Eu só posso está ficando louca. Como fui aceitar ir pra casa do homi? Eu já estava preparada pra desistir quando meu celular começou a tocar e vi o nome dele no visor.
Atendi rezando que ele tenha desistido dessa ideia louca: - Oi, Felipe.- Gi, tô aqui na frente te esperando, desce ai.
- Ô Felipe, você passou o dia na casa dos seus pais, deve tá cansando....
- Larga desse papo aí, Gizelly. Vem logo. Tchau!Peguei minha bolsa e desci, vi um carro parado que logo buzinou quando me viu. Quando me aproximei ele baixou o vidro. Eu espero que ele não esteja escutando meu coração que parece uma escola de samba só de olhar pra ele. O primeiro a quebrar o gelo:
- Entra ai, Gi. É muita bandeira ficar por aqui.
- Gentê, nem acredito que vou entrar no carro do homi que não queria me ver nem pintada de ouro. - Tentei fazer uma graça, parece que consegui, ele caiu na risada.
- Você é bizarra, Mano! Eu falei isso quando sai do programa e tava puto contigo.- Eu sei, Felipe. Só estou brincando, bebê!
O hotel nem era tão longe do apartamento, menos de 15 minutos já estávamos no estacionamento e por incrível que pareça o constrangimento do início sumiu.
Assunto não faltava pra gente, era incrível e ao mesmo tempo assustador como éramos iguais.
Quando o carro entrou na garagem do prédio a realidade me bateu de novo e comecei a ficar nervosa. Subimos em silêncio, por incrível que pareça não era desconfortável e agradeci por isso.
O elevador no andar dele, saímos e assim ele abriu a porta do apê pra gente.- Bem vinda ao meu humildade apartamento, Gigi. - Eu olhei pra ele e vi aquele risinho convencido.
- Até que ele tem bom gosto, gente. Tô gostando do que estou vendo, Felipe.- Você não viu nada, vem vou te mostrar tudo.
Saiu me puxando por todos os cômodos mostrando tudo, era lindo ver como ele tinha orgulho de tudo ali, mas quando chegou no banheiro eu cai na gargalha. Eu não acreditei que tinha mesmo um seu madruga lá.
- Eu pensei que fosse brincadeira essa pintura. Que exótico isso. Hahahahaha
- Mó da hora, essa pintura. Para de rir, Gizelly. - Continuei rindo horrendo, parando só quando ouvi a cigarra dele tocando.
- Você está esperando alguém? - fiquei meio tensa com a possibilidade de alguém me encontrar ali.
- Deve ser o entregador lá da Salt, pedi pizza pra gente. Vamos lá na sala.
Ele foi na porta, pegou a pizza com o entregador e voltou.
- Pronta pra provar a melhor pizza da sua vida?
- Cuidado com essa propaganda enganosa hein! Vamos ver se é isso tudo mesmo.
- Propaganda enganosa nada! Prova!
Dei a primeira mordida na pizza e deu vontade de gemer de tão deliciosa, mas eu não daria esse gostinho pra ele e brinquei: - Já comi melhores, mas dá pro gasto, Prior.
- olha que mentirosa, mano. Tá na tua cara que a pizza tá uma delícia.
- Tá bom, Prior. Sua pizza está entre as melhores que comi. Satisfeito?
- Depois você faz minha propaganda no instagram e tá tudo certo, Gigi.
- Só pode tá maluco esse homi. - Parei e me lembrei que não parabenizei ele pessoalmente ainda, fiquei sem saber se deveria, claro que deveria.
- Ôh Felipe, hoje ainda é seu aniversário. Parabéns pessoalmente agora, né?! - Falei sentindo minhas bochechas corarem.
Ele olhou pra mim com aquele olhar zombeteiro e sabia que lá vinha algo ali: - Pensei que não fosse me parabenizar nunca. Vem cá, quero um abraço. - Ele não me deu tempo nem de pensar. Quando vi já estava nos braços dele.
Eu não sabia que estava com tanta saudade daquele abraço, poucas foram as vezes que isso aconteceu, mas as vezes foram marcantes. Eu não queria mais largar dele.- Eu estava com saudades disso, Gi. - Ele conseguiu colocar em palavras o que eu sentia e tinha medo de falar - Quero meu presente agora!
Olhei pra ele meio surpresa por ele saber que eu tinha algo pra ele: - Como você sabe que tenho algo pra você? - Ele me olhou meio surpreso.
- Você trouxe algo pra mim? Mas eu nem estava falando disso, tava falando da minha massagem. - Olhei pra ele incrédula.- Ainda isso, Felipe? Esquece. Sem chance. - Falei e andei até minha bolsa pra pegar meu presente. - Toma! É simples, mas espero que você goste!
Ele pegou a caixa e quando abriu deu um maior sorriso do mundo.
- Mentira! Que você conseguiu essa camisa, mano? Puta que pariu, Gi. Melhor presente, garota! - ele não parava de sorrir.
- Eu me lembrei de uma das nossas conversas que você contou que tinha perdido essa sua camisa e não tinha achado ninguém querendo vender. Sem querer passei numa loja em Vitória e tinha pra vender. Que bom você gostou! Agora, me diz uma coisa, Fê, cadê a cerveja desse apartamento?
- Essa camisa do Corinthians é a que eu mais gostava na vida. Você merece uma caixa de verdinha.
Ele foi na cozinha e voltou com a verdinha que tanto amo. Tomamos muitas enquanto conversávamos em meio aos flertes subentendidos. Olhei pro relógio e já passava da meia-noite, tinha que ir embora, tenho evento cedo e precisava descansar: - Felipe, já tá tarde. Preciso ir.
- Ah não, Gi. Você não cumpre aposta e ainda quer me deixar sozinho. Dorme aqui comigo? Quero minha conchinha, mano.
- Larga de ser safado, Felipe. Nem roupa trouxe pra dormir.- Você pode dormir nua, mas eu posso emprestar uma blusa minha. - Dei uns tapas nele e fui me trocar. A camisa dele ficou no meio das minhas coxas. Quando fui no quarto ele já tava deitado.
- Essa camisa ficou melhor em você que em mim, Gi. Vem deitar.
Fui em direção da cama sabendo que não ia dar certo essa conchinha. Deitei e ele já foi me puxando pra ele.
- Finalmente essa conchinha saiu. Alô, Prizellys! O papai conseguiu!
- Emocionado demais esse homi, Gente! - De repente senti beijos no meu pescoço. - Felipe, o que você está fazendo? - Minha voz quase não sai.
- Para de se fazer de sonsa, Gigi. Eu quero você o tanto que você me quer! Vamos aproveitar!
Me virei ficando de frente pra ele e perdendo qualquer rastro de sanidade. Dane-se eu quero esse homem.
Ele me puxou mais pra ele se ainda era possível e me beijou. O gosto era ainda melhor do que me lembrava.
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