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Colégio

P.O.V. ALISHA

— POR QUE NINGUÉM ME CHAMOU? - perguntou J, aflito, ao saber que eu tinha batido o tornozelo enquanto ele estava distante, em videoconferência com os pais.

— Irmão, foi algo simples demais. Ela só bateu, doeu na hora e deve ficar roxo depois mas nada grave. - respondeu Sammy, tranquilo e sensato como sempre.

— Eu iria pegar gelo, curativo, carregar no colo e tudo mais para cuidar do meu nenê. Vocês deixaram ela fazer tudo sozinha, só tem retardado!

— Meu deus, como você é uma gracinha! - exclamei rindo - Não precisa ficar preocupado, de verdade, nem está doendo mais. - tranquilizei-o.

— Não tem como não me preocupar com você...

— Quanto drama! Você deveria era se preocupar com esse cabelo platinado ridículo, que tá ficando pior ainda com o cloro da piscina. - debochou Olivia.

— Vai se ferrar, Olivia! Não te perguntei nada, porra.

— Ui, ficou boladinho! - comentou Jack G, fazendo todos rirem porém tentei me segurar pois ele não merece nem a minha risada.

— Desculpa mais uma vez... - Stacey é a pessoa mais fofa do universo.

— Já conversamos, para de bobeira! - sorri amigavelmente para ela.

E bom, enquanto toda essa conversa paralela estava acontecendo, nosso querido Maloley estava dando PT. Com toda a certeza do mundo, ele sabe lidar bem melhor com as drogas do que com o álcool.

[...]

Já estava quase de madrugada, o pessoal só foi embora agora. Agi naturalmente perto do Johnson, durante a presença deles, mas estive o tempo inteiro entalada com o que o Gilinsky havia dito.

— Quer fazer o que? Dormir, comer...

— Quero falar sobre algo que me incomodou. - disse, brevemente.

— Como assim? - perguntou, confuso.

— Soube que contou sobre a noite passada para os garotos.

— Conheço eles desde pequeno, foi um momento importante e tive vontade de compartilhar... Qual o problema nisso?

— Entendo ter contado mas você poderia ter me avisado ou sei lá, esperado um tempo, pareceu que a primeira coisa que fez quando chegaram foi contar!

— Não confia em mim? Acha que eu faria algo que fosse te prejudicar?!

— Você não tá me entendendo... - respirei fundo, tentando manter a calma.

— Quem te contou sobre a conversa?

— Isso é o que menos importa! A questão aqui é que não me consultou sobre isso, era uma intimidade nossa e você saiu contando. Também deve ter contado sobre as outras coisas que fazíamos, talvez tenha dado detalhes e eu aqui de idiota!

— Jesus, mas que tempestade em copo d'água! - coçou a cabeça, provavelmente de nervoso.

— Ah! - ri sem humor - Ainda por cima está menosprezando essa conversa, sinceramente...

— Ei, ei, calma! Olha só, desculpa, desculpa mesmo. Não achei que fosse necessário te comunicar, prometo que a partir daqui sempre irei conversar com você antes, tá bom?

— Não sei, ainda estou com raiva... - bufei e cruzei os braços.

— Por favorzinho! - me abraçou a força e beijou minha bochecha.

— Tá bom...

[...]

Acordei com a mensagem da minha mãe avisando que iria almoçar com ela e meu pai, que chegaria da viagem de negócios hoje. Então, tomei um banho rápido, me arrumei e chamei o Bruce, meu motorista, para me buscar. Jack J estava dormindo profundamente, não quis acordá-lo.

Ao chegar em casa, fui direto para o meu quarto. A hora estava apertando e tinha que trocar de roupa ainda, felizmente deu tempo para tudo. Desci e em menos de cinco minutos meu pai chegou em casa, cheio de malas. Meus pais viviam viajando a trabalho, David e Emma Hollingsworth são donos de uma das mais importantes redes hoteleiras do mundo.

— Querido, que saudade! - se beijaram, eca.

— Onde vamos almoçar? - perguntei, graças a deus, atrapalhando aquela melação.

— No meu restaurante favorito, Urasawa. - respondeu meu pai, contente e não nos surpreendeu com sua escolha óbvia.

— Chamou seu namorado? - perguntou minha mãe, curiosa.

— Não, ele ainda estava dormindo quando sai e pensei que seria um momento família.

— Futuramente, ele será da família. - afirmou Emma.

— Não sei nem se vou estar viva amanhã, que dirá casada. - ri fraco.

— Não fale isso! E ele é um ótimo menino, de uma excelente família, por isso fazemos muito gosto da relação de vocês. - sorriu e abraçou David de lado.

— Já sei disso tudo, só vamos logo, estou morrendo de fome. - disse impaciente.

[...]

— Formem duplas ou trios. - avisou, o professor de filosofia, após explicar o trabalho trimestral.

— Stacey, faz dupla comigo? Por favor, to ferrado demais nessa matéria e se não for bem de novo, compromete a minha bolsa... - pediu Wilk, desesperado.

— Óbvio, fica tranquilo, vamos arrasar! - respondeu a morena.

— Não acredito que o Samuel estragou meu trio... - resmungou, Olivia.

— Relaxa, gatinha, que o pai tá on! - balançou sua corrente de ouro, fazendo um charme.

— Só pode ser o apocalipse, mas para o seu azar vou fazer com a Alisha, não é?! - perguntou irritada, me olhando.

— Na verdade, loira de farmácia, eu que vou fazer com a Alisha. - J respondeu e me deu um selinho, antes que pudesse me manifestar.

— Viu só?! - disse o Maloley, sorrindo vitorioso e a loira revirou os olhos.

— Como assim, você me trocou?! - perguntou G para o J, indignado.

— Não troquei, vamos fazer um trio! Eu, meu melhor amigo e a melhor namorada do mundo. Só posso estar sonhando, vai ser perfeito! - respondeu Johnson, completamente animado.

Só ele estava feliz com isso, não sei qual expressão de felicidade era mais falsa: a minha ou a do Gilinsky. Só podia ser piada, a última coisa que queria no mundo era fazer um trio com eles. Era só o que me faltava...

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⏰ Última atualização: Jul 19, 2020 ⏰

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Blame It On The Night | {J.G}Onde histórias criam vida. Descubra agora