festa? - ela concorda. - então, eu meio que exagerei um pouquinho sabe... E eu não sei o que aconteceu depois, só sei que falei besteira e... Cara, ele me deu banho... Um banho... Imagina o que ele ficou... Argh! - ela riu.

- Ele só estava cuidando de você garota, calma. Você podia ter morrido ou sei lá...

- Eu sei... Mas acho que iria preferir ter morrido de tão bêbada do que saber que ele me deu um banho... E ainda quase me beijou. - fiz cara de choro.

- Hmmm... - ela riu e eu revirei os olhos. - Para de ser exagerada. Agora sobe e toma outro banho e descansa.

- Por que agora você ta cuidando de mim? - me levanto.

- Porque você não está com um bom hálito.

- Credo... Tchau.

Me viro e subo para o meu quarto. Eu estou super cansada... Mas não posso me deitar agora, tenho que tomar o meu banho sozinha.

Vou direto para o banheiro. Espero a banheira encher e fico me olhando no espelho.

Sério, eu estou muito feia... Tô com cara de morta isso sim. A única coisa que me orgulho nesse rosto, nesse momento, são meus olhos. Apenas. São os olhos da minha mãe.

Que saudade dos meus pais...

Olho para o lado e me assusto, a banheira está cheia, eu fiquei me olhando tanto tempo assim? Nossa...

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Depois de um loooongo banho, saio do banheiro enrolada na toalha. E...

No.

Meu.

Quarto.

Quem estava sentado na minha cama?

Sim.

O Nick...

Imprestável...

- O que você ta fazendo aqui? - pergunto dando passos para trás.

- Catherine... Me desculpa. - ele se levanta e vem em minha direção. Que cara lindo...

- Sai daqui. - seguro na porta do banheiro quase me escondendo atrás dela.

- Só... Me ouve. - Ele chega mais perto.

- Não. - bato a porta. - Sai daqui! - grito. Ele começa a bater na porta.

- Por favor.

- IDIOTA! TÁ SURDO!?

Ele fica em silêncio por alguns minutos.

Ele agora ta MUITO silencioso.

O que ele tá fazendo?

- Oi? - perguntei.

E então eu tive a brilhante idéia de abrir a porta.

Abro a porta do banheiro e olho por trás dela se tem alguém.