This Is True

"O caso do fantasma de Enfield"

O endereço Green Street, 284 em Enfield; no norte de Londres se tornou conhecido por ser um local de atividade Poltergeist. 

Durante 18 meses, começando no verão de 1977, Peggy Hodgson, seus quatro filhos e mais de trinta testemunhas presenciais (incluindo vizinhos e detetives e jornalistas) viram e ouviram dentro da casa da família, incidentes em que havia móveis em movimento e objetos voando sem razão aparente, ruídos inexplicáveis e até levitação.

A historia atraiu o Casal Ed e Lorraine Warren, onde este relato é mostrado no segundo filme da série de filmes.

Na época, os fenômenos se concentravam nas filhas. Em alguns momentos Janet, que na época tinha 11 anos, falava inexplicavelmente com uma voz misteriosa e rouca.

Na noite de 31 de Agosto de 1977,  Peggy entrou no quarto de seus filhos e viu uma penteadeira movendo-se sozinha. "Eu não conseguia acreditar. Cheguei a empurrar a penteadeira duas vezes, mas na terceira vez não consegui movê-la" relembra, em uma entrevista gravada na época. O estranho episódio foi acompanhado de repetidos barulhos e batidas. Com medo, Peggy pediu que um de seus filhos fosse chamar seu vizinho, Vic Nottingham "Escutei as batidas quando entrava pela porta principal. Andei por toda a casa e não consegui entender o que estava acontecendo. Por isso, imaginei que só havia uma coisa a fazer, chamar a policia" disse, também no depoimento na época.

A policial Carolyn Heeps foi a primeira a chegar ao local e viu uma cadeira deslizar, sem explicação pelo quarto. "A cadeira se levantou cerca de 1,5 cm do chão e deslizou aproximadamente 1 a 1,2 metros para a direita antes de parar", descreveu. No entante, nenhum dos três sabiam o que fazer.

Maurice Grosse, membro da Sociedade para investigação Psiquica, coordenou a investigação do que estava ocorrendo naquela casa.

"Eu mesmo vi bolas de gude se movendo de um lado para o outro. Vi  a porta se mover sem ajuda. E senti uma diminuição na temperatura sem explicação" disse em entrevista. No inicio de novembro de 1977, ele confrontou a suposta presença na sala de estar. "Quando perguntei: "Você está brincando comigo?", me atirou uma caixa de papelão e uma almofada na cara". No ano seguinte, o casal de americanos Ed e Lorraine, também visitaram a casa e gravaram entrevistas com os Hodgson e outras imagens dos fenômenos aparentemente sobrenaturais.

Uma voz rouca e masculina começou a ser ouvida quando as crianças estavam em algum cômodo. Ela parecia emanar de trás de Janet, que dizia que a voz vinha da parte posterior de seu pescoço. A voz se identificou como um antigo morador da casa, Bill Wilkins, que morreu aos 72 anos de idade. Interrogado por Richard Grosse (advogado e filho de Maurice), ele disse que morreu de uma hemorragia. "Morri em uma cadeira que ficava em um canto do andar de baixo", afirmou.

Quando lhe perguntam por que Janet não podia vê-lo, a voz respondeu. "Sou invisível.... porque sou um G.H.O.S.T". A gistoria de sua morte foi corroborada mais tarde por Terry, o filho do ex morador da casa, que de fato de chamava Wilkins.

De acordo com Margaret, "Todos estava em um estado terrível, muito assustados e cansados, e isso piorou na medida em que passava o tempo". Já Janet diz que foi "usada e abusada, houve levitação, vozes e depois... a cortina que se enrolou no meu pescoço. Isso foi muito perigoso e me fez perceber que aquilo podia me matar"

Muitos acreditam que a família inventou tudo, usando truques básicos de magia para conseguir uma casa nova e maior. Maurice chegou a ser criticado, depois de dizer que acreditava que parte dos fenômenos era brincadeira das meninas- Janet chegou a ser "pena na mentira" em alguns videos- mas havia  elementos genuinos que indicavam uma presença sobrenatural. 

Peggy Hodgson era uma mãe solteira com quatro filhos pequenos, mas Rosalind Morrs não acredita que uma casa melhor tenha sido a motivação. "Ela achava que sua casa era boa, e ficou nela. Foi o local onde ela morreu, em 2003" afirma. 

A jornalista admite que, no inicio ela mesma era extremamente cética em relação ao fenômeno e buscava diversas maneiras de explicar o "truque". No entanto, Hodgson lhe pareceu sincera e " muito assustada ".

Richard rejeita a afirmação de que Janet sofria de Síndrome de Tourette " quando a voz (que parecia vir da garota) começava, ela falava sem parar por duas, três horas" afirma.

Janet por sua vez, mantém uma atitude firme diante dos céticos. "não me importa o que pensem. Eu sei o que aconteceu e sei o que foi real".

A atividade poltergeist que começou em agosto de 1977, chegou ao fim em 1979. Em um balanço do caso, Rosalind Morris explica que "há um ponto de vista espiritual sobre o que aconteceu- que tem a ver com fantasmas e forças externas- e uma teoria sobre forças interiores, baseadas na psicologia junguiana", " Esta última diz que o que gera esta energia é uma pessoa jovem que está com problemas, muitas vezes relacionados á puberdade. Janet estava exatamente nesta fase da vida"

Até hoje, não se sabe qual a explicação cientifica para o que ocorreu na casa durante o verão de 1977.