Os Contos Esquecidos de Hurianjör

O KRAAL'GAR

Assim como os Construtores fizeram os mundos a partir do nada, era de se esperar que sua fabulação também pudesse criar algo, porém a Grandiosidade era apenas uma fagulha em cada ser e não faziam ideia do que nascia deles. O KRAAL'GA é a convergência e a personificação abstrata da corrupção de cada ser vivo dotado de sopro de vida. Os relatos antigos dos Anti-Apocaliticanos (e raríssimos) diz que O KRAAL'GA nasceu da parte imperfeita da criação, aparentemente mesmo sendo forjados por seres perfeitos, eles foram forjados apenas na SEMELHANÇA da perfeição, sendo assim que não poderiam ser idênticas. As escrituras contavam que O Tudo estava em equilíbrio com O Vazio, mas a criação defasou essa austeridade, causando a necessidade de uma reparação. A alegria demasiada gerava luxúria, falta de deveres gerava a preguiça, a abundância gerava a gula, o mundo deixado para eles gerava avareza, a falta de controle sobre as coisas gerava a inveja e a soberba era inevitável, que por sua vez gerava a ira . Das coisas boas também eram extraídas as ruins, dessa forma a criação criou O KRAAL'GA. Assim cada ser levava consigo uma fagulha da Grandiosidade dos Criadores como também uma fagulha de ruína dO Vazio. E LAVTZ observou.

Assim como a maioria das escrituras e relatos dos antigos Anti-Apocalipticanos (vários relatos se perderam no tempo), é quase nulo a quantidade de informações sobre O KRAAL'GAR. Essa entidade totalmente abstrata nunca mostrou sua verdadeira face, apesar de ser citada muitas vezes nas escrituras, apenas falam de uma mancha no infinito, desprovida de forma, cheiro ou tato. A única informação que é definitiva está descrita no Diário Arcano de Alberwenjor, ele diz:

"Perto da Queda de Fhargoeym, no ápice da perversão do mundo, O KRAAL'GAR manifestou-se para ver o fim. Quase que instantaneamente criaturas foram tomadas pela insanidade e loucura, rasgando a própria carne com seus dentes, arrancando os pêlos do corpo e mutilando-se. Aos que conseguiram olhar para a aberração abstrata e atroz, coube o desespero de sentir o vazio, a sensação de cair em um abismo sem fim, as pernas mortificarem e a espinha se partir com tamanho pavor percorrendo suas mentes..."