Vale da Morte

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Vale da Morte, Califórnia

No mais conhecido Vale da Morte, ao leste da Califórnia, naquela solidão que é conhecida de estradas do tipo, acelerava o carro Brian, um rapaz de vinte anos.

Ter deixado o Brasil para viver uma independência em outro país foi um dos mais inteligentes investimentos que mais tivera, e jamais pudera imaginar que vivenciaria ali tamanha liberdade.

Acelerando o carro, ouvindo um rock country, podia desfrutar da própria companhia no carro, bebendo bebidas variadas, que não eram alcoolicas.

Uma coisa que havia aprendido, é que não precisava de álcool e drogas para se divertir e, estar dirigindo o próprio carro, em uma estrada que inspirava tantos filmes, ouvindo um som que gostava, não havia melhor para ninguém.

Às vezes parava e pensava que poderia ter uma garota ao seu lado, no banco do passageiro; e noutras pensava que não havia nada melhor que a liberdade, a solteirice, a fazer o que bem entender.

Ora, olha onde havia chego! Deixara os pais, o país, a faculdade, e viera cultivar o melhor da vida em outro lugar.

Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor dessa terra, leu em algum lugar.

Assim, acelerando a cento e vinte quilômetros por hora – o que era uma maravilha, não haviam guardas por ali, semáforos, era possível fazer o que bem quisesse – podia contemplar a paisagem ao lado, a estrada infinita, a liberdade em estar só.

Colocou o rosto para fora, o vento quente era agradável e parecia o mais perfeito de todos os dias.

Acelerou ainda mais, aumentou o som, e só não pararia um pouco em sua folia se não tivesse avistado, ao longe, um carro que estava parado.

"Mas quem foi o sortudo que quebrou o seu carro no meio do nada?"

Pensou de primeiro momento em seguir em frente, e, segundos depois, que um dia poderia ser ele, e que não custaria perguntar, arriscando no inglês, se o coitado gostaria de um apoio, um engate, alguma coisa.

"Então vamos lá".

Diminuindo o som do carro, e se aproximando, viu que na verdade estava diante de um grande dia de sorte: não era o carro de uma família, com um homem, sua mulher e duas crianças, não era um idoso, mas era , céus, um loira bonita, atraente, de natureza espetacular, e que agora teria o prazer duplo em ajudar.

Ajudar uns aos outros, não fora assim que aprendera como crescera como um bom rapaz no Brasil?

Vendo ao longe, e diminuindo a velocidade, viu que a princesa tentava, sozinha, trocar o pneu.

Dos vidros do carro dela, que não era fumê, não havia outra pessoa.

Virando o carro um pouco à esquerda, já sem som que quase estava no último, abaixou o vidro e disse:

-Ei, você gostaria de alguma ajuda?

Ela virou o rosto rapidamente, estava centrada e virar a chave, e mal o escutou.

Ele, insistente, pensou um minuto e viu que não poderia deixar uma chance dessa passar, levou o carro um pouco à frente, desceu às pressas e foi até ela:

-Não, obrigada!

Ela o respondeu enquanto ele se aproximava. Ele parou onde estava, no meio do caminho.

-Precisa redobrar a força caso queria que essa roda se fixe, eu posso te dar uma mãozinha.

-Eu me viro sozinha, obrigada!

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⏰ Última atualização: Jun 28, 2020 ⏰

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