Dois idiotas me sequestraram

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Acordei com uma dor de cabeça super forte. Abri os olhos lentamente e estava tudo escuro. Eu estava com os pulsos amarrados e as pernas também. Levantei a cabeça e olhei ao redor daquele lugar. Era um tipo de quarto. Eu estava deitada em uma cama - que mais parecia aquelas cadeiras de dentista -, ao meu lado havia uma mesa marrom com objetos em cima, objetos cortantes. Aquilo me fez arrepiar dos pés à cabeça. Tinha uma pequena janela no alto, do outro lado do quarto e uma porta em frente à cama, estava fechada.

Quando estava tentando me levantar, ouço barulhos do outro lado da porta. A porta se abre revelando um... um cara que parece ser jovem, não pude reconhece-lo pois ele estava com máscara.

- Ora, ora. A princesinha acordou. - falou dando uma risada falsa.

- Quem é você? - perguntei assustada.

- Ah claro, onde estão os meus modos? - ele se aproximou e tirou a máscara.

Juro que se eu não estivesse amarrada, eu pularia no pescoço desse Ser Humano inútil.

- Por que você tá fazendo isso comigo? Eu nem fiz nada pra você garoto, se enxerga.

- Cala a boca, aqui quem manda sou eu! - ele eleva a voz.

- Como se eu fosse obedecer... - desvio o olhar.

- Olha aqui garota! - ele se aproxima mais de mim e segura forte em meu rosto. - Se você não for uma boa menina, vai sofrer, e muito.

- Vitor... Tá... Machucando... - tentei falar.

- Mas é isso que eu quero princesa. - ele chega mais perto e sinto sua respiração em meu rosto. Que nojo. - Eu, e o seu amorzinho.

- A-amorzinho?

Ele me solta, me olha por alguns segundos e vai para a porta. Ele sai e me deixa lá sozinha mais uma vez.

Olho para a mesinha ao meu lado e tento aproximar minha mão à algum objeto de lá para cortar as cordas. Mas meu ato é interrompido pela porta se abrindo.

Dois homens entram. Ao se aproximarem, reconheço quem é pelo tom avermelhado em seu cabelo. E ao lado, o idiota do Vitor.

- Olá princesa. - diz o cara que eu mais odeio na face da terra.

- Princesa não, merda. - reviro os olhos.

Ele se aproxima de mim, e Vitor fica parado onde estava com um sorriso besta no rosto.

- Eu senti sua falta, amor.

- Não me chame de amor outra vez, ou...

- Ou o que? - me interrompe. - Vai me bater? Jogar vinho na minha cabeça?

Ele dá uma risada falsa e aproxima seu rosto do meu.

- Você tem 18 anos, Catherine Mayer. Tem que deixar de ser criança.

Sem pensar muito, eu cuspo na cara dele, que logo se afasta, limpa o rosto e me olha com ódio.

- Eu tenho nojo de você! - grito.

Ele vem até mim, e dá um tapa em meu rosto muito forte. Sinto o lado direito do meu rosto arder, e lágrimas brotam em meus olhos. Olho para ele, segurando as lágrimas para não cairem. Ele parece perceber, por um momento, penso que ele se arrependeu e iria me abraçar e dizer que iria ficar tudo bem, como ele vazia quando eu chorava. Mas logo ele tem uma expressão séria e vira o rosto.

- Catherine! Droga! Você é difícil garota!

- Isso é culpa sua! - grito, deixando as lágrimas rolarem.

Uma garota ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora