O bater de asas de uma borboleta...

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Oii, sei que demorei pra atualizar, é que realmente levo meu tempo pra escrever, me desculpem, prometo tentar postar mais rápido! Espero que gostem, boa leitura!

Maxine Caulfield

Sentei no banco ainda assustada, enquanto a garota me encarava tranquila, como se nada tivesse acontecido. Durante alguns segundos, um silêncio perturbador pairou pelo ambiente, enquanto eu tentava tranquilizar os meus sentidos, recuperar o ar. Quando o transe passou, me dei conta de que ela ainda estava lá. E me encarava com uma impaciência no olhar, como se estivesse tentando entender porque eu ainda estava tão paralisada. 

— Ei, acho que você me deve um agradecimento de no mínimo cinco minutos — ela disse séria, levei um susto e finalmente a olhei com calma. 

— D-Desculpa, eu só estava viajando, tentando me acalmar, sou extremamente grata por você ter… — fui interrompida por uma risada, que me deixou ainda mais constrangida. 

— Era brincadeira! Não precisa agradecer, aquele babaca adora assustar garotas da cidade. Principalmente aquelas que ficam sozinhas sentadas num banco da praça em plena madrugada… 

Seu tom entregava pura curiosidade. Ainda não sabia o nome dela, mas logo notei que seus olhos eram de um azul da cor do mar. Sua pele era bem pálida, e havia algo em seu semblante que vibrava. Não sabia o que era, e também não tinha muito tempo para pensar nisso. 

— Você conhece ele? — perguntei. 

— Eu conheço, ele que não me conhece. Mas se ouvir falar de mim por aí, com certeza não vai querer conhecer. — Ela falou séria, e dessa vez ela realmente parecia irritada. 

— Quem é você? — questionei, finalmente me dando conta que estava conversando com uma estranha que havia acabado de salvar minha vida e eu nem ao menos sabia o nome dela. 

— Você costuma sempre fazer tantas perguntas? — Ela se inclinou na minha direção com um ar provocador e arqueou uma sobrancelha. 

— Só quero saber o nome da minha heroína... — Eu soei tão descontraída que me surpreendi comigo mesma, algo não parecida certo, ou no mínimo não parecia comum. 

— Chloe Price, e você? — O nome rodou em minha mente como se buscasse alguma memória distante, guardada lá no fundo. Não encontrou nada, mas permaneceu procurando. 

— Maxine Caulfield, mas me chamam de Max. 

— Bem, saiba que está me devendo uma, Max! Eu vou cobrar. 

Sorri em resposta e continuei a fitando. O ambiente ao redor agora parecia um mero cenário de gravação. De repente as flores não eram mais tão atrativas, e a luz não brilhava tão forte. Havia algo em sua presença que instigava cada pedacinho de mim. Gerava uma tranquilidade ao mesmo tempo em que acelerava o coração. Pensei estar ainda sob efeito do acontecimento mais desesperador que já tive. Ela deveria estar espelhando todos os meus sentimentos. 

— E o que você tava fazendo essa hora aqui sozinha? — ela perguntou e logo tentei pensar em uma boa desculpa para não ter que falar sobre os meus problemas internos, mas a verdade escapou no mesmo instante, como se fosse tão natural.

— Eu fugi de casa pra tirar umas fotos, foi um surto depois de uma crise de ansiedade… — Notei seu olhar mais atento e sereno e respirei fundo, lutando contra lembranças que pareciam tentar invadir minha mente. 

— Acho que conseguiu tudo menos as fotos, né? — Chloe conseguiu com apenas uma pergunta me arrancar um sorriso e silenciar as lembranças no mesmo instante.

— Ainda tenho tempo para as fotos, mas e você, o que faz aqui? — perguntei muito curiosa.

— Você vai achar que eu tô inventando, mas também tava fugindo, fugindo de verdade…

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2020 ⏰

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