— Vamos nos conhecer.
Victor levanta uma sobrancelha — Como assim?
— Vamos fazer um jogo, tipo Três Coisas Sobre Você. Eu conto três coisas sobre mim, pode ser alguma vontade, algum sonho, ou algum fato...e você faz a mesma coisa.
— Você começa. - ele diz se endireitando na cama.
— Tá bom, deixa eu ver... ah, 1: eu amo o amor. Tipo, eu amo amar e eu tenho o desejo de amar e ser amada por alguém, que nem nos filmes de romance, sabe? O que me leva para o 2: eu só assisto filmes de romance clichês. Não gosto de outros gêneros, e os únicos filmes de ação que eu já assisti foram Jogos Vorazes, por causa da Katniss e do Peeta, e Divergente, por causa da Tris e do Quatro. E 3: meu maior sonho é que escrevam uma música para mim. - levanto meu olhar para Victor e posso ver seus grandes olhos azuis viajando pelas ondas do meu cabelo.
— Você disse que se seu maior sonho é que te escrevam uma música? - ele inclina a cabeça.
— É bobo, eu sei. Mas eu acredito que não exista mais transparência e verdade sobre sentimentos do que em letras de músicas, entende?
— Por incrível que pareça, eu entendo. E isso tem a ver com o primeiro fato; eu canto. Eu já tentei compor mas acho que como eu nunca me apaixonei nunca soube bem sobre o que compor.
— Espera aí... você canta? Meu deus agora você vai ter que cantar pra mim.
Victor ri. — Ok, ok! Já que a senhorita insiste. - ele levanta as mãos em sinal de rendição. — Mas pode me deixar terminar, por favor? - ele faz uma careta de esnobe.
Assinto. — Quando quiser.
Ele ri. — Muito bem. Quantos foram? Dois?
— O que eu sei até agora é que você canta, você quer compor algo e você nunca se apaixonou.
— Então já foram três.
— Não é justo. Todas essas englobam o primeiro fato.
— Tudo bem. - ele respira fundo. — É meio bobo mas, vamos lá. Segundo fato; eu quero ver uma aurora boreal. - seguro a risada. — O que? Eu disse que não era pra rir. - Victor joga uma almofada em mim.
— Agora você não pode zoar meu sonho de alguém compor uma música para mim!
— Eu não tinha zoado. Achei fofo. - ele faz uma careta. — Ah, e a terceira coisa; meu maior sonho é ir para Paris e ver a Torre Eiffel à noite. Eu não sei porque, mas desde pequeno eu sonho com isso. Tipo, eu já literalmente sonhei com isso.
— Ok. Estranho. Mas levando em conta o meu sonho, quem sou eu para julgar.
— Eu sei que é bobo, tá bom? Mas é um sonho, né. Não se pode negar um sonho.
— Tem razão, não é bobo. É fofo. - digo tentando imitar o que ele falou do meu sonho.
— Você não presta. - Ele joga outra almofada.
— Ei. - digo desviando.
— Eu vou tomar banho. - ele diz do nada.
— Tudo bem. Vai lá. Eu acho que vou pegar algo para comer da minha mochila.
- Ele se levanta e vai em direção ao banheiro. — Certo. Deixe um pouco pra mim.
— Se você demorar vai ser difícil. - rio.
— Sabe, Emily, você é engraçada. Que bom que nos conhecemos. - ele entra no banheiro e fecha a porta.
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Die a Happy Man.
RomanceEm um dia de muita chuva, Emily Clifford precisa parar em uma pousada para passar a noite por conta da grande tempestade. O único problema é que como os quartos estão todos lotados, ela terá que dividir o último quarto restante com um garoto que hav...