𝑭𝑶𝑿 || 𝑶𝒔𝒄𝒂𝒓 𝑫í𝒂𝒛

Piloto

22 de Junho de 2000

Zabdiel não sabia mas o que fazer, sua mulher grávida tinha sido sequestrada a dois dias pelo seu maior inimigo. Pensamentos de culpa rondavam a cabeça dele, ela tinha pedido pra criança nascer em Miami mas ele queria que ela fosse Boricua de verdade, o que ele não sabia é que Johann Vera estava seguindo seus passos e mirando na sua maior fraqueza, sua família.

Enquanto Zabdiel contactava seus aliados, Alexia entrava em trabalho de parto. O susto fez com que a criança que estava pra vir na última semana de junho, quisesse vir ao mundo mais cedo, o que fez atrapalhar um pouco o plano de Johann que teve que contratar um parteira para Alexia ter a filha ou filho do grande De Jesús. 

Alexia e Zabdiel pareciam estar em mundos totalmente diferentes, enquanto o ódio consumia Zabdiel, a felicidade de que sua filha estava chegando enchia Alexia por mais que não fosse da forma que ela imaginava, ainda estava feliz.

─ Pode tirar a criança dela, mas no momento que sair quero-a morta. Zabdiel de Jesús não terá herdeiro. 

Johann falou da porta enquanto a parteira entrava no quarto onde Alexia estava, fazendo-a olhar assustada pra mulher que entrava. Ele saiu do quarto, fechando a porta deixando as duas mulheres sozinhas no quarto.

─ Por favor, me ajude! ─ Alexia implorava. ─ Ele pode fazer o que quiser comigo, mas por favor, salve a minha filha!

─ Senhora, respire. Vai ficar tudo bem. ─ A mulher tentava acalma-la.

─ Como vai ficar tudo bem? Ele vai matar a minha filha!

─ Não vou permitir. Pode ficar tranquila.

Alexia tinha um instinto muito bom para mentiras e sabia que com aquelas poucas palavras podia confiar naquela mulher.

─ Meu nome é Joana, e pode confiar em mim.

E assim ela fez. Joana sabia quem era Johann, e também sabia quem era Alexia. Conhecia os trabalhos das duas mafias, sabia o que fazer e como fazer.

Alexia teve dificuldade no começo, estava fraca, não comia direito a dois dias mas era uma mulher forte e fez tudo o que pode pra sua filha vir ao mundo.

─ Ela é linda.

─ Díos mio. ─ Falou enquanto pegava a bebê no braço. ─ Eu te amo, minha pequena. Estou fazendo isso pra sua proteção.

─ Qual será o nome dela? ─ Joana pergunta enquanto anota algumas coisa em um caderno.

─ Zarah! Seu nome será Zarah de Jesús Castilho.

No momento em que a Joana pegou Zarah no colo, começaram a escutar passos vindo em direção ao quarto. 

─ Tem um buraco embaixo da cama que eu fiz pra fugir. Vai embora com ela.

─ Como irei passar?

─ Não sei. Dá um jeito. Só salve a minha filha!

No momento em que Joana entrou no buraco junto com a bebê, a porta se abriu e os gritos do Johann começaram. Ela não podia voltar mas, estava decidida a salvar a criança. 

Ela passou dias escondida, com medo por ela e pela bebê. Pediu pra alguns amigos de confiança comprar coisas pra criança, mas no total sigilo. Dois dias depois de fugir, descobriu que Johann tinha matado a Alexia e fez todos acreditarem que ela estava grávida quando o fez. Joana não tinha dúvidas do que fazer, tinha que entregar Zarah ao Zabdiel, e assim o fez.

Chegando na casa pode sentir o clima pesado que a envolvia. Depois da notícia da morte da sua mulher grávida, Zabdiel se fechou, não falava com ninguém, nem se quer com seu melhor amigo Christopher. Alexia era o amor da vida dele, e ele prometeu a si mesmo não permitir sentir algo de novo por alguém. No começo, ele não acreditou em nenhuma palavra que a Joana falava, a vontade que ele tinha era de matá-la, mas no momento em que ela entregou a menina em seus braços, ele não aguentou.

─ Minha menina! ─ Falava repetidamente em meio a lágrimas. ─ Os olhos são iguais o da Alexia. 

─ Ela escolheu Zarah como o nome dela. 

─ Zarah significa encorajamento. Foi o nome que nós escolhemos.

─ É bom saber que fiz a coisa certa. ─ Joana caminhou em direção a porta.

─ Não, vá. Ira me ajudar a cuidar dela. Prometemos segredo sobre ela, então assim será. Zarah será sua sobrinha e irei cuidar dela como uma filha adotiva. De acordo?

─ Tudo pela segurança dela.

03 de Janeiro de 2020

Aniversário de Erick Brian Colón, um dos cinco membros da mafia Los Latinos e a boate estava cheia. Não sabia quem saia e quem entrava, se eram aliados ou inimigos, a única preocupação era se divertir, e eles estavam fazendo exatamente isso. Sem roupas sociais como o Christian gosta, muita bebida como Brian, Aaliyah e Elisa gostam, muita marihuana como Zarah adora e homens bonitos pra Alice e Brenda. Os filhos dos mafiosos mais perigosos de toda América se divertindo da melhor forma em Miami.

─ Abrindo ano ficando com dois de uma vez porque eu sou filha do aniversariante. ─ Brenda grita no ouvido da Zarah.

─ Pra sua sorte eu to muito bêbada e chapada agora, porque se não fosse por isso, arrancaria sua língua por ter gritado.

─ Ahí, hermana! Hoy es el dia para celebrar. 

A noite foi longa pra todos, a festa só acabou as cinco da manhã e com muita gente se dando muito bem ou se dando muito mal. No dia seguinte os trabalhos continuaram. Zabdiel estava querendo expandir ainda mais os Latinos mas não sabia como fazer, a mafia colombiana estava ganhando uma força desconhecida e por isso o De Jesús queria de qualquer forma, acabar com Johann. Mas surpresas estavam pra acontecer durante o dia.

Brian e Christian foram na boate organizar algumas coisas e chegando lá viu uma movimentação estranha. 

─ O que tá acontecendo aqui? ─ Christian questiona um dos funcionários.

─ É melhor ligar pra o senhor De Jesús.

─ Meu tio está está ocupado resolvendo algumas coisas agora.

─ Então ligue pra filha dele. ─ Não era novidade que ninguém confiava muito no Christian.

─ Eu posso resolver. Eu vou comandar tudo isso, não ela.

─ Christian, liga logo pra Zarah! ─ Brian fala perdendo a paciência.

Christian a contra gosto, liga pra Zarah que não pensa duas vezes e já corre pra boate.

─ O que aconteceu? ─ Zarah fala encontrando com os meninos.

─ Acharam uma coisa na parede do centro da boate. ─ Explica Brian

─ Acho que é algum aviso dos Colombianos. ─ Christian fala claramente preocupado. ─ Com certeza foi na festa de ontem, ninguém sabia quem entrava ou saia.

Chegando no centro da boate, todos se direcionam pra uma parede enorme com um nome enorme pichado de verde. Prophets. 

─ Mas que porra é essa!