Prólogo

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Praia do Atalaia, 2050

Uma família passeia de barco pela entrada do oceano.

Blub, blub, blub...

- Mãe!!! Meu celular caiu na água!!!

- Mas que droga, Marvin! Agora já era. Aqui é muito fundo para mergulharem. Vais ficar sem aparelho, para aprender a ser mais cuidadoso com as suas coisas.

Marvin chora. Não há o que fazer.

No fundo do oceano o celular vibra.

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***

Naia nadava tranquilamente pelas correntes marítimas. Era uma sereia jovem de apenas 25 anos.
Sua calda, uma miscelânea de verde, azul e roxo, dançava para cima e para baixo, num ritmo constante e vagaroso.
Seus cabelos negros como o fundo do mar, com um brilho azulado, se movimentava no embalo da dança aquática.

Naia era filha única. Algo por si só extraordinário, dada a natureza conhecida dos sereios de realizarem orgias poligâmicas sem nenhuma fidelidade com seus parceiros. Mas Naia tivera "sorte". Seus pais se amavam. Aquele tipo de amor que só encontramos nas fantasias. Algo que nunca esperamos que vá acontecer conosco, pois não somos dignos de tal enlace.

Mas a mãe de Naia morreu cedo. Alguns anos após seu nascimento. Seu pai, Kai, afundou em tristeza durante certo tempo, sem aproveitar a pérola da juventude de sua filha, enquanto
Naia crescia em sabedoria e beleza, como sua mãe. Assim como o espírito aventureiro de sua mãe.

E é em uma dessas aventuras que começa essa história.

A Sereia e o InternautaOnde histórias criam vida. Descubra agora