Desde o dia que encontramos aquele nome na nossa boate em Miami, meu pai ficou louco querendo saber do que se tratava. Procuramos por todo lugar na Colômbia, até mesmo em Puerto Rico, e só encontramos alguma coisa sobre aquele nome na Califórnia, especificamente, em Los Angeles. Pelo o que nós pesquisamos, Prophets são uma gangue de um bairro chamado Freeridge que se localiza em LA. E foi aonde nós viemos parar. Já faz três dias que estamos aqui, compramos uma casa alguns minutos longe de Freeridge e todos os dias passamos por lá de carro, ontem descobrimos onde é o centro dos Prophets, mas queremos estudar mais a área antes de fazer qualquer coisa.
Hoje vamos eu e o Christian "passear" pelo resto bairro que falta, eu e ele não somos uma dupla com muita sintonia, mas é o que temos. Eu não gosto de pessoas arrogantes e isso o Christian tem de sobra. Enquanto ele tenta me diminuir na frente dos outros, as pessoas confiam mais em mim no que nele pra fazer os trabalhos, e eu adoro ver a carinha de bravo dele quando os aliados do meu pai ou até mesmo nossos tios, preferem a mim a ele pra resolver assuntos sérios.
─ Não vai tão rápido, Chris.
─ Foi o que você falou quando eu tirei sua virgindade. ─ Falou, sorrindo de lado.
─ Interessante. Porque não duraram dois minutos. ─ Debochei.
─ Você ainda não superou eu ter te trocado pela a Aaliyah, não é? ─ Ah, se ele soubesse.
─ Não. Choro todas as noites pensando no nosso futuro brilhante que você estragou.
─ Ah! Vai dizer que você não sente falta da gente, Zarah? ─ Falou passando a mão na minha coxa e me olhando.
─ Se você não tirar a mão daqui, eu arranco ela fora.
Nós continuamos discutindo, até porque é a coisa que mais fazemos. Eu e o Chris temos uma relação péssima desde o dia que eu descobri que ele tirou minha virgindade por causa de uma aposta com Aaliyah. O problema em si não foi eu ter descoberto, foi como. Na mesa de jantar no aniversário do tio Joel, com toda família reunida, foi a pior humilhação que eu já passei na vida.
─ Christian você vai bater no garo... ─ Ele atropelou uma pessoa!
─ Puta que pariu!
─ Você é um imbecil, eu falei pra você ir devagar. ─ Sai do carro batendo a porta, vendo o garoto estendido no chão.
─ Foi mal, eu tava só brincando.
─ Você é um inconsequente. E não é a mim que deve desculpas. ─ Me agachei ao lado do garoto e chequei o pulso dele, coração está batendo normal. ─ Oi, meu nome é Zarah e o seu?
─ Ruby. Meu nome é Ruby.
─ Quantos anos você tem, Ruby? ─ Dialogar pra manter acordado.
─ 17.
─ Algo está doendo?
─ Minhas costas e minha cabeça ta girando.
─ Eu vou te ajudar a levantar, tá bom? ─ Porque eu tô sentindo como se estivesse sendo observada?
─ Uhum. ─ Ajudei ele a se levantar e sentar no capô do carro. Foi aí que percebi vários homens bebendo, pela música de fundo, eram latinos, pelas roupas, eram de gangue.
─ Ruby, o que você ia fazer nessa casa?
─ Falar com o Spooky. ─ Adorei o apelido.
─ Spooky é seu amigo?
─ Sou. ─ Uma voz grave surge ao meu lado. ─ Tá tudo bem, Ruby?
─ Sim. Esse anjo me salvou. ─ Falou se relacionando a mim. Tão ingênuo, tadinho.
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𝑭𝑶𝑿 || 𝑶𝒔𝒄𝒂𝒓 𝑫í𝒂𝒛
Fanfiction"Astuta, ardilosa, esperta. Porque acha que me chamam de raposa, mi amor?" "Eu causo pavor, as pessoas temem a mim. E quero continuar dessa forma"