RK
Acordei cedo hoje, tô cheio de bagulho pra resolver. Vai achando que a gente tem vida mansa aqui, todo dia é uma treta diferente pra resolver, todo dia tem reclamação de morador sobre alguma merda.

E eu tenho que saber lidar e resolver qualquer coisa, tá pensando que só porque do te patrão eu vou ficar numa boa? A mente do bandido aqui pra nenhum segundo pow, tô na luta todo dia persistente rumo ao progresso.

__ Cadê o cabelinho? –Perguntei pro José.

__ Ih patrão, cabelinho tá com treta pra resolver lá eu disse que aquela piranha que ele tava pegando ia arrumar bagunça pra ele.

__ E ela aprontou o que?

__ Parece que essa mulher que ele ta pegando já tem marido e mesmo assim tava enrolada com ele, o cara ficou sabendo e agora tá puto.  – Ele gargalhou.

Cada coisa que eu sou obrigado a ouvir, esse bagulho só pode ser coisa de homem porque nós homens só faz merda, não acha?

__ Acho melhor ele resolver essa treta logo, porque ele tem trabalho pra fazer aqui. – Falei dando as costas e saindo do local.

Hoje tenho que ir na casa da minha coroa, tem um tempão que eu não vou lá e se continuar assim ela vai vim me encher o saco aqui, vive falando que eu não tô comendo direito e que tô magro abeça.

__ RK! –alguém me gritou, odeio quando o povo fica me gritando no meio da rua.

__ O que foi poxa? Fica me gritando no meio da rua cara, eu fico puto com isso!

__ É a sua mãe, parece que ela desmaiou lá na rua do mercadinho. – Nessa hora meu coração quase parou.

__ Onde ela tá? – Perguntei descendo um beco com o telefone na mão.

__ Acho que sua irmã levou ela pra casa.

}..{

Cheguei no barraco da minha mãe estaciono minha XRE na entrada e abro a porta, quando entro eu encontro minha irmã sentada no sofá com uma cara séria.

__ Cadê a mãe? – Perguntei e ela se levantou.

__ Está no quarto, ela me perguntou por você.

Peguei a escada que dava acesso ao andar de cima, entrei no quarto da minha mãe e me sentei na cama ao lado dela. Peguei na mão dela e isso fez ela acordar.

__ Finalmente você veio me ver, né? – Falou com um sorrisinho na boca.

__ Desculpa mãe, é que eu tenho andado cheio de trabalho. – Olhei pra baixo. __ Fiquei sabendo o que aconteceu com a senhora e fiquei doido, eu vou te levar no hospital.

__ Eu não preciso disso, eu tô bem. – Fez sinal de negativo com a mão. __ Foi só o calor, menino.

__ Eu não confio nisso, eu quero saber se tá tudo bem com a senhora e se não quer ir no hospital eu trago o médico aqui, e sem discussão.

Ela fez cara de brava mais concordou, minha coroa é pior que eu nesses bagulho de ir em hospital, nunca gostei.

{...} Duas horas depois...

__ O que ela tem? – Perguntei pro médico.

__  O coração dela tá muito fraco, e a pressão tá um pouco alta. – Passei a mão na cabeça. __ Eu sugiro que ela vá fazer alguns exames no hospital pra melhor diagnóstico, mais vou receitar um remédio pra pressão.

__ Tá bom, valeu.

Depois que ele escreveu o nome do remédio e despediu da minha mãe eu paguei pelo serviço e ele foi embora.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 08, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O Morro SEM PAZOnde histórias criam vida. Descubra agora