Pesadelos

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Lola caminhava por um corredor mal iluminado, um lustre com uma lâmpada fraca era a única fonte de iluminação. Estava muito frio e uma densa neblina vinha de algum lugar. Ela continuava a caminhar, não se lembrava como havia chego ali. Algumas teias de aranha caíam pelas paredes, tinham vestígios de sangue e violência por todo lugar. Após caminhar por sabe se lá quanto tempo ela encontrou uma porta, ao abrir se deparou com um banheiro que parecia não ser usado há anos. Ela acendeu o pequeno interruptor e outra luz branca que piscava o tempo todo ligou, ela notou uma pia com um espelho, decidiu abrir a torneira, lavar as mãos e o rosto. Ao olhar para o seu reflexo se assustou com seu estado: rosto pálido com olheiras profundas, claramente estava mais magra que o normal, existia um pequeno corte em sua bochecha e por algum motivo em sua mão ela notou a existência de uma faca em que a lâmina estava suja de sangue, no momento em que reparou nisso, corpos de seus amigos surgiram ao chão, retalhados com várias marcas de facadas, aos seus pés seu irmão arfava e falava com a voz esganiçada:

- Por que você nos traiu Lola?

- Eu não... eu não fiz isso! – Falou em desespero. - Você nunca será uma de nós, você é suja, igual a ele. – E apontou para o espelho.

Quando ela botou os olhos em seu reflexo novamente não era o seu rosto que olhava para ela, e sim o rosto de Voldemort que ria assustadoramente para ela. Lola gritou e de repente começou a ouvir uma voz familiar.

- Lola? Lola? Acorde! – Snape gritava enquanto sacudia a garota.

- Não! Não fui eu, não! – Ela gritava enquanto recobrava a consciência.

Ela piscou os olhos algumas vezes, estava em seu quarto, Snape olhava para ela atônito, a empregada olhava para ela assustada. Sua gata Artêmis estava encolhida em um canto do seu quarto.

- Foi um pesadelo. Eu preciso conversar com você, mas preciso que você se acalme, tome um banho. Margarida vai preparar um chá pra você.

A garota se levantou se sentindo enjoada e tonta, olhou novamente para as mãos, sem sinais de sangue ou qualquer coisa do tipo. Em silêncio ela foi até o seu banheiro e prontamente começou a se banhar. Deixou a água quente cair por sua cabeça e corpo, por algum motivo ela começou a chorar copiosamente, as lágrimas se misturavam com a água em que ela se banhava, simplesmente não conseguia parar de chorar. O que foi aquele sonho? Será que tinha algum significado? Sua cabeça doía só de tentar lembrar as cenas do seu sonho. Demorou cerca de meia hora para que ela se sentisse minimamente calma. Depois de se secar, pentear os cabelos e vestir algo confortável, ela desceu e foi em direção a cozinha, onde Snape estava sentado lendo o jornal. Ao perceber a presença da garota, Margarida, a empregada, trouxe um chá de camomila e alguns biscoitos que havia preparado.

- Obrigada, Margarida.

A empregada sorriu e voltou para seus afazeres.

- Como você está se sentindo? – Disse Snape após engolir um pouco do seu café.

- Eu não sei. – Lola falava enquanto bebia o chá e mastigava um pedaço do biscoito.

- Entendo que você não esteja bem, mas existem fatos urgentes que você precisa saber.

- Prossiga.

- Seu irmão, ao que parece, foi atacado por dementadores e acabou usando o feitiço do patrono na presença de um trouxa. Neste momento ele está sendo julgado pelo ministro da magia em pessoa. Voldemort está agindo.

- O que? Dementadores em Litle Winging? O que eles fazem longe de Askaban? Julgamento? Por um simples caso de magia adolescente? Isso não te parece meio...

As metades do raio e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora