my safe harbor

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Aproximei-me ainda mais daquela casa, consigo ouvir uns barulhos de dentro dela, eram... gemidos, mas não de prazer, e sim de dor, parecia alguém chorando enquanto outro alguém gemia, não hesitei em bater na porta, ninguém atendeu, bati novamente e a porta é aberta por um homem de aparentemente uns 50 anos, com roupa amarrotada e cabelo bagunçado.

"Oi, desculpa incomodar, eu queria saber se aqui é a casa da ana" falo meio assustada com aquele homem.

"Oh sim, ela está ali" ele aponta para ana sentada no sofá.

Ela estava péssima, como se estivesse acabado de chorar, além disso, estava com roupa amarrotada igual ao senhor que atendeu a porta, eu sentia o medo no olhar dela.

"A-ah, rafaela, e-eu es-esqueci completamente que você vinha..." ela tenta forçar um sorriso falhando totalmente. "E-esse é meu... p-padrasto... Márcio..." ela não olhava para ele, ficava apenas de cabeça baixa.

"Foi um prazer, muito bonita sua casa!" Falo e dou um sorriso.

Ana me levou para seu quarto para fazer-mos o trabalho, ela se tremia, tinha medo dali, dava para ver no seu olhar, há algo errado nessa casa.

"Ana... está tudo bem?" Falo me direcionando a mesma que se encontrava na mesinha espelahndo uns papéis.

"C-claro, porquê não estaria?" Mais uma vez ela força um sorriso. "Desculpa, eu... preciso ir no banheiro." Ela sai correndo para o banheiro de sua suit, fazendo eu me aproximar um pouco da porta e escutando um choro baixo.

"Ana..." bato na porta.

"Rafa, sai daqui por favor" ela estava realmente chorando.

"Me fala o que tá acontecendo, eu quero te ajudar" falo escorada na porta.

"Porquê eu confiaria em você? Você nem me conhece!" Ela chorava e soluçava, não sei bem o porquê, mas eu sentia que essa garota era especial, sentia que eu precisava protegê-la.

"Ana, eu quero seu bem, não nos conhecemos tão bem, mas eu quero te ajudar, seja no que for!" Falo.

Ela sai do banheiro ainda chorando e me olhando, fui tentar abracei-a fortemente, meu coração batia rápido, sentia-me na obrigação de fazê-la sorrir.