Vitoriosa e sorridente, é indescritível a minha felicidade neste momento. Sonhamos com isso. Eu havia conseguido mesmo sem ele está ao meu lado, e como realizar o sonho dele sem que ele esteja aqui, sem poder abraçar-lo para comemorarmos.
Acordo do meu transe e percebo lágrimas involuntárias sobre meu rosto e a preocupação estampa na face do meu tio.
- Não está chorando por tristeza, está? - questiona confuso.
- Queria ele aqui. - limpo as lágrimas e me recomponho. - Conquistamos isso justos, por mais que ele não esteja aqui. - Bobby me olha revelando sua pena e empatia, se aproximar de mim e abraça como se eu fosse uma criancinha.
- Eu estou muito orgulhoso, se serve de consolo.... Imagino que o seu pai ficaria mais ainda. - ele me libertar do seu abraço e eu sorriu junto a ele.
Volto para o café da manhã "perfeito" e começo a imaginar como vou encaixar uma faculdade nessa rotina. Tenho que contar para o Lou, tenho que ver o Ross, talvez eu consiga "matar dois coelhos de uma cajadada". Preciso me arrumar.Já que amanhã eu teria que está livre para a entrevista na faculdade, poderia tentar negociar todo o assunto do meu tio novamente, já que vou precisar do dinheiro. Me arrumei as pressas pensando em como o Lou vai ficar feliz com a novidade, espero que ele não esteja bravo comigo, seria o maior absurdo! Teclei as duas primeiras e logo o nome do seu contato contato pareceu, meu coração acelerou quando começou a chamar e eu falhava na caminhada da porta de casa até a calçada de tanto nervosismo.
- Atende.... - supliquei baixo como se pedisse ajuda a Deus.
- Está cedo para fofocar, não acha? - sua voz grave denunciava o sono, talvez até ressaca.
- Bom dia para você também! Precisamos nos encontrar agora, onde você está? - atravessei a pista sem perceber que o sinal estava aberto e fui repreendida por um motoqueiro zangado. - Desculpa! - gritei, envergonhada.
- O que está acontecendo aí? Onde você está? - seu tom fica sério.
- A caminho da sua casa.
- Estou saindo daqui agora e te encontro no meio do caminho, até! - sem direito de resposta me irrito após ele desligar o telefone na minha cara. Momentos depois vejo o moreno chegar de moto, Lou era bonito, tinha seu próprio chame e na escola arrasava corações, mas eu não falaria isso para ele pois por si só o mesmo já era muito convencido.
- Me da uma carona até o bar, preciso falar com o Ross, tenho uma novidade para te contar. - ele joga um capacete em minhas mãos.
- Sobe na carruagem, hoje é dia da plebeia virar princesa. - não me dei o trabalho de responder, apenas segui suas ordens. O caminho até o bar foi silencioso, me distrai com a paisagem urbana que nos cercava e não me incomodei com o excesso de velocidade totalmente desnecessário, já havia lhe chamado a atenção sobre isso e o meu querido amigo me ignorou como já era de se esperar. Desci da moto na porta do "estabelecimento" e logo de cara encontrei com o Ross, ele estava conversando com o cara que nunca vi em toda minha vida e percebi que se tratava de uma venda de drogas quando vi o jovem entregar dinheiro e receber de volta um pacote suspeito. Espero o cara sair de perto dele antes de me aproximar enquanto Louis estacionava a moto no beco ao lado.
- Em plena luz do dia? - ele me encara com desgosto e me olha de cima a baixo.
- Trouxe meu dinheiro? - Louis se aproximar de mim e ele sorri debochado. - Não imaginei que estaria aqui tão cedo, e com o segurança particular. - ele ri, - Está tentando colocar medo em mim com um dos meus? - ele encara Louis que parece irritado.
- Essa arma na sua cintura te dá muita coragem, uma pena eu não ter medo dela e muito menos de você. - Lou dispara e Ross avança sobre ele o segurando pela jaqueta.
- Já conversamos sobre respeito, você sabe quem manda aqui. - Lou empurra Ross e dois caras começam a caminha em direção a ele, seus capangas. Entro na frente do Lou para evitar futuras agressões.
- Acho melhor achamos um local mais reservado para termos uma conversa. - direciono meu olhar para Louis. - A sós.
