Capítulo 25

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*****Marcela*****

Nesses quatros anos muita coisa mudou, continuamos os mesmos só que agora mais maduros e com algumas responsabilidades, porém de vez em quando nos vamos na casa da Natt fazer nossas festinhas na piscina. Outra coisa que não mudou e nunca vai mudar é meu amor por Luana, pelo contrário cada dia cresce mais. 
Eu também mudei um pouco, tô mais forte, tenho tatuagens agora, comprei uma moto, ainda tenho meu carro para trabalhar claro, mas as vezes quando eu quero esparecer sozinha, eu uso a moto e saio sem rumo por aí sentindo a adrenalina do vento no rosto, as  vezes chamo Luana e saímos de moto por aí.
Hoje é meu dia de folga da delegacia, estou agora no meu carro indo buscar Luana no balé para nós irmos almoçar juntas em um restaurante. Outra coisa que não mudou foi meu gosto musical, estou agora mesmo no meu carro​ escutando MC Livinho - Tudo de bom.

- Oi Mar. (Luana disse me dando um selinho rápido entrado no carro após eu estacionar em frente a escola de balé). - Como foi seu dia? (Completou).
- Normal, só tô um pouco cançada. Onten teve um assassinato em um bairro longe, fiquei a noite quase toda ajudando na perícia, prendendo os suspeitos e dirigindo. (Expliquei com um semblante cançado).
- Deixa que quando a gente chegar em casa eu vou fazer uma massagem bem relaxante em você. (Sorriu maliciosa mordendo o lábio inferior para mim, essa mulher me deixa louca).
- Eu quero agora. (Retribui o sorriso na mesma intensidade e a beijei).

Passou os anos mais o beijo era o mesmo, doce, carinhoso, porém selvagem, necessário, quente e principalmente viciante.

- Vamos logo, que eu tô morta de fome. (Falou ela me fazendo rir e dirigi até o restaurante).
[...]

- O que iram querer senhoritas?  (Perguntou o garçom assim que chegamos no restaurante e escolhemos nossa mesa).

Deixei Luana fazer os pedidos já que ela sabia os meus gostos, enquanto comiamos ficamos conversando sobre os acontecimentos dos últimos anos.

- Cara dá pra acreditar, a Nanda indo fazer intercâmbio no Canadá, a pessoa que mais odiava inglês do mundo. (Luana comentou incrédula e nos gargalhamos bebendo um pouco do vinho).
- Pois é, mas a Natt tá mó preocupada, a Nanda mau foi e a Natt já tá chorando de saudade. (Gargalhamos mais).
- Nem me fale a Nanda me fez assistir Titanic e A Culpa É Das Estrelas duas vezes seguidas. Me lembrei quando o Erick teve de fazer a transferência​da faculdade de São Paulo para cá e teve que passar um mês lá. Nossa eu comprei a Cacau Show quase toda para a Manu se enterrar no chocolate e parar de chorar. (Luana falou e gargalhamos novamente).
- É, mas agora o negócio tá sério, a Natt falou que ele vai pedir a Manu em casamento. (Falei e Luana arregalou os olhos se engasgando com a comida pela surpresa).
- Ai que lindo! (Ela deu um gritinho animada). - Eu sabia, eles formam uma linda família: Manu, Erick e Dudu. Espero que a gente tenha uma família assim. (Disse ela com os olhos brilhando acariciando minha mão).
- Era nisso que eu queria falar com você Lua. (Tirei uma caixinha preta de dentro do bolso da minha calça e abri com as mãos tremendo lhe dando a vista de uma linda aliança de noivado).
- Meu Deus! É o que eu tô pensando? (Perguntou ela com as mãos na boca surpresa e os olhos marejados).
- Sim Lua, eu pensei em esperar você terminar a faculdade, mas eu não aguentava mais de tanta anciedade, precisava saber logo. Você aceitei ser minha esposa? (Lerguntei e vi ela ficar sem reação pela emoção). - Fala alguma coisa Lua, pelo amor de Deus. (Falei angústiada com minhas mãos tremendo).

Vejo ela se levantar, vir até a cadeira onde eu estava sentada a sua frete e se sentar em meu colo.

- Claro que eu quero, meu Mar. (Sussurou no meu ouvido e eu suspirei aliviada colocando o anel no seu dedo da mão direita, então ela me beijou ali no meio do restaurante sem nenhum receio, era um beijo com emoção mas que foi enterrompeu pelo toque do meu celular). - Droga Marcela, acabou com o clima. (Bufou ela voltando para sua cadeira emburrada e eu apenas ri atendendo).

 {Ligação on}

- Marcela onde você está? (Era Mauro um grande amigo meu, delegado da delegacia onde eu trabalho, ele tinha muita preocupação em sua voz).

- Estou num restaurante com a Luana. O que aconteceu? (Perguntei preocupada).

- Acabamos de receber um alerta de assaltado a uma joalheria aqui no centro. Precisamos de você. (Falou a última frase com uma espécie de súplica).

- Sim eu vou, me passa o endereço por mensagem agora. (Desliguei).

{Ligação off}

- O que aconteceu, Mar? (Vi preocupação nos olhos de Luana).
- Acabamos de receber um alerta de assaltado a uma joalheria no centro, o delegado precisa de mim. (Falei me levantando deixando em cima da mesa o dinheiro para pagar a conta).
- Não vai Marcela, eu não tô com um bom precentimento. (Falou Luana com os olhos marejados).
- Eu preciso ir Lua, isso é só impressão sua. Vamos eu vou chamar um táxi para você. (Falei pegando em sua mão e saindo do restaurante).
-Por favor Mar, me leva com você, eu juro que não vou atrapalhar, por favor. (Luana me implorava já chorando e eu odiava vê- la chorar).
- Ta bom, mas você irá ficar dentro do carro e não sairá de lá para nada. (Ordenei e ela assentiu).

Peguei meu carro e dirigi o mais rápido possível para o local do assaltado que Mauro me mandou o endereço por mensagem. Ao chegar​ lá, peguei minha arma carregada no porta luvas, dei um beijo na testa de Luana, disse um "eu te amo, vai ficar tudo bem" e me dirigi ao local onde já haviam várias viaturas.

*****Luana*****

Eu não gostava dessas operações polícias mas eu precisar vir e ficar com Marcela, hoje acordei com o aperto no peito e após escutar a Marcela falando em "assaltado" me veio um calafrio e uma sensação como se algo ruim fosse acontecer.
Nesse momento estou dentro do carro de Marcela, vendo a intença movimentação dentro da joalheria, havia troca de tiro entre os policiais com os bandidos. Até que vi Marcela em uma luta corporal com um homem todo vestido de preto e com a cena meu aperto no peito só aumentou.
Vi o momento exato em que o homem toma a arma da mão de Marcela e a joga no chão ficando ele de pé apontando a arma para ela.
- Não, isso Não... (Falei para mim mesma desesperada e sai do carro correndo em direção a Marcela).

Continua...

Amor Diferente - Romance Lésbico (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora