Louis Agreste-Cheng era mimado, todos sabiam disso. O principal contribuinte para essa característica do garoto era Adrien, que se Louis pedisse ele o dava o mundo.
Marinette sempre dizia que mimos excessivos não faziam bem, mas Adrien precisou desc...
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Adrien era o pai mais amoroso do mundo.
Ele era babão, exagerado e dava o máximo de atenção a Louis o máximo que podia. Marinette por vezes reclamava, dizia que ele deixaria o garoto insuportavelmente mimado no futuro, mas Adrien era – as vezes – um caso perdido.
Sim, se Louis Agreste-Cheng quisesse o mundo ele dava.
Porém, Adrien logo percebeu que Marinette estava certa. Louis estava virando uma criança insuportavelmente chata e birrenta que a tirava do sério, e que muitas vezes o tirava também, principalmente quando acordava com seus cinco minutos.
E Adrien já estava contando até cinco para não perder a cabeça.
— 'Ceuá!
Louis gritou, esperneando no sofá. Marinette mantinha os olhos fechados. Ser mãe não era fácil, ela sabia que não, com Louis berrando as coisas pareciam ficar vinte vezes piores.
— Louis, não. — Marinette soou firme e massageou as têmporas. — Você já jogou o quanto podia por hoje. Amanhã você joga mais.
— 'Nhão! — O pequeno grunhiu e debulhou-se em lagrimas. — 'Ceuá! Ceuá!
— Louis... — Marinette suspirou. — Não.
— Mamã!
— Louis...
— Mamããã!
— Louis Agreste-Cheng!
Marinette e o pequeno se surpreenderam pelo tom extremamente duro ter vindo de Adrien, que mantinha os braços cruzados e se aproximou do bebê de dois anos e muita manha. Ajoelhou-se e o encarou.
— Não. — Adrien murmurou. — Você não vai jogar hoje, e se você continuar fazendo birra vai ficar de castigo, me ouviu?
Louis fez um beicinho, prestes a chorar. Adrien franziu o cenho, parecendo bravo.
— Sem chorar, ou você não vai assistir Pocoyo hoje antes de dormir. — O pequeno ficou emburrado. — Eu não tenho medo de cara feia.
— Papa fe'ô!
Adrien privou-se de um facepalm no próprio rosto. Olhou para Marinette, que prendeu uma risada e se levantou.
— Vou trabalhar.
— Mamã!
Louis fez um beicinho, Marinette ofertou um beijinho na bochecha gorda do pequeno.
— Papai vai cuidar de você. — Ela olhou para o Agreste. — Sem celular.
[...]
Marinette voltou para sala meia hora depois quando achou que tudo estava quieto demais. Quando pisou ali, sorriu com a cena que viu.
Adrien havia montado com Louis uma pequena cabana entre os sofás, com direito a uma gama de ursos de pelúcia, almofadas e blocos de lego. Ela se aproximou, vendo ambos deitados sob a cabana improvisada, cochilando de modo adorável. Louis estava agarrado ao pai, como em boa parte dos dias e Marinette acabou meneando a cabeça.
Ela não conteve um sorriso.
Esgueirou-se de modo sutil até achar uma brecha na cabana, deitando-se atrás de Adrien e abraçando-o. Sentiu o perfume do maior e sorriu.
Eram dois mimados de carteirinha que ela amava, sem dúvidas.
E não esperava a hora de estarem em quatro ali, algo que não demoraria muito.
