Capítulo II - Melodia das Almas

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  Após a sua queda, Malak acorda num lugar desconhecido preso numa maca de madeira onde se fazia a autópsia dos seres humanos, o local tinha um aspecto de abandono, com poeira nos objetos e teias de aranha nas paredes e um enorme brasão dos feiticeiros das Trevas.

  Malak estava sobre um feitiço que desacelerava o seu corrompimento, ele se perguntava "onde estou?", "que lugar é esse?", quando de repente ouví-se uns passos, e pelo som podia presumir que ele estava descalço e pelo ranger da madeira do chão, era notável o quão antigo o local era. O sujeito encapuzado vinha com uma caixa selada e nela estava escrito " Kardiá Thanátou", que significa "Coração da Morte".
---Quem é você? E o que quer de mim?---- Disse Malak.
---Me chamo Skotádi, é prazer em conhecê-lo, Serafim Malak.--- Disse o sujeito misterioso com um tom de ambição e um olhar perturbador.
---Eu não sou mas um Serafim!--- Afirmou Malak com um olhar triste. ---Eu perdi tudo, e só porque tentei salvar uma vida.---
---Esse é o mundo em que vivemos, mesmo que tenha sido por uma causa nobre, se for contra a lei, você é punido!--- Disse Skotádi. ---Mais você pode ter uma nova chance, se me ajudar com a vingança nós vam...
---Impossível!--- Afirmou Malak. Eu estou sendo corrompido. E a propósito, porquê me salvou?---
---Nesta caixa há um coração, mas não um coração comum e sim o Coração da Morte. Eu vou implantá-la no seu peito, assim, você se tornará um ser místico!---

  Malak pensando no que acabou de ouvir, raciocinou consigo mesmo, "Então, a partir de agora eu serei Malak Thánatos, o Anjo da Morte!"
---Certo, faça!--- Disse Malak com um olhar de determinação. Malak com certeza estava pronto para isso, idealizando cada passo, cada estatística, cada caminho e tudo para poder realizar o seu objetivo, porém não seria fácil, pois ele sabia que o corpo de um Anjo ou de um Serafim é feito de luz e apenas a própria entidade pode criar órgãos, e ter qualquer parte não projetada por ele lhe causaria sérios problemas. Ao por o Coração da Morte no corpo de Malak, Skotádi percebe uma anomalia surgindo, era o corpo de Malak entrando em colapso por conta do poder oposto de si. A dor que sentia era tão deplorável que fez Skotádi ficar descrente com o resultado desse transplante, os gritos de Malak eram tão atordoantes que podia ser ouvido a quilômetros dali, porém, aquela era uma cidade deserta. Como se não bastasse os gritos, outro som desagradável surgia, o coração por algum motivo começou a forçar o corpo de Malak a criar uma estrutura óssea, o crescimento violento desses ossos estava fora de controle, quebrando e se reconstituindo, Skotádi já não sabia onde isso iria terminar.
---O que está acontecendo com ele?--- Diz Skotádi. De repente toda aquela agonia tinha cessado e Malak levanta da maca com uma aura pesada envolta de si.
---Me sinto estranho!--- Diz Malak. ---É como se eu fosse outra entidade, mas ao mesmo tempo continuo sendo eu.
---Funcinou, você é um Anjo da Morte agora!--- Afirma Skotádi. Agora, eu vou lhe contar mais sobre o meu plano.

  Skotádi contou a Malak sobre vários artefatos sagrados que estão espalhados pelo mundo mortal e em outras dimensões, tudo registrado num diário. ---É muita negligência dos Deuses permitirem que esses artefatos caiam em solo humano--- Diz Malak. Skotádi explica que nem os mortais e muito menos os Fallens são capazes de usar essas relíquias, assim, seria mínima as chances de acontecer uma desgraça. Um dos artefatos que Skotádi consegui foi a Flauta da Morte, essa flauta possui uma melodia doce e suave capaz de ressuscitar qualquer ser desse mundo, e o outro é A Cruz, um objeto capaz de trazer a mortalidade daqueles que um dia se tornaram imortais. Segundo Skotádi, ele usaria a Flauta da Morte para reviver os Sete Pecados Capitais porém, ele precisa de outro Artefato Sagrado chamado Damiya, um colar com o poder de controlar qualquer demônio, sejam Comuns, Míticos ou Amaldiçoados.
  ---Onde essa Damiya é encontrada?--- pergunta Malak.
---No Submundo, bem nos arredores da Grécia.--- Respondeu Skotádi.
---Na Grécia!?--- Disse Malak com um olhar de espanto.---'ham'... Pode deixar que eu busco esse artefato!---
---Por que essa empolgação toda?--- Pergunta Skotádi.
---Nada demais, eu só não vou com a cara dos Deuses Gregos!--- Respondeu Malak.
---Certo, já que você faz questão de ir, sinta-se livre para prosseguir.--- Diz Skotádi. Eu não conheço aquele lugar, então tenha cuidado!---
---Não se preocupe, eu vou terminar isso em dois "T"!--- Afirmou Malak.

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