O despertar do Mafioso (pausado)

Prólogo

Tijuana, fronteira dos EUA com o México

Corpo banhado em suor, o som do sexo vibrando no ar. Intensifico os movimentos enquanto fodo a vadia dentro do carro. Ela geme como uma cadela. Fecho os olhos e mordo o lábio inferior. A estoco mais forte. Meu orgasmo está chegando em ondas revoltas. Abro os olhos e foco em seu rosto, ela se contorce de dor e prazer.

— Guido — Ela fala e tenta passar a mão no meu cabelo.
— Não me toque, vagabunda.

Sem dó, a estapeio com tanta força que seu nariz começa a sangrar. Aumento os movimentos, entre gemidos de angústia e prazer, gozo, meu jato de sêmen para na barreira da camisinha. Saio de dentro da piranha e sento no banco ainda respirando acelerado, arranco a camisinha e jogo no chão. Caralho! Acabei de gozar e ainda não estou satisfeito. Abro o compartimento do carro e pego um cigarro, acendo e fumo enquanto minha respiração volta ao normal.

— Por que me trata assim, Guido?
— Trato vadias como você do jeito que merece.
— Eu não te dou prazer? Acabou de gozar.

Olho para a mulher, ela é bonita, não aceito menos que isso, contudo é mais uma fácil, mais uma que quer transar com o chefe da Máfia, achando que conseguirá me arrastar para o altar. Sorrio com escárnio e olho para janela, a ignorando.

— Olha para mim. — Ela exigiu.

Trago o meu cigarro com força, essa vadia está me provocando. A olho, aproximo-me com a ponta vermelha do cigarro voltado para seu rosto.

— O que vai fazer? — Ela pergunta angustiada.

Sem mais, amasso o cigarro em seu rosto bonito, ela grita de dor.

— Queria minha atenção, espero que tenha apreciado.

Nesse momento, um som de disparo ricocheteia no ar e bate no vidro blindado do carro. O vidro racha mas a bala não entra. Em seguida uma sequência de disparos batem na lataria e janelas do carro. A mulher começa a gritar histérica. Porra! Estamos sendo atacados. O veículo começa a fazer zig zag, olho para os vidros de trás e vejo o outro carro que está nos atacando. Meus homens começam a revidar o ataque. Não estávamos com escolta, apenas vim com o motorista e mais um dos meus homens.

O carro breca e roda na pista, bate na barreira de proteção e cai em uma ribanceira. O veículo capota várias vezes, me seguro firme para não ser lançado longe. O corpo da mulheres é jogado para todos os lados como uma boneca. Quando paramos, olhei em volta, o carro estava de ponta a cabeça, todos os ocupantes não apresentavam sinal de vida, somente eu, mas não conseguia ver nada claramente, meu rosto estava banhado de sangue, o gosto metálico em minha boca, fragmentos de vidro agarrados em meu cabelo e rosto que misturavam-se ao sangue que escorria da minha testa. Levei a mãe na cabeça e parecia que havia um buraco e o sangue jorrava como cachoeira.

Sinto o cheiro de gasolina, precinto que tudo explodirá. Precisava me retirar de dentro do carro. Arrastando-me, consegui sair pela janela que aquela altura já havia sido todo quebrado. Arrasto-me pelo chão empoeirado o máximo que consegui. Ouço um estrondo forte e uma explosão. Levo a mão a cabeça e as labaredas iluminam o céu. Sinto a quentura em minhas costas, o som era ensurdecedor, não conseguia mais manter a consciência e cai no abismo da escuridão.

***

Havia muito barulho, eram sirenes, ouço voz de pessoas, eles me cobriram com algo quente. Estou com frio, muito frio, tento abrir os olhos mais não consigo. Sinto meu corpo sendo carregado, som de helicóptero. Estremeço, parece que estou me debatendo.

"Ele está tendo uma convulsão"

Alguém falou, mas não sei quem era, ainda me debatia. De repente parei, meu corpo flutuava. Estava em uma sala, era escura, sombria, percebia a sujeira do local. Olhei para meus pés, calçados com sapatos italiano brilhoso, meus preferidos, a água imunda escorria no chão sujando meus sapatos. Tentei evitar, mas meus pés não se moviam, praguejei, odeio molhar meus sapatos. Uma luz forte ofuscou minha visão, coloquei as mãos na frente para proteger-me.