Noite a dois

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SHIKAMARU

O dia havia custado a passar, mas, finalmente, o fim do expediente de trabalho se aproximava. Eu passara o dia tranquilamente, mas admitia para mim mesmo que as últimas horas estavam me deixando um pouco ansioso.
Naquela manhã, na mesa do café, Temari informara que Shikadai passaria a noite na casa de Naruto, se não houvesse nenhum problema pra mim. Ela dissera isso com um olhar intenso e significativo. No mesmo momento, respondi que por mim estava tudo bem e Shikadai me agradeceu com um abraço.
Eu sabia o que aquele olhar significava. Nós teríamos a casa só pra nós aquela noite. Quando se tem filhos, isso é um grande privilégio. Sempre que Shikadai passava a noite na casa do Boruto, podíamos ter mais liberdade, fazer barulho à vontade e "brincar" sem limtes.
Finalmente os ponteiros do relógio se alinharam na hora tão esperada. Me despedi brevemente de Naruto, já dando as costas, embora ele tenha me chamado pra perguntar sobre uma papelada qualquer. Que saco.
- Amanhã eu providencio isso bem cedo, assim que chegar, mas agora não posso, tenho um compromisso importante.
- Ok... - Naruto falou com uma expressão de estranhamento. Até senti vontade de rir, mas sai rapidamente do escritório do Hokage, antes que ele se recuperasse do choque e desatasse a falar e me perguntar sobre meu "compromisso".
Cheguei em casa, Temari estava de saída com Shikadai.
- Vou deixar o Shikadai na Hinata. O jantar está pronto.
- Você já jantou? - perguntei.
- Ainda não.
- Ok, então vou tomar um banho e quando você voltar nós jantamos.
- Tudo bem. - ela respondeu com um leve sorriso.
- Thau, papai, tenha uma boa noite. - Shikadai se despediu.
- Thau, filho. Se comporte e não dê trabalho pra Hinata! Tenha uma boa noite também.
Nos abraçamos e eles partiram. Entrei na cozinha. Ainda tinha algum tempo antes de ela retornar, pois sabia que ficaria conversando um pouco com Hinata, então decidi arrumar a mesa antes de ir tomar banho. Pus os pratos, taças, deixei um vinho sobre a mesa, tudo bem arrumadinho pra tentar impressionar. Fui ao banheiro e tomei um banho rápido. No quarto, escolhi roupas confortáveis de ficar em casa, shorts e camiseta de algodão. De repente, uma idéia travessa passou pela minha cabeça. Era arriscado, mas valia a pena tentar. Após executar meu plano maligno, desci as escadas, no exato momento que Temari anunciava sua chegada. Encontrei com ela e nos dirigimos à cozinha.
- Nossa, olha só que capricho! - disse ela, rindo, ao ver a mesa arrumada.
Temari se dirigiu à cadeira, e eu, rapidamente, resolvi completar o efeito da brincadeira puxando o móvel para que ela sentasse.
- Ma dame. - Disse eu, fazendo uma cara séria. Ela riu ainda mais e sentou-se.
Comemos e conversamos bastante. Contamos sobre nosso dia e fizemos graça um da cara do outro. Elogiei a comida, só pra ter o prazer de vê-la ruborizar, sem graça. Ao terminarmos, eu lavei as louças, enquanto ela me ajudava, as enxugando.
Havia terminado de lavar as últimas peças e esperava ela acabar de enxugá-las. Ela estava de frente para a bancada da cozinha, eu em pé, próximo. Ela se aproximou bem, a fim de guardar as taças em seu lugar apropriado. Nesse momento, pude sentir sua fragrância, o que me fez querer afundar o nariz em seu pescoço, mas me contive, lembrando, em seguida, que não havia motivo para hesitação. Estávamos sozinhos e eu poderia agarrá-la a hora que quisesse.
Postei-me em suas costas, colocando as mãos sobre a bancada, impossibilitando sua saída, e afundei o nariz em seu pescoço,  sentindo seu perfume maravilhoso e indescritível. Ela pôs a louça que ainda segurava sobre a bancada e virou-se pra mim, sorrindo. Porém, dessa vez, era um outro tipo de sorriso. Malicioso, sexy. O clima naquele compartimento havia mudado drasticamente de leve e descontraído a pesado e intenso, uma tensão sexual tão densa que talvez pudesse ser cortada com uma faca.
