Zelda parou o copo no ar quando o clima em sua sala mudou. Seus olhos passam pelo escritório e não encontra nada além de um fogo forte e crepitante na lareira, até seus olhos voltarem para porta e a sombra de uma silhueta conhecida aparecer.
Lilith.
Inicialmente ela pensa está vendo coisas mediante aos eventos que presenciou, mas a forma escura tomou sua forma real e ela se viu encarando os olhos azuis, agora escuros, de sua Rainha do Inferno.
—Não é educado deixar sua Rainha, Zelda. – a mulher disse arrastando-se pela sala lentamente – me dê um bom motivo para não punir você... – seu tom ameaçador se fez presente e Zelda leva finalmente sua bebida aos lábios.
—O bruxo Lindsey não a entreteve devidamente? Vocês pareciam... Íntimos.
Zelda levanta, não conseguindo mais encarar os olhos de Lilith sem se lembrar das mãos de outro bruxo em sua pele. A dama negra eleva uma sobrancelha diante do comportamento de sua suma sacerdotisa, ela observa com diversão a ruiva servir-se de mais bebida.
—Foi apenas uma bebida, Zelda. Não que eu deva satisfações a você, devo? – Lilith diz calma, brincando com as emoções da ruiva que agora se vira e encara a rainha, mas não dura muito, seus olhos caem com a força das palavras.
Como ela consegue? Insultar-me dessa forma depois de invadir meus sentidos com suas provocações excitantes. Ridícula! Eu a odeio e a quero tanto na mesma proporção...
—Não senhora... Não me deve nada.
As palavras saem à força, sufocando a garganta de Zelda que ela tenta desesperadamente melhorar com álcool, segurando a vontade relutante de dizer tudo que tem sentido. Lilith mantém sua pose, segurando a vontade de ri enquanto caminha para perto da ruiva que já está presa entre ela e a bancada de bebidas.
A matriarca dos Spellman's aperta o copo em sua mão, seus olhos quase lacrimejando com a vontade de encarar a mulher a centímetros de seu corpo, com seu cheiro exótico mais vivo que nunca, ela não vai mais conseguir se segurar, não se a morena der mais um passo.
E para sua desgraça ou felicidade Lilith deu, invadindo seu espaço pessoal, fazendo os olhos da ruiva penetrar os azuis escuros imediatamente.
—Por que você faz isso? – Zelda diz vendo a mulher contemplar cada canto de seu rosto, descendo pela clavícula e parando no decote coberto pela renda negra transparente.
—O que eu estou fazendo, Zelda?
Lilith pergunta, seus olhos subindo pelo pescoço da mulher, sentindo o desejo de colocar infinitos beijos e mordidas ali, para então encarar as íris verdes em sua frente. A voz saiu quase em um sussurro, Zelda tenta se mexer, a fim de se controlar com o nome dela na voz da demônia que tanto deseja, mas está presa, adoravelmente presa.
—Pa-Pare de me provocar! Você acha divertido fazer isso e depois me insultar como se eu não significasse nada? Procure outra ou volte para o bruxo Lindsey para invadir os sentidos, porque eu simplesmente não aguento mais – Zelda não sabe como as palavras saíram de sua boca, ela simplesmente disse, dura, fria, magoada e ciumenta... Muito ciumenta.
You know I love you - Você sabe que eu te amo
I love you - Eu te amo
I love you - Eu te amo
I love you anyhow - Eu te amo de qualquer maneira
And I don't care if you don't want me - E eu não me importo se você não me quer
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O que não te contaram sobre Madam Spellman 🔥❣⚘
RomanceOne shorts Madam Spellman Um pouco do "Romance" entre nossa eterna Rainha do Inferno - Lilith - e Zelda Spellman. Sinto que essas duas pegam fogo 🔥 só em se olharem. E já que a série não nos mostra isso, porque não escrever?! 😉 ⚘ ✏ ❣ ***** * Algun...