4.4 - I Put a Spell On You 🔥❣

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Jantar...

O cheiro do assado de Hilda estava em toda a Casa Spellman, foi a primeira coisa que Lilith sentiu quando apareceu na varanda ajeitando o cinto da capa de couro completamente negra, que parece ter apertado mais na teletransportação do inferno para a terra dos mortais.

Seu indicador toca a campainha e um sorriso tentador se forma em seus lábios rubros quando uma Zelda, majestosamente vestida a um vestido azul marinho abraçando seus braços com longas mangas na mesma cor, abre-lhe a porta. A Suma Sacerdotisa engole a saliva que não tem, fazendo uma nota mental de que nunca terá um controle descente na frente dessa mulher.

"Maldita demônia".

— Eu adoro a confusão de seus pensamentos, Zelda. - Lilith diz adentrando diante da falta de palavras da ruiva, por está ocupada demais lhe insultando deliciosamente por pensamento, ciente da tensão presente entre ambas.

A ruiva não esconde sua vergonha pela falta de controle, com uma face totalmente vermelha.

— Vossa profundidade. - Zelda a cumprimenta com um sorriso, afastando os pensamentos e abaixando sua cabeça em reverência.

Os longos dedos de Lilith tocam delicadamente o queixo de Zelda, erguendo o olhar verde intenso para suas piscinas azuis. A Suma Sacerdotisa fecha os olhos quando sente o calor do corpo de Lilith agora totalmente colado ao seu.

— Está cheirosa, Zelda. – Lilith diz, dedos arrastando pelo pescoço pálido da ruiva como larva quente. – Estive contando os segundos para está em sua presença de novo.

— Lilith... – a bruxa tenta lhe repreender, mas o nome da morena não passa de um suspiro pesado. – Nos vimos pela manhã.

— Sim... – falou próximo ao ouvido da mulher depois de afastar os fios ruivos macios que caiam em seus ombros, para descobri ser uma das fontes viciantes de seu perfume. – Mas, o tempo no inferno é sempre tão lento. E embora, eu aprecie uma bela tortura, acabei descobrindo que você é uma ameaçadora exceção.

O torso de Zelda impulsionou contra a demônia quando lábios quentes beijaram seu pescoço. A ruiva sentiu-se tornar uma verdadeira gelatina em questão de segundos, presa entre a tensão do desejo que Lilith está acendendo em seu corpo e a fato de sua namorada está cantarolando algo na cozinha com Hilda e poder pegá-la em uma verdadeira saia justa neste exato momento. Esse último maldito fato, fez ela afastar a demônia pelos ombros.

— Marie está na cozinha.

Lilith revirou os olhos mostrando seu desgosto, saindo do espaço pessoal da suma sacerdotisa, movendo-se para o suporte que colocará seu sobretudo.

Zelda finalmente fecha a porta soltando um suspiro pesado preso em seus pulmões.

— Você é uma estraga prazeres, Zelda.

A demônia admite arrastando a capa de couro pelos ombros revelando um vestido vermelho com contrastes pretos, colado a seu corpo, valorizando suas curvas para a desgraça de Zelda que descansou contra a porta com a visão.

— Eu a respeito muito, Lilith. Mas, não podemos ficar fazendo isso em ocasiões como estas.

— Eu não sei do que você está falando. – a dama negra fala olhando por cima dos ombros, enquanto suas mãos penduram a capa.

— Ultimamente você nunca sabe. – Zelda revira os olhos diante do cinismo da mulher se recompondo para ir até a sala de jantar. – Vamos.

— Eu ainda não terminei com você.

A ruiva engole em seco quando escuta a declaração ao mesmo tempo em que guia a demônia pela casa.

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