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Em 1987, Bram Stoker, criou uma de suas maiores obras literárias que causou uma histeria na Europa ocidental. Drácula foi escrito, e inspirado em mitologias anteriores sobre criaturas humanoide, como lobisomens, sereias e seres inventados por cada mente fantasiosa naquela década.

Por anos, perpetuou-se a história de que homens seriam vampiros e entrariam dentro de suas casas em busca do sangue, tal sangue que variava de garotas virgens e inocentes, como se mulheres que se aventuravam a sair de suas casas assim que o sol se pusesse. O medo do patriarcado vitoriano, foi composto de lendas, talvez, aquelas lendas fossem criadas no intuito de manterem suas esposas, filhos e até homens mais velhos dentro de suas próprias casas.

O primeiro registro de uma criatura não humana, vinha diretamente da Sérvia, a existência de uma pessoa cujo se transformava em um morcego, fez-se a maior caça aos animais indefesos durante anos, queimando-os em cavernas, abominando os pobres animais por uma lenda que recorria de boca a boca.

Corpos foram violados, estacas de madeira enfiadas no peito de homens, cujo a sua maior característica eram ser visualmente jovens, bonitos e elegantes. Foi como uma cruzada, a caça às bruxas de uma forma silenciosa e imaginaria, entre a igreja e suas crenças, pessoas sem discernimento da realidade e da imaginação.

Entretanto, quando essa história começou a percorrer pelos arredores da Europa. Houve um desses rumores que parecia coincidir com a verdade.

Uma criatura cujo o corpo estava coberto de sangue, foi vista em Oymyakon. Uma localidade do Leste da Sibéria, a região praticamente inabitada pela sua baixa temperatura. O Indigirka que deságua no mar ártico, em uma temperatura insuportável ao corpo humano, um homem viu aquela criatura banhando-se como se estivesse em uma banheira quente, agachado na beira do rio, lavando primeiro as mãos sujas de sangue. Logo em seguida adentrando na água.

O que parecia uma alucinação, tornou-se tão real quando aquela criatura virou em sua direção deixando o homem paralisado.

Olhos vermelhos, um vermelho vivido escarlate, era visivelmente tão pálido e branco quanto ao neve ao redor do Rio. Embaixo dos olhos as veias arrocheadas saltavam, como se fossem raizes saindo pra fora da terra, era completamente assustador e ao mesmo tempo exuberante.

Aquela criatura tinha um sorriso majestoso, como de uma realeza e tal beleza jamais vista a olho humano.  E por se deixar levar pela beleza e encantamento do ser dentro do Rio, acabou não olhando o rastro de sangue que havia feito até aquele lugar.

Corpos jogados em meio a neve, desacordados e sem vida.

Foi quando, o homem que assistia a cena escondido do outro lado do Rio conseguiu escapar... ou quase morrer.

As marcas no seu corpo ficaram como de um animal faminto, os olhos foram arrancados e pela perversidade cometida ao homem, ninguém acreditava de que algum semelhante pudesse ter o ferido daquela maneira.

Não existiam registros específicos, uns falavam que antes mesmo de Cristo, houve um tempo em que o inferno abriu seus portões liberando todo o mal que existia na terra.

Poderia ter sido a maldição, lançada a quem abrisse a caixa de Pandora libertando tudo o que era de ruim no mundo.

No entanto, sua origem jamais chegaria a ser descoberta.

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