𝙃𝙤𝙢𝙤𝙥𝙝𝙤𝙗𝙞𝙖 - 𝑀𝑎𝑟𝑘ℎ𝑦𝑢𝑐𝑘

Two

NA: Sejam bem vindos a um novo capítulo. Demorei muito para escreve-lo e é meu primeiro capítulo com mais de 2,5k de palavras (esse tendo 5,6k). Espero que gostem e perdão por ser enorme. 

[...]

Mark gostava de correr toda manhã, para espairecer e deixar que seus pensamentos fluíssem por sua mente de maneira livre. Preferia estar fora de casa quando a mãe acordasse e descesse para tomar café, então saía já bem cedo para apreciar o ar da manhã, assim como o nascer do sol. Já estava acostumado com Seul e seu movimento constante de pessoas e carros, por ser a capital, então não ligava em correr junto de outras pessoas próximas a si no parque. Aparentemente, essas pessoas pensavam o mesmo que ele sobre as manhãs, ou apenas estavam aproveitando a manhã antes de um dia de trabalho. 

Naquele dia em especifico, enquanto ouvia uma musica qualquer sem nem mesmo focar nela e nem ao seu toque, seus pensamentos flutuavam pelas memórias do dia anterior, aquele a qual havia enfrentado Jung Jaehyun na frente de todos. Se lembrava do que sentia no momento, lembrava-se do silêncio e, principalmente, dos olhos confusos e assustados de Lee Donghyuck. 

Aquele garoto lhe chamava a atenção desde o dia em que a foto tão conhecida por todos chegou em seu celular. Inicialmente, ele não ligava para os insultos que eram feitos a ele e até mesmo revidava alguns, o que fazia Mark o achar corajoso, por enfrentar todos aqueles xingamentos apenas por ser como ele é. 

Depois daquele tumulto dentro do refeitório e de Yeri ter puxado ele consigo, Mark não conseguia focar mais em nada. Aqueles olhos confusos não saiam de seu pensamento e ele queria poder ajudar o garoto como fizera. A namorada o repreendeu, por ele não prestar atenção nela e nem ao menos explicar o que havia ocorrido para que ele perdesse o controle, mas o canadense apenas levantou do local onde estavam sentados e disse a ela que precisava pensar. 

É claro que ele pensou, pensou até demais no ocorrido e em como poderia ajudar o menino, e chegou a conclusão que precisava de algum modo se vingar daqueles agressores. É claro que não do mesmo modo que eles faziam com Lee Donghyuck, com humilhações. Não gostava da ideia de olho por olho, dente por dente, preferia que os agressores aprendessem alguma lição, levando em consideração o que faziam com o coreano. 

Enquanto pensava sobre modos de fazer isso, seu alarme lhe tirou sua total atenção, fazendo com que seus pensamentos sobre qualquer coisa fossem descartados e levados a focar no som proferido pelo celular. Ele parou de correr e buscou o aparelho dentro do bolso da calça de cor escura, desativando o mesmo e olhando em volta, em busca da saída do parque. As pessoas continuavam correndo, apenas ignorando ele ali parado, seguindo suas vidas sem se importar com as coisas a sua a volta. Ele esperou que duas senhoras passassem por ele, inclusive lhe dando um oi com sorrisos gentis, o que foi respondido do mesmo modo, então ele voltou a correr, saindo logo dali e voltando para sua casa.

Sua mãe provavelmente já não se encontrava lá e assim ele não teria que lhe discutir mais uma vez com ela por coisas bobas, como por exemplo, sua blusa estar suja de suor e ele estar com cheiro do mesmo por estar correndo. Ele achava que ela como médica deveria apoiar ele correr, já que fazia bem para saúde, mas ele apenas ignorava isso. Muitas vezes discutiam por conta do futuro de Mark, que ela queria que ele seguisse sua carreira ou a de seu pai, mas ele gostaria de continuar nos esportes, o que gerava muitas brigas entre os dois. 

Suspirou ao entrar em seu quarto, quase totalmente em tons brancos ou pastéis, como a mãe havia escolhido antes de mudar-se. Aquilo era algo que ele não ligava e nem fazia questão de modificar, apenas para evitar mais desavenças entre eles. Jogou seu celular em cima da cama de casal, se dirigindo para o banheiro, onde se despiu e entrou em baixo da água quente, deixando que seus pensamentos fluíssem novamente.