- Entre, vamos pegar um mesa. - sem êxito, sigo as ordens de Ross que me segue até uma mesa dentro do estabelecimento, estava quase vazio, talvez pelo horário. Escolhi uma mesa escondida mas com visão direta para a porta no caso do Louis arrumar problema. - Vai querer beber alguma coisa? - me assusto com voz do homem parado na minha frente.
- Não acho conveniente, quero que essa conversa acabe logo. - evito seu olhar, por puro orgulho.
- Imagino que esteja com meu dinheiro em mãos? - ele se vira para chamar uma garçonete, acena para a loira e ela caminha em nossa direção. - Whisky, por favor. - a loira parece anotar o pedido em um papel, assim que terminar me olha com desgosto.
- E você, vai querer o mesmo? - pergunta.
- Sim, ela vai. - mal tenho tempo de formular a minha resposta e sou surpreendia pelo Ross, apenas olho para ele com reprovação e a loira se vira indo em direção ao balcão.
- Eu não trouxe o seu dinheiro, e nem vou te pagar! - digo firme e Ross apenas sorri, um sorriso perverso. - Eu entrei para a faculdade, preciso desse dinheiro.
- Isso não é problema meu. - a moça se aproximar colocando o pedido sobre a mesa e ele muda o semblante, parecia outra pessoa. - Obrigado. - ele pisca para a jovem que retribui o flerte, não pude deixar de revirar os olhos.
- Já estou de saída, não vim discutir e já disse o que queria, passar bem. - tento me levantar da mesa mas sua mão direita encontra o meu braço esquerdo e nossos olhares voltam a se encontrar.
- É melhor sentar se não quiser se machucar. - ele aperta o meu braço e eu imagino o roxo se formando, tento puxar mas ele aperta ainda mais me fazendo segurar um grito. - Se quiser eu posso buscar o seu irmão, para você ter um pouco de incentivo. - ele fala tranquilamente, sabendo que o Jack é o meu ponto fraco. Sentei e ele largou o meu braço, começou a tomar a sua bebida e me olhar, como se me analisasse.
- Você não me deixa escolha nenhuma, diz que quer me ajudar mas não consegue criar uma frase sem ameaças. - passo a mão pelo braço local machuca tentando aliviar a dor, não me recordava dele ser tão forte mesmo o seu porte físico ter prática dobrado. - Para quê toda essa perseguição? Por que a pressa em ter esse dinheiro? - o semblante dele mudou como se eu finalmente estivesse cutucado a ferida, ele também tem uma dívida.
- Tudo bem, acho que podemos nos ajudar. - ele vira de uma vez a sua bebida e me encara novamente. - É simples, trabalhe na Red, fique com o dinheiro da sua faculdade e use o seu salário para pagar a divida. O que acha? - seria bom demais para ser verdade, uma pena que a Red é uma casa de prostituição e jogos de asar.
- Você sabe o que eu penso sobre aquele lugar. - digo.
- Apenas servir bebidas! São quinhentas verdinhas por noite trabalhando três dias na semana, pense na sua faculdade e no seu irm.... - eu interropo.
- Tudo bem, eu aceito. - ele me olhou surpreso e sorriu.
- Que bom, você é uma mulher inteligente, vou falar com o dono e te aviso. - ele se levante estende a mão, êxito um pouco antes de fazer o mesmo segurando sua mão. - Você não vai se arrepender de fazer negócios comigo, cumpra com a sua palavra e eu cumprirei com a minha. - fiquei pensando em tudo isso, e imaginando se daria conta do recado. Enfim me despedi e sai do bar encontrando o Louis montado em sua moto conversando com a mesma garçonete que flertava com o Ross. Assim que me viu ela se afastou, mas antes deixou um beijo na bochecha do meu amigo, não quero imaginar a conversa daquele dois. O Louis apenas não é pervertido comigo, apenas! Ele sorriu fraco ao me ver, com certeza estava fazendo algo errado e é melhor eu ignorar isso, ainda tenho muito o que fazer.Depois da entrevista na faculdade, passei na escolinha do meu irmão e descobri que o meu tio já havia pego a criança, espero que o outro Bobby que foi abduzido jamais volte!
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Bullets Over Broadway
RomantikFrases como "a vida é uma dança" ou "dance conforme a música" nunca fez tanto sentido na vida de Claire. Espero que gostem da história e por favor sem plágios, eu não tenho tempo para isso. Os créditos pela capa vão para