♡ III - Borboleta Monarca

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Notas iniciais:

Oizinho, esse capítulo demorou a sair devido a uns problemas pessoais que atrasaram meu planejamento e também pelo fato dele ser um tanto maior que os anteriores. Não estava nos meus planos escrever capítulos tão extensos, mas infelizmente a história pediu por isso e se eu cortasse demais perderia o sentido. 

Eu o dividi em duas partes e espero conseguir postar a próxima ainda esse mês.

Bebam água, comam algo gostoso e boa leitura :)

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Borboletas são como flores que aprenderam a voar.

Lindas, belas e coloridas alcançaram no ar a sua liberdade.

Desprendem de suas raízes, rastejam pelo chão, enclausuram-se como faziam momentos antes de desabrochar para então ganharem suas asas e o céu alcançar.

Mas longe do calor da terra se tornam fracas, perdem seu perfume, aos poucos desbotam o seu brilho.

É o preço a se pagar pela beleza de uma existência em brevidade.

Tudo na natureza é assim, mera questão de equilíbrio.

(Armia Mitzvi)

[uma lenda nativa americana diz que se capturarmos uma borboleta e sussurrarmos um desejo a ela, ela o levará até o Grande Espírito. Ao libertar uma borboleta, nós mostramos respeito pelo equilíbrio da natureza e o desejo certamente será atendido.]


Kim Namjoon era um elfo e sacerdote da deusa da Lua e uma das pessoas favoritas de Jimin.

O sacerdote, sempre plácido, poderia ser superior hierarquicamente à fada floral, mas sempre o encarava com olhos bondosos e escutava seus comentários animados com um sorriso no rosto que vez ou outra mostrava duas bonitas covinhas em suas bochechas. Jimin o achava, por falta de palavra melhor, uma graça.

Ele e Hui, outra musa do luar, haviam acabado de voltar de uma missão e estavam com Namjoon sentados embaixo de uma grande cerejeira; Hui e Namjoon conversando animadamente sobre alguns livros de prosa que leram enquanto Jimin passava a palma das mãos suavemente sobre a grama verdinha abaixo de si, a ponta das folhas causando leves cócegas ao encostar na pele suave da fada.

Era uma tarde ensolarada típica de primavera, o clima ameno embora caloroso era perfeito para Jimin que fechou os olhos e apontou o rosto para cima, sentindo os raios solares que infiltravam-se entre os galhos da árvore e tocavam sua fronte.

Ele acordara bem cedo, antes do raiar do dia, a pedido de Hui para acompanhá-lo até o reino do Fogo onde realizariam uma dissolução de união. Jimin detestava ter que fazer aquele tipo de coisa, mas sabia que era pior ainda para Hui, que inevitavelmente se sentiria culpado pelo fracasso da relação.

Como a Deusa da Lua tinha quatro musas do luar especiais, cada uma acabou se tornando responsável pelas bênçãos e inspirações em cada reino. Como Rosé já era a musa do reino da Terra quando Jimin tornou-se uma musa, ele assumiu a sua posição no reino Celestial. Hui estava a cargo do reino do Fogo e Jiho do reino da Água. Todas as musas viviam no Palácio do Luar no reino Celestial e podiam transitar livremente entre os quatro reinos e até mesmo realizar um trabalho em outro reino que não fosse o seu delegado, contanto que sempre comunicassem entre si as suas atividades.

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