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POV Narrador

Eram altas horas da madrugada e Ally se encontrava em pé na sua sala, tinha sobre a mesa as cópias dos livros celestiais, onde tentava encontrar alguma resposta definitiva para o casa de Camila.

Ela sentiu o vento antes de ouvir a voz de Miguel.

-O que você tanto procura irmã?

Ally ergueu os olhos e sorriu.

-Algo que não estou encontrando.

-E o que seria?

-Alguma referência sobre a filha de um arcanjo que foi transformada em vampiro, que agora trabalha ao nosso lado e em quem começou a surgir sinais e que achamos que vai ser mandada pro inferno quando a missão sagrada acabar.

-Tá falando da Camila?

-Você sabe Miguel?

-Tenho acompanhado tudo minha irmã.

-Então me diz irmão, é isso que vai acontecer?

-Eu não sei te dar essa resposta.

Ally largou o livro que estava consultando de qualquer jeito encima da mesa.

-Porque todo esse interesse nisso irmã?

-Ela é importante pra Lauren.

-Eu entendo, o sinal do amor e tudo. Mas porque isso é importante pra você Allysson?

-Porque eu a considero uma amiga. E porque quero que Lauren tenha a chance de ser feliz ao lado dela, como eu não pude ser ao lado de Troy.

Miguel sorriu.

-O pai tinha toda razão ao te dar esse nome. Você realmente é de "espécie nobre". Eu não posso te ajudar com isso, mas conheço quem pode.

-Quem?

-Bom, tecnicamente os vampiros já estão mortos, isso quer dizer que seu destino está traçado. Mas existe um único ser que tem acesso a "esses" registros. - Ally o encarava. - Podemos perguntar ao guardião do livro das almas perdidas.

-Eu não acredito que você está realmente sugerindo falar com "ele".

-É o meio mais rápido. Urziel não vai deixar olharmos o livro das almas santas.

-E porque você acha que "ele" vai deixar olharmos o das almas perdidas?

-"Ele" vai deixar.

-Miguel...

-Vai buscar a Lauren que eu chamo "ele".

-Se você tem certeza.

Ally saiu da sala. Miguel respirou fundo, quando falou usou uma voz firme e quase gritada.

-Lúcifer.

O ar se moveu com violência a volta dele quando o anjo rebelado pousou a sua frente.

Usava uma forma humana de um homem alto, bonito, moreno e musculoso. A única coisa que sugeria sua natureza angelical eram as asas, mas as penas eram de um preto forte e escuro, porém ele as recolheu assim que pousou.

Seu rosto formoso e belo sorria malignamente, seus olhos brilhavam e quando falou sua voz era de veludo.

-Logo você me chamando irmão, quer outra batalha épica?

Ele sacou a espada demoníaca que carregava, mas Miguel já havia pegado a própria espada.

-Não vamos brigar Lúcifer.

-Então recolha as armas.

-Você primeiro.

Lúcifer sorriu e guardou a espada, no que foi seguido por Miguel, mas antes que o arcanjo falasse a mão do caído se fechou em punho e acertou o queixo de Miguel.

Doce Veneno (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora