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FeelSomethings (Bea Miller) "Eu não quero morrer,mas eu não quero viver assim. Eu só quero sentir alguma coisa,eu só quero sentir. Algo real,assim poderei sentir-me como uma pessoa novamente".
Pov Noah Schnapp.
Tudo em mim é uma mentira. Sinto como se tivesse algo intalado na minha garganta o tempo todo, o que deixa semore enjoado como se fosse vomitar.
Acabo de acordar e vou tomar banho. Eu estava cansado de fingir na frente das pessoas, porém precisava fazer isso. Não posso desistir de viver, não posso desistir de Chloe.
Desço as escadas e sigo em direção à cozinha. Não havia ninguém lá. Provavelmente meu pai deve ter se perdido em um bar qualquer de New York e minha mãe deve estar transando com outro cara nesse exato momento. Não tinha nada para comer, literalmente nada. Eu não 'tô com fome mesmo, então tudo bem . Peguei meus materiais e fui pra escola. Assim que as aulas chegassem ao fim terei que passar no hospital e ver Chloe.
***
Nesse exato momento eu estou sentado na terceira fileira observando a professora de biologia explicar sua matéria. Eu até que gosto bastante dessa aula,mas meus pensamentos estavam longe demais. Seria tão bom se meus pais se acertassem ou pelo menos fossem visitar a própria filha, tudo voltaria a ser como era antes...
—Noah?— escuto uma voz conhecida me chamar e me viro para olhar. Era Millie, Millie Bobby Brown.
Ela usava um vestido jeans com alças e haviam botões coloridos espalhados pelo mesmo. Embaixo de tudo aquilo ela vestia uma blusa branca de manga curta e um casaco amarelo. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. A mesma usava uma meia cor das nuvens misturado com listras vermelhas e um tênis All Star preto. Sua maquiagem era básica, apenas um delineado de gatinho e um gloss (pelo menos o que pude notar) . Ela estava simplesmente perfeita.
—Ah! Oi, Millie, como está?— digo simpático.
—Estou bem, e você?— ela disse isso e senti que não foi uma pergunta retórica, mas a resposta já vinha automática 'pra mim.
— 'Tô bem também. Aliás, sábado agora não vou poder sair com vocês.
—Por quê?— ela parece decepcionada.
— Meus pais não deixaram. Sinto muito.— eu não estava mentindo, eles realmente não concordaram.
—Sem problemas,a gente marca outro dia.— ela sorri.
— Você 'tá muito bonita hoje.
— Nossa, obrigada.— ela pareceu meio distante com o elogio, logo depois a diretora entra dizendo o nome dos alunos que não iriam mais ter aula e que poderiam ir para suas casas. No caso eu não fui um deles e nem Millie.
O dia passou rapidamente e eu finalmente estava liberado. Parti rumo ao hospital andando mesmo. Não importa o quanto eu teria que andar, apenas queria ver o motivo pelo qual eu ainda tenho sido forte. Meu coração bate por Chloe Schnapp, minha irmã gêmea.
***
— E você a elogiou?— ela estava tentando não rir.
—Pensei que ela iria gostar.— respondo rindo ainda sem entender.
— Ei, Noah, você acha que 'tá começando a gostar dessa garota?
— Não acho que eu esteja.— eu sou meio confuso com isso de sexualidade.
— Você é quem sabe. Mas me conta, por que não veio aqui ontem? Senti sua falta.— diz mudando de assunto.
— Eu saí com alguns amigos da escola nova .
— Amigos?— perguntou surpresa.— Quero saber mais sobre isso. Não me contou que tinha conhecido pessoas novas, eles são legais?— pergunta animada. Era bom vê-la feliz. Quando minha irmã sorria fazia meu dia mais colorido, fazia a vida valer apena.
—Bem... Tem o Finn Wolfhard,ele vive brigando com uma garota, Sadie Sink o nome dela. Os dois são muito engraçados juntos. Ah! E tem o Gaten, ele é realmente muito divertido.— continuo falando e falando até cansar. A mesma parecia estar muito empolgada com as coisas que eu estava contando, e um pouco sonolenta também.
Infelizmente o tempo passou rápido demais e logo tive que me despedir de Chloe.
—Você vem amanhã, Noah?
— Venho sim. E aí posso te contar mais coisas da escola.
—Diz que eu mandei um abraço 'pro papai, 'pra mamãe e que sinto saudade deles. Te amo, viu? Até amanhã.— diz me dando um abraço.
—Senhor Schnapp, eu sinto muito interromper mas o horário de visitas já chegou ao fim.— a enfermeira sorri educada.
—Tudo bem.— respondo para a mesma, dou um beijo na cabeça de minha irmã gêmea e parto para casa .
Assim que começo a me aproximar escuto uma gritaria. Meus pais estavam brigando outra vez, desisto de tentar entrar e vou trabalhar.
Nãovejo a hora de ser adulto e ir embora dessa casa.
