Jantar...
O cheiro do assado de Hilda estava em toda a Casa Spellman, foi a primeira coisa que Lilith sentiu quando apareceu na varanda ajeitando o cinto da capa de couro completamente negra, que parece ter apertado mais na teletransportação do inferno para a terra dos mortais.
Seu indicador toca a campainha e um sorriso tentador se forma em seus lábios rubros quando uma Zelda, majestosamente vestida a um vestido azul marinho abraçando seus braços com longas mangas na mesma cor, abre-lhe a porta. A Suma Sacerdotisa engole a saliva que não tem, fazendo uma nota mental de que nunca terá um controle descente na frente dessa mulher.
"Maldita demônia".
— Eu adoro a confusão de seus pensamentos, Zelda. - Lilith diz adentrando diante da falta de palavras da ruiva, por está ocupada demais lhe insultando deliciosamente por pensamento, ciente da tensão presente entre ambas.
A ruiva não esconde sua vergonha pela falta de controle, com uma face totalmente vermelha.
— Vossa profundidade. - Zelda a cumprimenta com um sorriso, afastando os pensamentos e abaixando sua cabeça em reverência.
Os longos dedos de Lilith tocam delicadamente o queixo de Zelda, erguendo o olhar verde intenso para suas piscinas azuis. A Suma Sacerdotisa fecha os olhos quando sente o calor do corpo de Lilith agora totalmente colado ao seu.
— Está cheirosa, Zelda. – Lilith diz, dedos arrastando pelo pescoço pálido da ruiva como larva quente. – Estive contando os segundos para está em sua presença de novo.
— Lilith... – a bruxa tenta lhe repreender, mas o nome da morena não passa de um suspiro pesado. – Nos vimos pela manhã.
— Sim... – falou próximo ao ouvido da mulher depois de afastar os fios ruivos macios que caiam em seus ombros, para descobri ser uma das fontes viciantes de seu perfume. – Mas, o tempo no inferno é sempre tão lento. E embora, eu aprecie uma bela tortura, acabei descobrindo que você é uma ameaçadora exceção.
O torso de Zelda impulsionou contra a demônia quando lábios quentes beijaram seu pescoço. A ruiva sentiu-se tornar uma verdadeira gelatina em questão de segundos, presa entre a tensão do desejo que Lilith está acendendo em seu corpo e a fato de sua namorada está cantarolando algo na cozinha com Hilda e poder pegá-la em uma verdadeira saia justa neste exato momento. Esse último maldito fato, fez ela afastar a demônia pelos ombros.
— Marie está na cozinha.
Lilith revirou os olhos mostrando seu desgosto, saindo do espaço pessoal da suma sacerdotisa, movendo-se para o suporte que colocará seu sobretudo.
Zelda finalmente fecha a porta soltando um suspiro pesado preso em seus pulmões.
— Você é uma estraga prazeres, Zelda.
A demônia admite arrastando a capa de couro pelos ombros revelando um vestido vermelho com contrastes pretos, colado a seu corpo, valorizando suas curvas para a desgraça de Zelda que descansou contra a porta com a visão.
— Eu a respeito muito, Lilith. Mas, não podemos ficar fazendo isso em ocasiões como estas.
— Eu não sei do que você está falando. – a dama negra fala olhando por cima dos ombros, enquanto suas mãos penduram a capa.
— Ultimamente você nunca sabe. – Zelda revira os olhos diante do cinismo da mulher se recompondo para ir até a sala de jantar. – Vamos.
— Eu ainda não terminei com você.
A ruiva engole em seco quando escuta a declaração ao mesmo tempo em que guia a demônia pela casa.
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O que não te contaram sobre Madam Spellman 🔥❣⚘
RomanceOne shorts Madam Spellman Um pouco do "Romance" entre nossa eterna Rainha do Inferno - Lilith - e Zelda Spellman. Sinto que essas duas pegam fogo 🔥 só em se olharem. E já que a série não nos mostra isso, porque não escrever?! 😉 ⚘ ✏ ❣ ***** * Algun...