[CONCLUÍDA]
Rose Stewart nunca gostou de confusões, brigas ou qualquer outra coisa que se assemelha à palavra caos. Ela salva vidas, sendo uma das melhores médicas do hospital público em que trabalha. Entretanto, sua vida e os seus costumes começam...
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Hospital Mount Sinai Nova York, Estados Unidos Ponto de Vista Rose Stewart
Saio do meu carro e ajeito a bolsa em meu ombro, acionando o alarme do Virtus em seguida. É mais uma noite de plantão no hospital e confesso não estar nos meus melhores dias, já que a cólica que comecei a sentir há dois dias atrás parece mais forte hoje e nem o remédio que estou acostumada a tomar para cólicas menstruais, fez efeito. Respiro fundo e começo a caminhar lentamente para fora do estacionamento subterrâneo, onde encontro alguns colegas de trabalho. Sorrio fracamente para eles e apresso os meus passos, pois não quero ter que ouvir a voz um tanto enjoativa da enfermeira Lindsay, já que a mesma costuma ser bastante inconveniente às vezes.
Já na entrada do hospital encontro várias pessoas machucadas, enfaixadas, esperando para serem atendidas. Cumprimento as meninas da recepção e entro no corredor que dá diretamente em minha sala. Assim que paro em frente a porta, tiro a bolsa do ombro e procuro pela chave, colocando-a na fechadura para destrancar a mesma. Empurro a porta depois de destrancá-la e dou uma breve olhada ao redor, notando que tudo está em seu devido lugar. Deixo a bolsa no canto da mesa e visto o meu jaleco, arrumando o cabelo que ficou por dentro da peça de cor clara. Antes de começar a atender os pacientes, ligo o ar-condicionado da sala e me sento na cadeira giratória.
— Boa noite, Dra. Rose. — Justamente a enfermeira mais fofoqueira de todo o hospital entra em minha sala, enquanto segura uma prancheta em mãos. Devolvo o cumprimento e a vejo se aproximar de onde estou sentada. — A Selena pediu para eu entregar a lista dos dez primeiros pacientes. — A loira sorriu, me entregando a prancheta.
— Obrigada. — Agradeço e passo os olhos rapidamente pelos nomes. — Pode pedir para a primeira paciente entrar, por favor? — Peço gentil, levantando o rosto para encará-la.
— Claro! — Exclama sorridente e não vejo um motivo aparente para tanta animação.
Logo a primeira paciente, a Sra. Cullen entra na sala e me cumprimenta. Sorrio para a mesma e começo a atendê-la. Ela sente dores nas costas constantemente, tanto que às vezes não consegue nem se levantar da cama. Fico extremamente preocupada com a situação em que se encontra a sua coluna de tanto trabalhar como empregada, quando ainda tinha idade para tal. Pego a caneta e começo a escrever pouco a pouco, lhe passando um óleo para massagem, mais uma caixa do remédio para dor que passei há dois meses atrás que a ajudou bastante com as dores e uma injeção, a qual irá melhorar sua dor nas próximas horas. Termino de escrever e bato o meu carimbo, assinando embaixo.
— Prontinho, Sra. Cullen. — Explico sorrindo sem mostrar os dentes, enquanto lhe entrego a receita. — Peça ao seu neto para ajudá-la com a massagem, certo? — Recomendo.
— Pode deixar, querida. — Ela sorri fraquinho e se levanta com dificuldade.
— Uma das enfermeiras irá aplicar a injeção na senhora e espere alguns minutos antes de ir para casa. — Passo a recomendação, analisando-a brevemente.