Temari pôs as mãos sobre meu peito. Eu enlacei sua cintura com a mão esquerda e, com a direita, segurei sua nuca. Ficamos nos encarando por alguns segundos. O sorriso dela sumiu e sua boca entreabriu-se. Que saco. Eu juro que gostaria de ter levado as coisas de forma mais lenta, mais romântica, mas só a visão daquela boca me convidando e aquele perfume já estava me deixando duro.
Nos beijamos de forma afobada, intensa e profunda. Nossas línguas se entrelaçando e sugando uma a outra. Minha mão esquerda logo escorregou pra sua bunda. As mãos dela subiram pra minha nuca, puxando meu rosto pra aprofundar ainda mais o beijo. Temari soltava uns gemidos baixos dentro do nosso beijo que me deixavam louco de tesão. Quando o ar nos faltou, separamos nossas bocas, arfando em busca de oxigênio.
- Faz tempo que não te como aqui, nessa bancada. - Falei, com um sorriso maroto nos lábios.
- E tá esperando o quê? Um convite por escrito? - ela falou com sua expressão mais desafiadora. Problemática. E gostosa.
Agarrei sua cintura, colocando-a sentada na bancada. Naquelas situações, eu sempre agradecia mentalmente a quem projetou os móveis da nossa cozinha. Aquela bancada tinha a altura perfeita pra eu comer minha esposa gostosa. Abri as pernas dela, nossos olhos presos um no outro. Ela estava de kimono, então afastei um pouco a calcinha e passei levemente os dedos por sua abertura. Molhada. Pronta pra mim.
Tirei o pau pra fora, que, àquela altura, já estava latejando muito. Afastei pro lado um pouco mais sua calcinha. Não dava tempo de tirá-la. Coloquei a cabeça do meu pau em sua abertura e estoquei fundo e com força. Me arrependi no mesmo segundo, pois com o tesão que estava e o gemido alto que Temari deu, não gozei naquele mesmo momento por um triz. Tive que ficar parado dentro dela por alguns segundos, respirando fundo em seu pescoço, me concentrando. Consegui me refazer e recomecei a me mexer, dessa vez mais lentamente. Temari começou a chupar o lobo da minha orelha e entrelaçou meu corpo com as pernas, reduzindo ainda mais a distância dos nossos corpos, começando a exigir um ritmo mais intenso. Eu acompanhei, me concentrando ao máximo. Ela começou a gemer. Cada vez mais alto. Ainda bem que a propriedade é grande e não temos vizinhos tão próximos. Mas, mesmo se tivéssemos, eu estaria me lixando naquele momento. Sua boceta começou a apertar cada vez mais o meu pau. Eu estava perdido. Não ia conseguir me segurar muito mais. Mas, pro meu alívio, comecei a sentir o corpo da minha mulher convulcionando, tremendo. E, de repente, seus gritos silenciaram. Temari sempre ficava em silêncio quando gozava. Diante disso, relaxei e gozei forte dentro dela, beijando sua boca mais uma vez.
Ficamos ali por alguns momentos, abraçados, eu ainda dentro dela, nossas respirações descompassadas, acalmando aos poucos. Ajudei-a a descer, ela segurou minha mão e me levou pras escadas, em direção ao nosso quarto. Entramos, ela na frente, me olhando. Então olhou pra nossa cama e estancou. Eu parei atrás dela. Já nem me lembrava mais da surpresinha que havia deixado ali. Ela virou e agarrou a gola da minha camisa, com uma cara irada.
Eu sabia. Havia sido arriscado. Eu podia morrer naquele momento. Muito mais arriscado do que a vida shinobi era provocar a Temari. Aquele era, digamos, meu esporte radical. Mas, pro meu alívio ela me puxou pela gola e me jogou na cama.

ShikaTema - uma noite sem ShikadaiOnde histórias criam vida. Descubra agora