CAPÍTULO 2
- Fico muito feliz mesmo Anny que você tenha tomado essa decisão – Sandy fala entusiasmada enquanto dirige – Você vai ver vai te fazer bem.
- Sandy, são só sete dias, esse foi o combinado – corto suas asas, a procura de algo na bolsa – Além do mais logo, logo tô de volta, nem vai dar tempo sentir minha falta.
- Mas então, o que te fez mudar de ideia tão de repente? – Ela ignora meu último comentário.
Deixo minha bolsa de lado e fixo a estrada a frente. Eu não queria tocar no assunto de que essa viagem seria não só uma forma de mudar os ares, mas quem sabe posso achar pistas sobre meu filho. Além do mais não comentei nada com a Sandy sobre minha conversa com o detetive Barber.
- Como você disse, "que mal teria" – minto
Cerca de duas horas essa foi a duração da viagem até a pequena cidade. Era realmente pacata, não havendo nada de especial nela. Existia um pequeno restaurante que já posso adiantar pode se tornar meu segundo lugar preferido após meu trabalho. O centro da cidade acompanhava o restante da cidade em termos de pacata. Havia alguns sobrados de cerca de três andares no máximo, as pessoas eram bastante comuns nada de extravagante. Poderia facilmente parecer que voltei no tempo, pois tudo era bastante, como posso dizer sem soar grosseira, isso, rústico, essa era a palavra.
- Aqui parece uma cidade de caipiras! – Sandy revela a palavra que eu não usei para descrever a pequena cidade
- Sandy! – A repreendo com o olhar – Ela é até que acolhedora.
- Você quer dizer atrasada – Ela completa – Como pode escolher essa cidade?
- Esqueceu quem escolheu? – completo.
- Ah, é mesmo – ela coça o queixo – desculpa por isso.
Após alguns minutos paramos em frente ao colégio que irei trabalhar, decido conhecer o meu novo lar antes de definitivamente vir para o meu primeiro dia. Ela não era muito grande, Composta apenas do andar térreo, seguimos pelo corredor que se encontra vazio, como passa das 10 horas, vejo pelo vidro das portas que as crianças se encontram em aula. Sandy me acompanha pelos corredores, quando a vejo ela está guardando o celular na bolsa – não duraria uma semana aqui – falo para mim mesmo.
Uma mulher de cabelos negros com alguns fios brancos um pouco forte, sai de uma sala que vejo ser da diretoria, com algumas pastas.
- Elza? – Sandy revela o nome dela sem eu precisar falar nada.
- Bom dia Sandy – Ela levanta o rosto e nos fixa, vindo em nossa direção.
- Você não mudou nada – Sandy diz de maneira extrovertida.
- Não seja mentirosa – ela sorri, enquanto aperta a mão da minha melhor amiga – Você deve ser a Anny – ela completa me analisando.
- Isso, ela quis vir ver sua nova casa – Sandy fala me olhando.
- Será um prazer poder ajudar – Falo estendendo a mão para a Elza.
- Sandy me falou o quanto você ama o trabalho – ele retribui o gesto – Bom, vamos até minha sala.
Seguimos atrás da Elza, que nos conduz ate sua sala, que segue o design da escola. Bastante rustica. Ela aponta com a mão para as cadeiras a frente de sua mesa. Vejo tudo bastante organizado, e logo percebo que ela deve ser bastante exigente, já que tudo está no seu devido lugar. Percebo um quadro onde a vejo e um senhor calvo que parece ser seu marido, já que tem dois adolescentes nele que não devem ter mais que treze anos.
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Após a tempestade
General FictionAnny acorda um certo dia, e recebe a notícia de que seu marido e seu filho sofreram um acidente de carro, mas o corpo de seu filho nunca foi encontrado. Ela vai então trabalhar como professora substituta em uma escola do interior a pedido de sua ami...