O inverno londrino sempre deixara as noites mais frias, ainda mais em dezembro, quando a neve caia dia e noite, prendendo-se ao chão. Louis não poderia reclamar tanto sobre o mês, havia começado a pouco, existia seu aniversário no dia vinte e quatro e o natal tão querido por ele. Estava ansioso, gostava de ver sua família reunida junto aos Styles, celebrando uma data importante para si, com Harry ao seu lado, em todos os momentos. Ainda era três de dezembro.
– Está na hora de dormir, Boo – Harry diz, calmo. – Tia Jay vai me matar se souber que seu bebê está acordado tão tarde.
– Primeiro: não sou um bebê, sou mais velho que você. Dois: ainda está cedo para dormir, Hazz.
– Tem a altura de um, certamente – sorri o cacheado, uma covinha brotando em sua bochecha, Tomlinson queria por seu dedo em tal cavidade, era tão charmosa e funda, mas não o fizera.
– Não brinque com isso – responde, emburrado.
O menor voltou a encarar as estrelas pela janela aberta. Considerava um ótimo passatempo admirá-las, com seu brilho intenso e os flocos de neve flutuando tão devagar. Harmonioso era a palavra.
Havia apenas uma pessoa que se comparava a harmoniosidade das estrelas. Harry Edward Styles, seu melhor amigo, para todos os efeitos. Sua face parecia ter sido esculpida por Botticelli. Seu corpo pálido coberto por escuras tatuagens em contraste, com alguns músculos definidos por suas corridas. Seu sorriso perfeito, com dentinhos de coelho e suas covinhas. Seu estilo único, assim como seu brilho natural, sua devoção por arte e gentileza. Seus cabelos castanhos com alguns cachos caindo por seus olhos verdes o tornavam um príncipe, daqueles que lutam por suas ideias, que cuida de todo ou possível mal.
– Você está com frio – sussurra Styles, sentando-se na cama, fazendo Louis balançar negativamente a cabeça, espantando seus devaneios e respondendo sua afirmação.
– Não estou, Harold – afirma, convicto de sua mentira. Seus pelos estavam arrepiados.
– Não minta para mim, Lou. Estava olhando-o, você começou a tremer. Tome meu moletom – estica a peça para o outro, que nega abraçado aos seus joelhos. – Não me obrigue a por em você, pequeno – o de olhos azuis continuou na mesma posição, sorrindo bobo pela maneira protetora que existia.
Em poucos segundos, o mais novo levantou-se da cama, indo na direção de seu amigo, colocando a peça de roupa em si, contudo, três problemas estavam à vista:
Primeiro: a roupa tinha o cheiro de Harry, Louis poderia embriagar-se em tal perfume em segundos.
Segundo: o frio era horrendo, e Harry, agora, estava sem camisa.
Terceiro: ele sem camisa, Tomlinson via seu tronco nu, hipnotizado.
– Prontinho, Boo. Quentinho, sim? Não precisava de manha – o garoto diz simples, voltando a se deitar, encarando o relógio. Duas e cinquenta e nove da manhã. – Vem aqui, vamos dormir – abre os braços a espera do outro, que, ao encontrar o colchão, engatinha até o tórax quente e descoberto, aninhando-se a ele. – O moletom fica melhor em você, Lou – suspira fechando os olhos, embalado pelo cansaço, portanto, dormira em poucos minutos, pudera ao menos ver as bochechas alheias ficarem rubras.
– Se você soubesse o quanto eu gosto de você, Harry... se você apenas soubesse – segreda baixo, dando-lhe um beijo na têmpora e escondendo seu rosto no vão do pescoço alheio.
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Vinte e quatro de dezembro, meia noite, em ponto, Louis via os flocos caindo, alternando o olhar entre as notificações de parabéns de pessoas que não se importavam consigo, as mensagens de sua família e a de Harry, na qual respondeu quando sua mente voltara ao estado normal.
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Heather [LS]
FanfictionLouis e Harry sempre foram melhores amigos. No aniversário de Louis, Harry leva sua nova namorada, Heather, capitã das líderes de torcida, para a data tão especial para Tomlinson e o natal. O que Styles não esperava: Louis sempre gostou de Harry, ma...