2

23 3 53
                                    

Marcos estava voltando para a sua casa em sua Suzuki 2003, com Camila em sua mente, o jeito tímido dela ao tentar iniciar uma conversa com ele. Mas isso a deixava tão linda que tudo ao seu redor parecia ficar em câmera lenta... Não, tudo parecia parar no tempo.

Ele para no sinal vermelho e espera ansiosamente ele abrir novamente, para poder chegar em casa, tirar suas roupas, tomar um banho e mandar um torpedo para Camila.

O sinal abre novamente e ele volta a andar, buscando se concentrar na pista para não sofrer um acidente.

Chegando em sua casa, ele foi até o microondas, pegou seu alimento que estava dentro da geladeira e colocou dentro do aparelho para esquentar em cinco minutos.

— Depois do banho, partiu ver um filme — ele diz, esfregando as mãos, animado.

Quando tirou a mochila e a jaqueta, ele pegou o papel que Camila lhe entregou. Ele pega o seu celular e ao ligar a tela, ele digita o número da menina e após isso, salva o mesmo em sua agenda.

Ele estava em dúvida se mandava ou não um torpedo SMS para ela, para que se caso ela ainda estivesse acordada, ela pudesse responder a sua mensagem.

Marcos decidiu arriscar.

Oi! — ele mandou, e esperou uma resposta dela. Mas nada. Só por garantia, ele mandou outro SMS. — Caso esteja acordada, eu logo retorno. Estou indo tomar uma ducha.

Marcos esperou por uma resposta, mas ainda nada.

— Ela deve estar dormindo — ele deduz e dá de ombros. — Certamente ela deve ser uma estudante de alguma faculdade de medicina. Ela merece descanso.

Ele deixou o celular na cômoda do seu quarto, com o carregador conectado a ele. Depois disso, pegou sua toalha e umas roupas que ele iria usar.

Um som de notificação chama sua atenção. Ele pega seu celular e vê um novo SMS ali.

Oi, desculpa a demora — ela pede. — Eu caí no sono.

Não esquenta — diz Marcos e um sorriso se forma em seu rosto.

Eu posso te ligar depois? — ela questiona e ele demora um pouco para responder.

Claro, depois do meu banho, pode ser?

Ela manda uma resposta, confirmando que sim. E ele se despede dela, avisando que logo estaria de volta.

Após o seu banho, o jovem coloca a roupa que ele havia escolhido — uma polo cinza e uma calça moletom preta. Ele se sentia confortável com essa roupa.

Pega seu telefone e vai na sua agenda eletrônica. Busca por Milla e clica no contato, e discando o número dela logo em seguida.

Ele espera o som de conexão parar para ouvir a voz dela. Enquanto isso, ele ligava sua tevê para poder ver o que passava nos canais abertos — e fechados.

Alô? — ela atende a ligação, com uma voz levemente sonolenta.

— Camila? — ele diz, esperando que ela pudesse reconhecer a sua voz. Por garantia, ele diz : — Aqui é o Marcos, o que te atendeu hoje na lanchonete. Lembra?

Com o silêncio que se seguiu, ele pensou que a ligação talvez tivesse caído. Ele olha na tela do celular para confirmar, e vê que ainda estava na linha.

Lembro, lembro sim — ela responde e se espreguiça, pedindo desculpas logo em seguida.

— Então...

Marcos. — Ela o chama.

— O que foi, Camila? — questiona ele.

Poderia me apresentar a cidade, por favor? — ela pede e ele olha no relógio.

— Mas está um pouco tarde, não? — indaga e o que veio a seguir, deixou ele um pouco culpado.

Desculpa atrapalhar seu descanso — ela diz e ele tenta contornar a situação.

— Desculpa — ele pede. — É que eu não saio com uma garota faz tempo.

Bem, eu queria muito te conhecer...

— Onde é a sua casa? — Ele pergunta e Camila passa o endereço para que ele pudesse se direcionar até sua casa.

TelegramaOnde histórias criam vida. Descubra agora