It Can Not Be

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- parte dois -

---Jack, você entende que eu e seu pai iríamos nos divorciar, mas, infelizmente, ele faleceu. --- diz, com o olhar focado na estrada.

---E o que isso tem haver com a pessoa que você quer me apresentar?

---Bom, eu estou saindo com um cara, e espero que seja compreensivo comigo. Hoje você irá conhecer ele, e ele levará o filho dele, o garoto é um anjo, muito gentil. --- disse, dando uma olhada rápida no filho.

---Certo, eu entendo! --- a mãe olha para o garoto, desconfiada. --- Mãe, é sério. Eu jamais pediria que você ficasse se lamentando da morte do papai, em vez de viver sua vida --- a mulher volta a olhar para a estrada, com um sorriso no rosto. E Jack encosta sua cabeça na janela. --- , mas ainda dói para mim. --- sussurra para si mesmo.

A morte de seu pai foi algo muito doloroso para Jack, as vezes ele chega a pensar que jamais irá superar isso.
E dói mais ainda, cada vez que ele lembra de todos os momentos que passou junto com seu pai.

A mulher para o carro no estacionamento do restaurante Blue Violette's.
Ela sai do carro, e logo, Jack repete o ato, seguindo sua mãe, que entrava no estabelecimento.

Jack sentia que coisa boa não sairia desse jantar. O cacheado estava receoso. E assim que viu sua mãe olhar em volta, a procura de alguém, provavelmente o cara com quem estava saindo, Jack localizou um garoto, aparentemente, da idade dele, o garoto estava de costas. Jack ficou tanto tempo tentando ver se conhecia-o, que nem percebeu sua mãe indo  direção a, exatamente, a mesma em que ele olhava a pouco, ele foi seguindo mãe, com cara de tédio.

O homem, quando viu Angela, se levantou cumprimentando-a com um selinho, e logo, estendendo sua mão a Jack, que a apertou.

---Prazer, Jack, né?

---Sim, também é um prazer, senhor. --- diz, e vê sua mãe sorrir feliz por seu filho aceitar Mitchell.

---Bom, filho, esse é Noah! --- por um minuto o coração de Jack disparou, mas quais são as chances de ser o mesmo garoto de sua infância?

Bem, pra falar a verdade, as chances são muito altas, pois quando o garoto levantou para cumprimentar Jack, eles se reconhecerem. Jack nunca esquecera o rosto do grande, e ameaçador, garoto que o importunava, e Noah jamais conseguira esquecer o rosto do garoto a qual ele causou tão mal.

Não pode ser! --- era o que se passava na cabeça de ambos.

Jack foi o primeiro a sair de seu transe, respirando fundo, e estendendo a mão para o de olhos verdes.

---Prazer, Jack! --- diz, sem expressão alguma.

---Noah! --- aperta a mão de Jack, e olha para baixo, quando suas mãos se soltam.

---Bom, vamos nos sentar? --- Angela pergunta.
Todos se sentam, na seguinte ordem, Angela do lado de Mitchell, e na frente de Jack, e Mitchell na frente de Noah, fazendo os dois garotos ficarem lado a lado.

---Então,Jack --- diz, Mitchell ganhando a atenção do garoto, que estava "brincando" com sua comida. --- Quantos anos você tem? --- o garoto olha para sua mãe com uma cara que dizia: "sério isso?".

---14. --- entediado, ele volta a brincar com a comida.

---Você e o Noah tem a mesma idade, querido! --- Angela diz, alegre.

---Vocês vão se dar bem! --- diz, Mitchell.

Ah,claro! --- pensa, Jack.

E a noite toda foi resumida em Mitchell fazendo perguntas para Jack, que o mesmo as considerava idiotas.
Eram quase sempre: "Qual série escolar?" "Você namora?" e essas coisas. E Noah ficou em silêncio quase que a noite toda, vez ou outra ele abria a boca para confirmar algo, ou murmurar algo que ninguém, nem mesmo Jack que estava do seu lado,entendia.
Quando a noite chegou ao fim, os dois garotos agradeceram aos céus; não aguentavam mais ficar naquele lugar.

Jack estava bravo por, caso algum dia eles se casassem, talvez, ter Noah como meio-irmão, e Noah estava se sentindo culpado, o garoto a quem ele importunou por um bom tempo, estava ali, a sua frente, em carne e osso, e pensar na possibilidade de virar seu meio-irmão, era meio... assustador, eu diria.

Ambas famílias estavam se direcionando para o estacionamento, quando Angela parou, chamando a atenção de todos.

---Eu estava pensando; Vocês podem ir lá para casa, eu e Mitchell teremos um tempo juntos --- e os dois garotos fazem uma expressão de nojo, quase, discreta. --- , e vocês aproveitam para conversarem, virarem amigos.

---Eu acho uma idéia maravilhosa! --- Mitchell diz.

Os dois garotos apenas olham para seus pais, em um pedido de socorro mudo, que forá ignorado por ambos.

---Então, vamos! --- diz a mulher, alegre.

---Vamos... --- Noah diz, e Jack rodopia seu dedo indicador, em final de uma falsa alegria. O de olhos verdes apenas olha para ele, com uma cara nada amigável, e sai, entrando no carro do pai.
Jack entra no carro de sua mãe, e logo o dois carros estão indo em direção a casa do cacheado, que estava com os braços cruzados, e um biquinho, mostrando infantilidade, nos lábios.

Jack passou o trajeto inteiro com a cara emburrada, e o motivo era bem simples, ele não queria Noah em sua casa, ele não queria o garoto que zoava com a cara dele, em sua casa.

Jack podia falar para sua mãe que Noah era aquele garoto, mas isso, provavelmente, a afastaria de Mitchell, e ela estava feliz com ele, Jack jamais iria querer acabar com a felicidade de alguém, muito menos com a de sua mãe.

Assim que pararam o carro, o de cachos desceu, com uma cara nem um pouco feliz, e logo, Noah desceu do carro de seu pai, com uma cara de que não queria estar ali.

Quando entraram na casa dos Grazer's, Jack foi correndo em direção a escada, para ir para o seu quarto, mas ele foi impedido pela voz da mulher mais velha.

---Jack, querido, leve Noah com você! --- Jack olhou para o de olhos verdes, e revirou os olhos, fazendo um sinal com a cabeça para ele o seguir, logo em seguida.

Jack entrou em seu quarto, sendo logo seguido por Noah, que estava calado o jantar inteiro, e continuou sem dizer palavra alguma.
O cacheado se sentou em cadeira, colocando os pés em cima da cama, e fez um sinal para Noah se sentar na cama, e assim o fez.

---Então... --- diz, Jack. Noah só da um sorriso, sem olhar diretamente nos olhos do de cachos. --- Nós podemos tentar sermos amigos. Eu acho.

---Então, quer dizer que você... --- começa a dizer, mas é interrompido.

---Não, eu lembro de você. Mas podemos tentar começar de novo --- diz, se encostando na cadeira, e cruzando os braços. --- , se você quiser.

---Podemos... tentar! --- Jack da um pequeno sorriso de lado, e estende sua mão a Noah.

---Prazer, Jack. --- Noah da um sorriso de canto,apertando a mão de Jack.

---Noah!

Capítulo não revisado

From Hate To Love || A Jᴏᴀʜ Sᴛᴏʀʏ [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora