Episódio um.

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— Que droga! Me devolve logo, eu sei que você pegou! — Sana gritava, e isso fez Nayeon acordar.
Im olhou em volta, percebendo que havia dormido na escola.

— Para, Sana. Não peguei nada! Você enlouqueceu. — Dahyun disse, enquanto ria junto com Momo.

— É o meu presente de cem dias de namoro e simplesmente desaparece. Me devolve, Hirai Momo e Kim Dahyun, sei que vocês pegaram! — Exclamou irritada, revirando as mesas das meninas, como uma verdadeira criança mimada e desesperada.

— E se você foi roubada? — Momo disse, segurando o braço de Sana, que parou na mesma hora, com uma expressão confusa em seu rosto.

— Roubada? Quem me roubaria?

— A vadia anjo da Nancy, parece que você foi a vítima dessa vez. — Dahyun completou.

— Ah, mas que porra! — Sana gritou, percebendo que de repente toda atenção da sala, agora silenciosa, foi dada a si. Corou fortemente.

— Não acha que está cedo demais para palavrões, Minatozaki? — A voz rouca atrás de si, fez Sana se virar, com um sorriso alargado em seu rosto.

— Tzuyu! - A japonesa exclamou, recebendo a mais alta com um abraço meio desajeitado. Tzuyu retribuiu o sorriso, circulando a cintura de Sana com seus braços. Nayeon que observava toda aquela cena, rolou os olhos, percebendo que a sala havia voltado ao normal.

— O que houve? Por que está tão brava? — Tzuyu perguntou, encarando sua namorada.

— Ela perdeu um presente pra você. — Sana deu um tapa na cabeça de Hirai, que resmungou.

— Fique quieta! — Tzuyu riu.

— Um presente? - Perguntou, desvencilhando do abraço de Sana — Por quê?! Eu quero ver o que é. — Chou andou pra perto da mochila de Sana.

— Por quê?! Você perguntou o por quê?! — A japonesa perguntou, levemente desapontada com a namorada.

— Sim, amor. — Tzuyu riu, vendo uma Sana irritada distribuir tapinhas em seu ombro. — Por que, em?

— Você é uma idiota! — Chou segurou os pulsos de Sana enquanto gargalhava, atraindo novamente a atenção da Im, que enquanto observava, focou exatamente na pulseira personalizada que Sana carregava em seu braço direito.

Lembrou do que a Sra. Lee disse no dia anterior. Se viu pensando nisso o dia inteiro, em cada parte de sua fala.

No final das aulas, Nayeon pegou seu boletim, aproveitou que a Srta. Lee não estava e falsificou a assinatura de seu pai, antes de deixá-lo em cima da mesa. Saiu em direção ao metrô, o mesmo que sempre pegava para ir para casa.

"E quais são seus objetivos? Esperanças? Sonhos? Vontades? Não há mais nada que você queira?"

Sonhos... sonhos são caros. Principalmente para as pessoas que não tem pais presentes. Não importa o quanto tente, você nunca vai conseguir.

Suspirou, movendo-se para fora do vagão, assim que chegou em sua estação. Im caminhou até os armários que pertencia aos estudantes que moravam próximos dali, abriu o seu apanhando uma pequena bolsa preta, contou as notas de dinheiro que haviam dentro dela, antes de substitui-lá por uma bolsa semelhante, entanto vazia.

Pegou o celular de trabalho, chamando o nome do assistente digital, antes de conectar em seu fone.

— Doggo, verifique as mensagens. — O celular logo atendeu a ordem.

"Você tem uma mensagem não lida
Socorro.
Socorro.
Socorro."

— Mas que droga... — Resmungou baixo. — Escreva para o Sr. Park.

Extracurricular - 2YEONOnde histórias criam vida. Descubra agora