70° Capítulo

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Continuação...

Devo estar a sonhar. Christopher e o meu pai na minha frente com os seus semblantes radiando contentamento por reverem-me.

Quebrei a distância e num gesto lancei-me aos braços do homem da minha vida. Christopher, mantenha-me fortemente grudada no seu corpo.

Gradualmente fui afastando para repeti o ato com o meu pai. Abraça-lo proporcionou a doce lembrança de quando tinha medo e abraçava-me, acalmando-me.

— Sentir tantas saudades de vocês. Espero não ser um mero sonho.

Christopher: Não é sonho, querida.

Como sentir falta desta voz, ouvi-la por poucos meses, mas já havia se tornado a melodia para os meus ouvidos, como um sopra da brisa num campo coberto por flores, trazendo a suas narinas o inebriante aroma.

Christopher: Vocês, voltaram com o senhor Fernando e Alfonso agora mesmo. Precisamos tira-los deste país o quanto antes.

— Você não retomará conosco?

Christopher: Não, o meu amor. Logo estarei com você, tenho algo para terminar aqui.

Despedem-me mesmo por um curto tempo. Foi algo difícil.

A mesma atendente nos acompanhou até uma saída pelo fundo da loja. Lá estavam Christian e Alfonso. Os abracei na mesma intensidade que os outros. Mantive-me tranquila por sabe que o meu melhor amigo, estaria ao lado de Christopher.

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Por Christopher

As duas horas que elas teriam encerraram. Natalia voltará com Mateus, que esta ao nosso lado agora. Pablo, confia a sua vida a ele e como um tolo foi enganado.

Segui-los e poucos metros de umas das entradas parei. Terei que espera pelo aviso.
Exatos quarenta e cinco minutos, os tiros começaram é a hora. Sair do veículo com Christian, armados e preparados.

Avistei Natalia. Caminhamos até ela, mortos e feridos pelo trajeto, parece a cena de um campo de guerra e é só o começo.

Quase chegando perto, um tiro atingiu o ombro de Chris, os meus olhos disparam para o meu amigo e em seguida a procura de onde foi o disparo. O tiro veio de trás de Natalia e a imagem do infeliz que fez isto alcançou os meus olhos. Pablo sorrindo do seu feito, agarrou Natalia pelo pescoço a usando como escudo.

Pablo: Não vale nada. Fez-me acreditar estar ao meu lado, sendo que se uniu a estes vermes.

Os seus olhos queimavam a cada palavra proferida, os seus dedos apertavam mais o local a deixando cada vez mais vermelha.

— Solte-na.

Pablo: Aqui não exige nada. Quer leva um tiro como o seu amigo?

Ignorando retornei a exigir que a solte e como resposta recebi deu desdém.

Pablo: Patético. O homem que a anos foi o príncipe de várias garotas, se acha no direito de tentar dizer o que fazer com a minha esposa. Você é imbecil, não passa de um rosto bonito e gentileza, mas, no fundo, sabemos que não passa disto. Algo me diga onde está Dulce?

— Esta voltando para onde nunca deveria ter saído.

O seu sorriso alargou e puxando Natalia consigo adentrou a casa.

A sua voz chamava-me, entrei e Christian foi comigo. Paramos numa sala com pequenas poltronas, Pablo a jogou numa delas e apontou uma arma na sua direção.

Pablo: Se tentarem agir como heróis ela morre.

— Você seria capaz em tira a vida de quem diz amar?

Pablo: Responda-me, você.

— Enganei-me em falar de sentimento, pois você nem sabe o que é isso. Sejamos sinceros à palavra tem o significado mudado por ti. Deixá-la ir, o que tem para tratar é comigo.

Pablo: Ninguém sairá daqui, entendeu?

— Pare de agir deste modo, colocando em perigo a vida da sua própria esposa. Somos adultos e podemos resolver isso de outro modo.

Pablo: Entregue-me pare que isso acabe não, é algo imposto.

Os seus olhos pousaram em Natalia e ficaram por longos minutos fixos nelas.

Natalia: Escute-me. Faça o que é certo não por você, mas por mim e Sebastian. Ele precisa do pai e eu preciso do homem que um dia me amou e jurou está comigo para sempre.

Ela levantou-se e tentou troca-lo no seu rosto.

Pablo: Não se aproxime. Não quero machuca-la.

Natalia: Não irá fazer isso.

No exato momento que tentou novamente se aproximar, ouvíamos policiais adentrando a casa, trocas de tiros novamente.

Mais um tiro foi ouvido e desta vez veio da arma de Pablo atingindo Natalia no abdómen. Ele largou a arma.

Pablo: Amor, desculpe-me. O que eu fiz?

Só se ouvia o choro dele. Ele apertava-a nos seus braços, implorando por perdão.

Natalia: Faça o que é certo. Lembre-se amo você para sempre, como prometi embaixo daquela árvore no parque. Foi e é minha promessa.

A sua voz é baixa e sussurrante. Gradualmente os seus olhos fecharam. O som de choro aumentou, policiais entraram e o tiraram a força do corpo. Paramédicos levaram Natalia.

Christian: Acabou Christopher.

— Ela não merecia isso.

Christian: Não merecia mesmo. Muitos deram as suas vidas para que isso acontecesse e Natalia sabia que algo poderia acontecer com ela e mesmo assim, não desistiu.

Formos embora deixando para trás dores e com certeza que novas coisas nós esperam.

Obs: Desculpe-me pelos erros.
Quase encerrando esta história o próximo capítulo que trarei será o último.
Desde já agradeço a todos pela paciência e por acompanharem cada trecho desta história, que amei escrever.

A cupido que sabia de menos! (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora