Os estrondo vindo do choque ao fechar as grades portas de madeira soa por todo o ambiente, calando todos os presente.
Uma tosse forçada é ouvida em seguida e as atenções são dirigidas ao homem sentado logo atrás da alta bancada de carvalho negro.
- Bom, - o homem começou a falar. - agora iniciaremos o julgamento de Lúcifer...
- Prefiro que me chame de Sasuke. - uma voz vinda das cadeira, ou melhor, de uma das mesas logo à frente do homem, cortou-o a fala.
- Sasuke! - a voz feminina da mulher ao seu lado soou com repreensão num sussurro. - Por favor, pare com isso pelo menos aqui, no seu julgamento! - colocou uma mecha do cabelo róseo para trás da orelha, tentando não ficar nervosa.
Já deveria estar acostumada com isso, era a própria advogada do diabo, ele era sem limites e afrontoso, mas nunca havia estado num tribunal com a maior divindade existente a encarando.
Para Sakura, o olhar de Deus era amedrontado e reconfortante.
Um sentimento um tanto quanto confuso para um anjo.
- Prosseguindo, iniciaremos o julgamento de Lúcifer, o Rei do Inferno. - terminou sua fala e olhou o moreno que estava sentado desleixadamente em sua cadeira, o olhando entediado. - Ou como prefere ser chamado, Sasuke Uchiha. - disse a última frase entre dois suspiros. - Tendo como advogada a senhorita Sakura Haruno, um anjo.
[...]
- Está livre. - a rosada joga as pastas cheias de papéis em cima da meta de metal, vendo as mesmas se espalharem. - Merda.
- Um anjo não deveria falar palavras sujas assim. - a voz rouca e com um tom sexy veio da direção da porta.
- Eu falo o que eu quiser, e já você, é bom controlar o que fala, não sei se vou conseguir livrar a sua barra de mais uma se continuar a desrespeitar assim todos. - bateu as palmas na mesa e se virou para ele. - Ainda por cima com Deus! Que merda tinha na cabeça para falar aquilo?! - respirou fundo.
- Eu também posso falar o que quiser, se for num julgamento injusto como esse principalmente. - saiu de onde estava e sentou na cadeira que ficava do outro lado da mesa onde a sua advogada estava.
- Injusto? Injusto quando? Você torturou uma alma pessoalmente sem mais nem menos, e fez isso diversas vezes, com a mesma! Isso é injustiça! - esbravejou.
- Meu trabalho é punir as almas que vão para o inferno rosada, só fiz o que tenho que fazer. - cruzou os braços olhando-a divertido.
Os dois tinham pontos de vistas completamente diferentes, ele não via nada de errado em dar mais atenção a uma alma do que a outra, já ela, via isso quase como o fim do mundo.
- Está sorrindo por quê? Posso ter te livrado dessa vez, mas vamos ter que esperar aqui por quarenta minutos, então tire esse sorrisinho da cara porque não quero me estressar. - passou as mãos no cabelo nervosa.
- E meu sorriso te estressa? - arqueou uma das sobrancelhas negras.
- Muito, então pare. - disse seca e voltou sua atenção para o monte de papéis que havia espalhado na mesa.
Suspirou, iria demorar para organizá-los novamente, mas seria um bom jeito de se distrair nesse meio tempo de espera.
Como só tinha uma cadeira, na qual o moreno estava sentado, permaneceu de pé.
Alguns poucos minutos depois a porta foi fechada, e ficaram trancados lá.
Em alguns momentos sentiu o olhar de Sasuke queimar na sua pele, mas ignorou, sabia que ele costumava observá-la, mania adquirida com o tempo.
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Rei do Inferno
عاطفيةDefender o próprio Diabo era uma missão difícil, principalmente quando Sakura não conseguia resistir a ele.