Ataque de pânico

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Parecia que todos tinham feito um voto de silêncio sobre a noite anterior, ninguém parecia querer questionar o sorriso sádico do Kazekage ou o fato de ele ter uma frigideira na mão.

"Ga-Gaara?"

"Hun"

"Nó-nós já estamos saindo...?"

"Hun"

E assim eles partiram rumo a aldeia da areia com um Kazekage assustador, dois irmãos curiosos e um jinchuriki muito aterrorizado e quieto, fora as duas bijus silenciosas, uma delas em um estado de quase morte.

Foram três dias de viagem e em todas as paradas Gaara ficou muito mais perto do que o normal do loirinho, prestando um conforto silencioso ao menino.

"Ah, finalmente estamos em casa!"

"Nem me fale, já estava com saudades, saímos tão rápido!" Concordou uma certa loira com quatro rabos de cavalo em um quimono lilás de batalha shinobi.

Kankuro lançou um olhar conhecedor a irmã, que confundiu os dois jinchuriki no local, mas parecia que a garota tinha entendido a olhada sugestiva, pois corou com uma louca.

"Sei... AI TEMARI!"

"Isso é para aprender a não falar mentira"

Gaara preferiu ignorar completamente os irmãos, na maioria das vezes eles falavam coisas estranhas e brigavam aleatoriamente, ele apenas definiu que era porque ele era muito mais maduro e sensato, por isso não entendia.

"Orgulhoso" Sussurrou a biju em sua cabeça.

"Falou alguma coisa Shukaku?" A besta guaxinim parecia que iria falar alguma coisa, mas parou quando viu a panela na mão do menino.

"Nã-não!"

Gaara ignorou a besta de cauda também e resolveu que era a hora dele por as rédeas em suas mãos novamente

"Kankuro vá checar as defesas da fronteira, Temari leve Naruto de volta para casa, dê a ele o quarto de hospedes e depois vá ao conselho e marque uma reunião, volte e relate"

Os três ninjas pareciam que queriam reclamar, todos acabaram de chegar de uma viagem longa e cansativa e já tinham que sair? Claro que não falaram nada e seguiram suas ordens silenciosamente ao verem a balançada sugestiva da frigideira.

"Acho que vou carregar isso mais vezes, é realmente útil e me economiza bastante tempo" Pensou o ruivo, ele não deixou transparecer a felicidade em seu rosto sério, mas por dentro estava saltitando como uma adolescente apaixonada.

'Espero definitivamente que não'


...


Em outro lugar...


"Sim, sim, SIM! Vai lá genrinho! Brilhe grandiosamente, eu lhe declaro meu sucessor da técnica da frigideira demoníaca, Dattebane!"

'Pelos céus, não!' Gritou mentalmente o marido em pânico.


...


Com uma satisfação pessoal, como se alguém em outro lugar estivesse feliz pela sua decisão, Gaara saiu pulando pelos telhados rumo a torre Kazekage. Ele tinha deixado muita papelada para trás e agora tinha que sofrer com as consequências.

'Tudo é culpa sua!' Gritou mentalmente para as pilhas intermináveis de papéis ao seu redor.

O ruivo pegou uma caneta despojada em sua mesa de trabalho e começou a ler e assinar a papelada, aquele séria um longo dia.

Amargas lembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora