Com o lápis rabisco o papel tentando escrever uma bela poesia, mas sai versos sem nexo, letras precisas escritas são manchadas com lágrimas que insiste em descer em momentos errados. Uma neblina branca meio acinzentada inibi meus pensamentos de processar, fazendo com que deixe de saber o meu passado;presente;futuro, em meio esse silêncio assustador e reconfortante ,surge um corpo desfalecido marcado com cicatrizes significantemente doloridas. Levada por duas figuras pouco comuns, no braço direito um rosto desfigurado se expressa de várias formas tendo assim representando a "Síndrome de Bordeline", no outro braço algo aparentemente comum ,mas observado com cautela verá um rosto espelhado tendo assim representando pela "Ansiedade", a neblina aos poucos se dispersa na imensidão do nada . O corpo que no início citei se tratava de mim mesma, recebendo apoio dos mesmos que me afundam, dos amigos incomuns que tenho carregado ao longo da vida.
Minha boca amarga, minha pele gelada, meus olhos inchados, olheiras visíveis, mãos calejadas; Tudo isso invisível aos olhos do mundo são tão injustos e hipócritas que não enxergam a dor do próximo, a escuridão que nos cega , as pessoas que nos cerca, no canto me permaneço quieta. Com um véu cobrindo rosto escondendo o desgosto que sinto do mundo, de tudo e algumas coisas que nele habita.
