- Abra os olhos.
Ouviu Marceline uma voz estranha e familiar. Abriu os seus olhos e deparou-se em um misterioso lugar. Estava noite. A sua frente havia um grande lago, que por causa do intenso brilho lunar, deixava as águas reluzentes. Uma densa floresta, a cerca de 10 metros, preenchia todas as direções do lago. O brilho da lua cheia era a única luminária daquele lugar. Era uma verdadeira maravilha. Ela, em toda a sua vida, nunca vira tal paisagem. Como se seus olhos estivessem enganando-a, viu algo que deixou todo aquele lugar ainda mais belo.
A luz da lua prendeu-se em um único ponto, como uma exibição onde a luz foca-se em uma pessoa específica. Surgiu ali a dona da voz, antes ouvida por Marceline, bem diante de seus olhos. A enigmática mulher andava, em passos lentos, pela relva ao redor do lago. A cada passo que dava, como mágica, surgiam vagalumes voando e se dispersando por toda a área. Seu longo vestido azul claro deixava destacada sua beleza, além de reluzir ao brilho da lua.
Caminhava em direção a Marceline, que por alguma estranha razão estava paralisada. Não conseguia de nenhuma maneira mexer seu corpo. "Estou sob um encantamento", concluiu ela. A estranha mulher se aproximava mais e mais dela. Parou há poucos centímetros de seu rosto, quase que por tocá-lo. Uma confusão de sentimentos dominou Marceline, o que tornou impossível saber o que sentia naquele momento. A estranha mulher com sua mão esquerda tocou a face de Marceline e aproximou-se mais de sua face. Com a boca próxima ao seu ouvido, disse:
- Que o jogo comece.
Marceline acorda atônita, percebendo que era um sonho e de que dormiu na floresta.
- Foi apenas um sonho... Ou será que não? - Diz levantando-se.
Ela foi andando pela floresta, observando as árvores e sons ambiente, e rapidamente se deparou com um enorme lago, que para sua surpresa era o mesmo lago de seu sonho. Um vento frio e calmo percorria aquele lugar e os céu vermelho anunciava o fim da tarde. Marceline seguiu calmamente ao redor do lago e foi até certo ponto. Sentiu uma forte dor em seu coração e parou de andar e observou atentamente o que estava a sua frente.
Seus passos a levaram até uma grande árvore, que estava morta. Ela quase não tinha galhos e estava com o tronco escuro e frágil. "Está morta á muito tempo" pensou ela. Ficou observando a árvore durante algum tempo. "Sem vida e completamente escura. Parece alguém que conheço," continuou com seus pensamentos. Observava ela atentamente sem mudar a expressão calma de seu rosto. Algumas pessoas diriam que ela estava tentando descobrir o que levou a árvore a ficar desse maneira, outros diriam que ela estava se lamentando por dentro em prol da árvore, mas, na verdade, sua mente estava longe e seus pensamentos distantes daquela árvore morta.
- Oiiii! Tia Marceline. - Gritou uma mulher indo em direção a Marceline. - O que houve tia? Por que não voltou a loja? - Perguntou preocupada.
A mulher ficou ao lado de Marceline. Ela era alta, possuía cabeços escuros iguais ao de Marceline e usava um vestido amarelo, com a cor um pouco desbotada. Marceline olhou de relance para ela, mas voltou a observar a árvore.
- Desculpe Stephanny. Vim colher algumas ervas e acabei cochilando.
- Verdade? - Stephanny olhou para as mãos de Marceline e continuou - Então, onde está a cesta com as ervas?
Marceline ficou corada e sem graça. Olhou para suas mãos e disse:
- Agora lembrei do porquê que eu cochilei.
- Cochilo? Você dormiu a tarde inteira.
Novamente Marceline ficou sem graça, porém as duas começara a rir da situação. Qualquer que visse elas juntas teria dificuldade em acreditar que Marceline é a tia e Stephanny a sobrinha. Stephanny era uma mulher com 26 anos de idade, já Marceline aparentava ter 17/18 anos de idade. Pessoas que conhecem Marceline a muito tempo diz que ela sempre teve essa aparência.
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The Blood That Connect Us
FantasyEm produção 5 anos após a morte da rainha Milena, o reino de Delacroix se encontra sob a regência de seu marido o rei Raoul, mas seu reinado se encontra ameaçado. Késia, a filha do rei, secretamente planeja um golpe de estado para tira-lo do poder...