unique

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"O amor é eterno - a sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência... através do amor vemos as coisas com mais tranquilidade, e somente com essa tranquilidade um trabalho pode ser bem sucedido."

- Van Gogh, Vincent.

Com seus desessete anos, no seu último ano no Ensino Médio, teve a mais absoluta sorte de conhecer Marinette Dupain-Cheng, uma novata que chegava em seu colégio naquele ano. Mas, a mestiça sumira na mesma velocidade que aparecera.

Com um sorriso deslumbrante, olhos tão azuis quanto o céu em um dia perfeito de verão e o cabelo escuro-azulado como o céu noturno. Era, praticamente, impossível a mesma não chamar atenção das pessoas. Em questão de poucos dias, as pessoas começaram a perguntar sobre a sexualidade e do status de relacionamento da garota.

Mas, Agreste conseguiu se aproximar muito rápido da novata, fazendo com que a maior parte de quem estivesse interessado desistisse. E descobriu, em primeira mão, que ela era meio francesa e meio chinesa, e nos últimos dois anos, estava no país de sua mãe.

Seus momentos com a garota foram os melhores possíveis, dos quais ele iria se lembrar para sempre. Sabia que quase rolou algo, mas os dois recuaram depois de cinco meses: ambos perceberam que não iria para frente.

Se lembrava, exatamente, dos dois na casa de Marinette, deitados, de forma que pudessem encarar o teto, enquanto cantavam músicas de bandas da década de 80, e aquele fora um dos momentos mais memoráveis de sua vida.

Lembrava da mestiça cantando, a plenos pulmões, "Somebody To Love", da banda Queen, como se realmente implorasse por um amor em sua vida. Ele sorria, bobo, mas queria que ela olhasse para ele e percebia que, se alguém era capaz de amá-la do jeito que era, esse alguém era o próprio Adrien Agreste.

Agora, estava de férias da faculdade de moda, com seus quase vinte anos, e passava suas semanas de sossego na casa de seus pais. Olhava para o teto de seu quarto, totalmente imerso em seus pensamentos. Sua vida estava perfeita: tinha uma quase namorada ao seu lado e suas notas estavam ótimas, e era claro que iria ser um estilista tão bom quanto seu pai e um perfeito presidente na empresa de sua família.

Olhou para o lado vazio de sua cama, lembrando que, naqueles cinco perfeitos meses, Marinette já deitara ali, na mesma posição que ele estava, e discutira com ele sobre a evolução humana. Ela era perfeita.

Kagami, sua quase namorada, era um tanto parecida com Marinette em vários aspectos, o que era até engraçado de se perceber. Entretanto, as duas eram diferentes em um ponto importante: a mestiça conseguia trazer mais felicidade e vida, até mesmo em memórias.

Kagami era incrível, de fato; mas, Marinette era mais. A última combinava com ele de um jeito totalmente único. Ela se encaixava nele por, justamente, ter uma personalidade autêntica, um tanto oposta à dele, porém, em certos pontos, semelhantes.

O número de Marinette continuava em seu celular e supôs que a mesma não havia mudado, e se tivesse, ela ainda teria o número dele, já que ele podia ver os status dela no Whatsapp.

Era um sábado à noite e tudo que o garoto queria era ligar para a mestiça; ouvir a voz dela era seu principal objetivo.

Eu posso ligar para ela?, se perguntou, confuso. Sua principal dúvida era se a garota estava disponível para ouví-lo. Nem sequer sabia porquê estava tentado a fazer isso, já que ele estava quase comprometido.

Mas, o loiro não conseguia não parar de comparar Kagami Tsurugi com Marinette Dupain-Cheng; nem os detalhes físicos eram descartados dessa análise que seu cérebro fazia. Pela primeira vez, percebeu que ele tentou buscar uma parte da garota que conhecera quando jovem em outras, sendo que, em todo esse tempo, era ela e apenas ela.

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