as vezes eu contemplo o universo
e após de
minha mente quase
desabar
sobre seu peso imenso
eu percebi
que tudo sou eue aquele raio ultravioleta
sou eu
e aquele copo de café
sou eu
e aquela partícula subatômica
sou eue eu sou
você
de novo e de novo
um novo começo
pra toda a vidao que está além
da nossa compreensão
da nossa própria razãotalvez se eu deixasse
minha mente divagar
menos e
menos
entre as palavras e as
coisas
talvez eu escreveria
um bom poema de amor
pra vocêou talvez eu saberia como
me conter
e romper
esses anzóis cruéis
que anseiam meu concientetalvez eu até
levantaria da cama
para trabalhar
ou talvez eu não demorasse
meses
para escrever
algo novoe aí vem
tudo de novo
me vêem
com esses olhos tortos
silhuetas
de um homem morto
assombrando e batendo
na porta do quarto
pedindo pra entrartalvez seja até
outro patamar
das ansiedades físicas
transcendem a realidade
uma diferença empírica
uma canção tão lírica
que o eu lírico agora
sou eue talvez eu que escreva
todas essas notas
sobre a minha dor
e quem sabe sou eu quem
tenha que romper
as barreiras
para que eu consiga ver
novamente
o amoreu não sinto ser
mais quem sou
me sinto diferente
e sobre o amor
não estou mais ao seu dispor
diz por por aqui essa bandeira
diz sobre como alçar as velas
levantar vôo numa nova estrada
tão bela
tão cinza e tão singela
tão simples
logo severa
deveras será minha dor quando
eu não sentir mais o amor
talvez esse sentimento escuro
tão negro e corrupto
possa me dizer se
a corda vale a penamas eu sei que não vale
e dale outro gole no vinho
fale da rosa pro espinho
e me diga
no final
se a cura espera
pela cicatriz
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Repassando o Passado
RomanceAntigos poemas que eu escrevi no meu blog: de 2013 até 2018-19. Apenas para atualizar e deixar uns por aqui, como começo. Uns sobre amor, outros, apenas sobre a vida.