Amethyst ❥ hhj

f i f t y f o u r

Tudo aconteceu em alguns minutos, mas isso foi rápido o suficiente para a garota sequer entender exatamente o que havia acontecido.

Seu pai jogou a garrafa de bebida na parede e essa se estilhaçou manchando a parede com o que restava do liquido.

Akemi gritou irritada com o homem e saiu de casa, dando de cara com Mahina.

A irmã da mulher tentou falar com ela, mas a mãe da garota só queria sair daquele lugar.

O homem havia seguido ela, e continuava com a voz alterada dizendo-a para voltar.

Atravessando a rua, um carro...

A pequena só olhou a cena estagnada, não conseguia se mover, sentiu-se tonta e o ar também lhe faltou, mas continuou parada.

Não... Não era para isso acontecer... Seu pai... Akemi...

Mahina gritou e foi até a mulher que estava no chão inconsciente. O dono do carro também parecia em desespero e ligava para algum lugar andando de um lado pro outro.

E o vermelho continuava a manchar o asfalto, levando a vida da mulher junto.

A ambulância chegou rápido, em minutos estavam no hospital.

Foram duas horas de angustia entre o acidente e o mensagem do médico.

Yura continuou em estado de choque por todo o tempo, até que as palavras do homem de jaleco branco chegassem ao seus ouvidos e as atingissem como um soco.

—Sinto muito. Fizemos o que era possível.

***

Hyunjin estranhou quando viu o nome de Felix na chamada, mas atendeu.

—Al- Antes que pudesse completar a fala Felix o interrompeu com a voz ofegante.

—A Yura está com você?

— O que? Não, você sabe que a gent- Novamente interrompido.

—Droga, me encontra na frente da escola. Agora. É sério.

Pode ouvir o garoto pedindo para Minah ir procurando perto da escola.

—O-o que? —E Felix deligou.

—Hyunjin, você vem jantar? —A mãe do garoto chamou.

—Eu tenho que sair! —Gritou subindo as escadas.

O garoto pegou seu casaco e desceu tão rapido quanto subiu.

—Ei! Onde vai?! —A mãe aumentou a voz e Hyunjin olhou para ela sem saber como explicar.

Estava cansando de ser tratado como uma criança, e ele estava preocupado demais para qualquer coisa.

—Procurar Yura.

—Aquela garota? A gente já falou sobre iss-

—Mãe, eu não ligo, faz o que quiser. Tem algo de errado e eu preciso ir procurar ela. —O garoto se mantia sério, mas a mãe conseguiu notar a ansiedade que tomava conta desse.

—Vai mesmo desobedecer sua mãe por causa de uma garota? Não vai sair! —Insistiu.

—Vou. —Reapondeu. —A gente…. Não tá' mais junto, você sabe, isso não é o suficiente?. Eu acho que aconteceu alguma coisa e… É errado eu estar preocupado?

—Hyunjin! —Gritou.

Podia ser quase maior de idade, mas seus pais ainda haviam controle sobre ele, podiam muito bem tranca-lo em casa, principalmente se isso chegasse aos ouvidos do pai.

—Eu faço o que você quiser. —Disse. —Por favor.

Assim, a mulher cedeu, não queria seu filho contra ela dessa forma, e apesar de tudo, podia notar minimamente o sofrimento do garoto. Não acreditava no que faria naquele momento, mas fez.

—É bom voltar a me ouvir... — Suspirou —Quer que eu te leve?