The one with the blue hair

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Duda's POV:

mas um brilhante dia sem minha mãe, e mais um dia que não vou à escola,n decidi não ir mais pra escola enquanto minha mãe não voltar, não tem motivo isso, é só uma revolta mesmo.

toc toc

fui até a porta e a abri, era igor.

"oi, duds, como vc ta?" ele perguntou como se eu fosse uma senhora de idade com câncer num hospital—sim, foi nesse nível.

"para de falar como se eu fosse doente, entra logo" abri espaço para que ele entrasse casa.

"Duda, eu realmente preciso falar com você uma coisa e pUTA QUE PARIU QUE ODOR É ESSE?"

"equivale à um mês sem faxina, simpatia" respondi pegando um saco de Lays.

"e por que você não limpa?" ele disse, tampando o nariz e abanando enquanto andava até a sala.

"porque eu não quero, simples assim, quer?" lhe ofereci uma garrafa de Smirnoff Ice.

"não, valeu, eu não... QUE PORRA É ESSA DUDA? VODKA?"

"Ice é vodka de viado, igor, sussega ai" respondi sentando na poltrona ao seu lado.

"desde quando você toma isso?" ele perguntou sério.

"e isso te interessa? Cara eu passei a porra de um mês inteiro sozinha nessa casa, sem ir pra escola, sem minha mãe, sem ninguém e sem você. E você ainda vem tirar satisfação de o que eu bebo? Você acaba de receber meu sincero e amistoso vai tomar no cu" ele não disse nada, só levantou e tirou a garrafa da minha mão "mas o que...?"

"você não toma mais isso, não quero saber, chega dessa palhaçada, agora vai pro seu quarto se trocar, a gente vai sair" eu estava furiosa, não queria sair não queria ir pro meu quarto, não queria ser feliz.

"não me diga o que fazer, você vai sair sozinho" eu disse, quando tinha chegado perto dele .Subi para o meu quarto com a garrafa na mão e bati a porta, havia um maço de cigarro que eu havia encontrado perdido nas coisas da minha mãe e decidi acender um. Já tinha fumado antes, mas não fazia questão de ficar fumando depois, mas eu estava deprimida demais para me importar com pulmões.

dia seguinte

acordei deitada em cima de um pedaço de pizza, um cigarro apagado em uma mão e uma garrafa vazia de Sake na outra, igor estava deitado no chão, meio molhado e-- igor?

"ei, acorda" eu disse, cutucando sua barriga."ei...Ei...EI SEU FILHA DA PUTA"

"Ô DESELEGÂNCIA, DA UMA MANEIRADA, GRATO" ele se virou e voltou a dormir.

"mano, acorda, caralho"

"o que você quer, desgraça de Deus?"

"primeiro: que merda você ta fazendo aqui?

e segundo:PARA COM ESSES APELIDOS NÃO MUITO AMISTOSOS"

"eu vim ver se você estava bem" ele disse, sentando no chão. "e eu paro se eu quiser".ele disse, rindo, apenas dei uma risada forçada e levei minha mão até a cabeça, ela doía.

e muito.

"tá doendo?" Igor perguntou, apontando sua cabeça.

"uhum...pra caralho"

"o nome disso é ressaca"

"eu sei qual o nome disso, amigão"ele riu baixo.

"vamos, você tem que comer"ele disse, se levantando. Eu não queria sair de casa, nem comer nada. Eu estava me virando bem sem minha mãe, não entendi o por quê de ele querer me 'ajudar'

"não quero sair" eu disse, saindo da cama e pondo o chinelo.

"tudo bem, a gente cozinha alguma coisa" concordei com a cabeça e descemos as escadas. Quando chegamos na cozinha, Igor abriu a geladeira e me olhou com espanto."Duda, quando foi a última vez que você comeu alguma coisa, tipo, de verdade?"

"sei lá, faz umas duas, três semanas" eu rspondi, abrindo uma cerveja e sentando no sofá.

"DUDA VOCÊ COME MERDA? QUAL O SEU PROBLEMA?"

"relaxa ai, meu, não é como se eu estivesse doente ou algo do tipo"

"DOENTE? QUERIDA, VOCÊ PERDEU O CONTROLE! Não, chega, você vai sair dessa vida já hoje" ele disse, balançando a cabeça e me puxando pelo braço.

"tsc. Sai, igor, que me ajudar o quê!"

"Duda, para com essa teimosia! Olha essa casa! Tá simplesmente um fedô inacabável! Você não come há três semanas e eu consigo sentir o cheiro de seu cabelo daqui."

"não nasci pra agradar ninguém" rebati

"é isso, eu desisto, Você quer viver num chiqueiro? Bom pra você! Quer morrer de fome? Ótimo! Só não venha atrás de mim pedindo ajuda que eu NÃO VOU AJUDAR! Agora cadê a porra da minha blusa?"

"vai sim" eu respondi, tirando a blusa que eu estava usando, que era  dele.

"eu sei, mas eu queria parecer durão, valeu" eu ri, quase sem sorrir e olhei pra baixo, pensando no que ele havia falado. E ele tinha razão, eu estava doente, estava mais magra, mais pálida e minha alimentação já não era das melhores, mas eu não sinto vontade de mudar isso.Não sinto que eu queira parar de ser assim.

"preciso da sua ajuda" eu disse quase que em sussurro.

"eu sei que precisa"