𝐌𝐎𝐑𝐀𝐋 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘

MORAL OF THE STORY ❁ཻུ۪۪.;:୭̥ 00

❛ leigh sanchez ❜
los angeles

— SUA IRMÃ VAI CASAR! — minha mãe entra no quarto gritando, totalmente histérica, com uma máscara verde no rosto e olhos vermelhos de chorar. Solto meu celular na cama, confusa.

— Nem namorado ela tem, como vai casar? — sento na cama, espero a mais velha se acalmar e começar a falar.

— Eles se conheceram a duas semanas, ele é italiano. O casamento vai ser em Roma, esse final de semana, coloca tudo o que você vai precisar na sua mala rápido, vou comprar as passagens e vê o que posso fazer para o casamento. — ela sai igual um furacão do quarto, não deixando eu fazer uma última pergunta. O que? Hoje é sexta feira, ou seja , final de semana é amanhã! — você ainda tá sentada nessa cama, garota? Anda, anda, vai fazer suas malas!

Em questão de cinco horas estamos no aeroporto. Acho que minha mãe vai ter um infarto a qualquer momento, enquanto meu pai está sentado jogando candy crush, como se o mundo ao redor dele não estivesse desmoronando.

itália

Quando chegamos em Roma, minha irmã está nos esperando no aeroporto com o noivo que conheceu a duas semanas. Primeiro, pensei que eu seria a irmã que faria esse tipo de coisa, porém mais encalhada que eu, só duas de mim. Segundo, vou ter que da uma de Elza e dizer que você não pode casar com alguém que acabou de conhecer? Bom, parece que sim. Mas ao ver o imenso sorriso no rosto de Amélia e a maneira como seu noivo, que nem o nome sei, olha para ela enquanto eles conversam, decido não dizer nada e deixar as coisas acontecerem.

Afinal de contas, a vida é dela, não minha.

— Que bom que vocês vierem! — ela diz animada, abraçando primeiro nossos pais com certa força.

— Quase não conseguíamos! Como você faz isso com sua mãe, garota? Sempre falamos sobre passar pelo menos um ano planejando seu casamento. — minha mãe diz, assustando o futuro genro dela.

— Parece que você vai ter que fazer isso com a Leigh, agora. — arregalo meus olhos.

— Boa sorte, querida. — papai diz, dando tapinhas nas costas dela. Ótimo, até minha família sabe que vou morrer sozinha. Agora te entendo Jão.

— Enfim, esse aqui é o Lorenzo. A família dele tem uma fábrica de vinhos, com as uvas cultivada na própria fazenda. — agora você piorou minha vida, mil vezes mais Amélia. Obrigada.

— É um prazer conhecer vocês. — o homem diz com um sotaque. — tenho vários primos se você quiser conhecer algum, Leigh. Sua irmã disse que você tem problemas pra se relacionar.

Ótimo! Ela conhece o cara só a duas semanas mas teve tempo o suficiente pra falar sobre minha vida decadente para ele.

— Hm...obrigada, eu acho. — dou de ombros.

— Bom, temos que ir porque o casamento é daqui a algumas horas. — então minha mãe terminou de surtar. Não sei quantas vezes a pressão dela subiu e desceu porém achei que a qualquer momento ela fosse ter um treco.

Itália é definitivamente um paraíso. Eu poderia morar aqui sem dúvidas, há vários artistas de rua fazendo suas pinturas de pessoas aleatórios que passam pelas calçadas. Olho para a igreja que será o casamento e fico deslumbrada.

— Qual o nome daquela fonte? — mamãe pergunta para Lorenzo.

— Se chama Fontana de Trevi. As pessoas costumam jogar moedas nela e fazerem pedidos. Principalmente amorosos. — ele olha de lado para mim, sério isso? Chegou agora na família e já tá me desconsiderando.