Episódio 1

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Camila Cabello pov:

     Acordo do meu belíssimo sono com o barulho do estabelecimento ao lado. Eu com toda certeza irei denunciar esse lugar por acabar com a paz alheia. Mas espera um pouco, o bendito estabelecimento só abre após às sete da manhã.
- Ou droga. Droga. Mil vezes droga - minha mãe irá me matar. - Espera, eu não moro mais com a minha mãe - como se eu precisa- se ainda morar com ela para que ela me mate - Droga.
     Levanto da cama e verifico a hora. 08:10. Realmente perdi o horário para a aula, qual desculpa darei hoje? "Oh, oi mãe, estou ligando pra dizer que um meteoro caiu em casa.. Oh não mãe, não se preocupe, estou bem, apenas não pude ir a aula".
- Meu Deus, aonde eu estava com a cabeça pra vir morar sozinha? Não, não senhor, não me responda. Lembro-me bem aonde estava com a cabeça, bem no meio das pernas da minha namorada. Arg, estou fodida... E nem é da maneira que eu gostaria.
     Bom, resolvo ir jogar água no rosto, e ir escovar os dentes só depois que eu comer algo. Oque foi? Economizar pasta de dente meu povo, estou salvando o planeta com essa minha atitude. Resolvo preparar um omelete, fácil e rápido. Isso, é oque o meu estômago sem fim precisa. Estômago sem fundo.
- Estomagin sem fundo... Porra - lembrei dela. - Jesus, não hoje...
     Vocês devem estar se perguntando quem é a louca que está aqui falando sozinha, pois bem. Meu nome é Karla Camila Cabello Estrabão, tenho dezessete anos, trabalho em uma loja de automotivos e estou tentando terminar o ensino médio, se eu ao menos fosse a escola. Droga.
     Meu celular começa a tocar, e eu rezo, rezo muito mesmo que não seja a minha mãe super nervosa porque recebeu um telefonema da diretoria, dizendo que é a décima terceira vez que falto esse mês.
- Alô?
- Bom dia Camila, é a sua psicóloga, Lucy.
-Oh sim, bom dia Lucy - respirei aliviada.
- Liguei para lembra- lá que temos consulta hoje - olhei para o relógio, oito e vinte.- Às nove em ponto mocinha.
-Ah sim, obrigado por me lembrar, iria acabar perdendo a consulta também..- oh merda, eu disse "perder também".
- O que quer dizer com perder também mocinha? - amaldiçoei em voz baixa.- Conversaremos sobre isso Karla Camila. - oh droga. Droga. Droga.- Agora tenho que ir, minha paciente das oito chegou..
- Atrasada igual a mim, talvez você possa me dar o contato dela...
-Se comporte Karla.. - nós rimos. - Bom, até logo.
-Até.
     Desligamos o telefone juntas eu diria, ela com pressa de atender a paciente e eu desesperada pra comer. Terminei de comer o meu omelete e resolvi começar a me arrumar.
- Será que vou de mocinha, ou com camisetas masculinas largas?- nem sei porque pergunto. - camisetas masculinas largas.
     Eu adoro me vestir com roupas que a sociedade diz ser masculinas, mas se está no corpo de uma mulher.. Passa a ser feminina. Enfim, adoro me vestir assim, porém minha namorada não concorda muito, segundo ela, eu não sou a ativa da relação. Muito menos ela.
- Adoro meu senso de humor pela manhã.
     Meu celular apita.
- Quem será a pessoa que lembrou da maravilhosa Karla Camila, como se fosse possível esquecer hahaha.
     Abro o aplicativo de mensagens online e vejo mensagens de Dinah, perguntando porque faltei a aula e me avisando que tenho consulta hoje. Ela é um amorzinho. Vejo mensagens no grupo da família da minha namorada, poderia dizer minha família né? Mas não me sinto parte dela. Povo mais falso que eu, e olha que eu consigo ser falsa em.
     Termino de me arrumar, tranco a casa, pego os fones de ouvido e saio de casa. Coloco "Señorita" uma das músicas que compus e consigo me sentir mais sexy do que já sou. Eu sei que vocês estão pensando: "Ela se acha muito", mas não se trata de se achar, e sim de ser, e eu com toda certeza sou.

Lauren Jauregui pov:

     Acordo uma hora da tarde ainda sim morrendo de sono, mas para que acordar cedo se estudo a noite e sou uma vagabunda que não trabalha? Exatamente meus amiguinhos, não existe um porque. Me levanto e vejo que estou sozinha, sempre estou.
     Pego meu celular e procuro alguma mensagem da minha namorada, não existe nenhuma ali, ultimamente ela anda estranha. Isso me faz sentir falta de acordar cedo para dar bom dia a Vitamina.
-Oh droga, que saudades de você filha da puta.
     Meu nome é Lauren Jauregui Morgado, tenho 17 anos e estou no segundo colegial. Moro em Miami, com meu pai, e sempre visito minha mãe e minhas irmãs mais novas. Falando nisso, vejo uma mensagem da minha mãe, respondo ela e quando vou mandar uma foto vejo uma foto de vitamina, e lembro dela... Droga.
- Foda-se, estou com saudades e vai ter que aturar. Vamos ver, cadê você?
     Começo a fuçar os contatos a procura do numero de Camila. A, quem é Camila? Bom, é a minha ex que mora em Londres, uma webnamorada..
-Isso soa tão patético, ó achei você. Oque eu mando? Oi? Não, muito comum, vou mandar "oi sumida" hahahaha, ela vai me odiar.
     Pego o celular e começo a digitar.

Mensagens on:

Lauren: Oi sumida
Lauren: Tudo bem?
Lauren: Sinto saudades.

Mensagens off.

- Bom agora é só esperar, melhor trocar a foto de perfil, se ela souber que eu tô namorando a Alexa ela vai pirar. Uffa, pronto. Mehor eu ir agora.
     Pego as coisas que comprei para a minha mãe, e vou para a casa dela.

A Distância Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora