Capitulo I - Servos

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O pensamento em que sua vida deveria ter chego ao fim, naquela maldita noite, retornava para sua cabeça como se nunca tivesse saído de lá. As lembranças estavam presentes como um filme que se passava em câmera lenta, cada cena se intensificava a ponto de fazê-lo sentir uma dor profunda dentro do peito.

Borrões preto, vista embaçada pelas lágrimas que não derramaria... elas eram secas assim como o sangue que esvairá suavemente pelas suas veias, precisando serem preenchidas novamente, a fraqueza daquele sentimento aumentava a fraqueza do seu corpo, e todas as vezes em que se sentia daquela maneira, os seus instintos o levava as ruínas da vida.

Ele não tinha uma vida... ela foi tirada há cinquenta anos atrás.

A melancolia foi sua melhor amiga durante todo esse tempo. Enquanto eles se divertem do lado de fora daquela casa, ele preferia ficar trancafiado entre os lençóis tentando controlar aquela fome incessante de sangue.

Tornou-se o irmão mais novo, como se a hierarquia convencional tivesse sido alterada desde aquele incidente maldito. Por quantas vezes ele pensou que não deveria ter saído da sua posição de soldado, deveria ter ficado na trincheira e disparado contra seus irmãos, os poupando de todo o sofrimento posterior que estaria por vir.

A guerra não parecia tão ruim, não parecia tão desumana, comparado ao que são agora.

O cheiro de sangue fresco o faz franzir o nariz fungando o ar. Umedece os lábios sentindo a boca salivar em desejo e anseio pelo o que estava por vir, as batidas do coração ainda pulsando dentro da caixa torácica era como uma doce sinfonia tocada em seus ouvidos.

Ele se põe de pé rapidamente; deixa de lado aquele pensamento que existia de sua parte "humana", completamente enebriado pela sede do sangue que fluía pelas veias da moça.

Sim, era uma mulher. O cheiro adocicado do perfume de jasmim âmbar estava o deixando inconformado dentro do cômodo.

Jimin, sabia que seu irmão não alimentava-se corretamente. O sangue em que Taemin costumava beber, eram da escória humana, pessoas moribundas, sangue ruim e até mesmo de mortos... era nojento! Nojento ao ponto de querer fazê-lo vomitar.

Por isso, uma vez por mês. Ele encarregava-se de trazer a moça mais bela que encontrava para um passeio às escuras, como um bom presente para o seu irmão mais velho não definhar dentro daquele quarto.

Era fácil encontrar um bom jantar na rua. Mulheres são alvos fáceis e vulneráveis, sempre estavam sozinhas ou em bando de três, quase todas as vezes elas se colocavam em perigo por causa de uma boa noite de amor.

A carência, falta de amor próprio, e a competição entre elas mesmas, as transformavam em seres tão burros quanto galinhas. Criadas para reproduzirem e depois serem abatidas facilmente, torcendo-lhes o pescoço.

Presas fáceis.

— Senhor, eu não posso subir para o quarto de um estanho. -a mulher com as bochechas rosadas gagueja entre os braços de Jimin. A criatura encolhe os ombros, passando as mãos pelos braços da mulher em uma carícia terna que a faz suspirar. Ao olhar diretamente nos olhos castanhos, sente aquela paixão fulminante aumentar, como se ele tivesse tomado todo o controle de seu corpo.

— Shh! -chia próximo ao ouvido da mulher, encosta os lábios do pescoço exposto pelo vestido provocante — Ninguém precisa saber sobre isso. -sussurra, ela sente um arrepio percorrer de sua espinha até os dedos dos pés e balança o corpo amolecido.

Confiante de que estava em boas mãos, retribui ao toque passando os dedos em torno do pescoço do homem deslumbrante a sua frente. O sorriso angelical e ao mesmo tempo avassalador, brota nos lábios voluptuosos de Jimin.

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⏰ Última atualização: Jun 21 ⏰

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