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Treze de setembro, mil novecentos e noventa.
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   Fazem seis meses que eu não saio de casa.

   Eu sempre saio para o mesmo lugar, a floresta onde Hina está enterrada, mesmo sendo rara as vezes.

   Minha mãe já desistiu de me tirar de casa, a única coisa que ela faz para me ajudar é comprando remédios e me dando chás para ver se a doença em meu corpo some, mas infelizmente a depressão nunca sumiu de mim.

   Sempre que eu acordo de bom humor eu tento fazer coisas produtivas, uma delas é pintar. Eu normalmente me expresso por pinturas, desenhos e até mesmo escritas, o único problema é que eu não consigo desenhar algo além de Hina e de florestas e não consigo escrever algo que não seja sobre o amor que eu sentia por Hina.

"Por que você não supera isso logo, já fazem três anos."

   É insuperável, Hina era o amor da minha vida, e eu nem tenho dúvidas, eu não tenho planos para minha vida sozinha, todos os planos tinham Hina inseridos, tinham o nosso futuro dos sonhos, mas infelizmente esses planos nunca poderão ser realizados.

   Esses dias eu estava pensando em ir visitar Hina novamente, faz tempo que eu não levo magnólias para Hina, ela adorava magnólias...

   Talvez amanhã eu a visite e levo algumas das magnólias do meu quintal, mas terei que criar animação para me levantar novamente.

The night we met | Shivina |Onde histórias criam vida. Descubra agora