Por Pouco Dele

C a p í t u l o 3

K e i l a n i ' s   pov

Ganhando consciência, senti uma terrível dor de cabeça, soltei um gemido de dor, enquanto rebolava na cama que não me era familiar. Com a cara amarrada de dor, lentamente abri meus olhos para os fechar de novo pela luz do sol que entrava pelas cortinas.

Me sentando na cama e esfregando meus olhos, olhei a volta do quarto tentando lembrar como é que terminei aqui.

O quarto era bem grande, com paredes altas, pintadas de branco; duas portas para o lado direito, uma delas sendo provavelmente para o banheiro; janelas de vidro que iam do chão até o teto com cortinas longas e brancas quase transparentes do lado esquerdo; e do lado oposto da cama uma TV, e outra porta.

Distraída pela dor de cabeça e pelo quarto que não conseguia reconhecer, não reparei que estava nua e que outra pessoa estava deitada do meu lado. Saltando com um grito de susto, segurei o lençol e cobri meu corpo.

- Não, não, não, não, não... _ repeti enquanto me afastava do corpo e tentava não olhar, _- Por favor não._ implorei com os olhos fechados, rezando para não ter feito nada que vou me arrepender. 

Por mais que quisesse ignorar o corpo ao meu lado, a necessidade de confirmar o que aconteceu venceu o medo de ter feito alguma merda e virei meu olhar para o lado para encontrar as costas nuas de um garoto que por sinal era bem gato e lindo. Sua cara estava virada para o outro lado enquanto seus braços musculosos abraçavam seu travesseiro. Engolindo em seco, desci meu olhar para seu pescoço e notei um chupão bem abaixo da sua orelha, descendo meu olhar ainda mais para suas costas percebi alguns arranhões e toda a esperança que tinha morreu. 

- Não! Por favor não. Que merda eu fui fazer!? _ chorei baixinho, minhas mãos subindo até meus cabelos e os puxando, piorando minha dor de cabeça. _ - Que droga!

Ainda assustada, preocupada e com uma imperdoável dor de cabeça, tentei localizar minhas roupas com o olhar e olhando de novo para o garoto que felizmente ainda estava dormindo, me levantei e peguei todas minhas roupas e comecei a me vestir.

- De dia é ainda mais gostosa. _ saltei com um grito mais uma vez e ainda de calcinha e colocando meu sutiã, me abracei tentando esconder meus seios.

- Idiota. _ gritei quando ele se riu e lancei a primeira coisa que consegui pegar, meu sapato.

- Não era isso que você dizia mais cedo. _ falou e gritei frustrada.

- Seu idiota, safado, cretino, estúpido... demônio. _ gritei e ele riu se sentado na cama.

- Quem diria que a princesa poderia ser tão bravinha!? _ riu e lancei um travesseiro.

- Chega! Cala essa boca. _ gritei e ele riu mais um pouco. _ - E para de olhar assim para mim.

- Assim como? _ levantou uma sobrancelha e mordeu seu lábio inferior me olhando de cima à baixo.

- Assim. _ apontei e ele sorriu, _- Para com isso.

- Não estou afim. Gosto de você bravinha. Fica ainda mais gostosa. _ mordeu seu lábio inferior e piscou.

- Idiota. _ me virei lhe dando minhas costas e continuei me vestindo.

- Ja vai embora? Pensei que a gente poderia repi...

- A gente nada! _ gritei me virando para ele, _- A gente não existe. E o que quer que  aconteceu ontem foi um erro. Eu estava bêbada, confusa, não sabia o que estava fazendo, tá!? Eu não sou assim._ ele sorriu.

- Não é bem assim que eu me lembro ou você esqueceu? _ falou se aproximando, me fazendo engolir seco pela proximidade._- De como você me implorou...

- Para. _ tentei soar firme, mas saiu um suspiro e ele sorriu ainda mais.

-  De como você gritou meu nome... _ se aproximou ainda mais, me fazendo fechar meus olhos, flashes aparecendo na minha cabeça. 

- Eu não sou assim._ prendi o ar quando ele estava apenas a centímetros de distância.

- Talvez você queira acreditar que não, mas eu lembro de tudo. _ dei um passo para trás e ele continuou se aproximando até que minhas costas se encontraram com a parede, _- Como você me tomou, me arranhou e me marcou._ sua respiração estava no meu pescoço e meu coração disparava.

Ainda com os olhos fechados, conseguia sentir seu olhar em mim, meu coração acelerado e minha respiração curta. Com uma de suas mãos, ele me puxou para si, colando nossos corpos e ganhado um suspiro de mim. Completamente derretida e quente, coloquei minhas mãos em seus ombros para me segurar quando ele plantou seus lábios no meus pescoço. Me puxando ainda mais contra a parede, soltei um gemido, e me segurei mais forte. 

Tomando minhas reações como meu consentimento, suas mãos desceram para minhas coxas e em um movimento quase que sem esforço, ele me levantou e eu envolvi minhas pernas em volta da cintura, nossos lábios finalmente se encontraram em um beijo quente e selvagem, como se nenhum de nós pudesse se cansar um do outro. 

Correndo minhas mãos pelo seu cabelo, puxei meu corpo um pouco mais para ele, o fazendo soltar um gemido pelo movimento da minha cintura. Descendo seus beijos para meu pescoco, ele nos levou para cama já se livrando do meu sutiã.  Se colocando no meio das minhas pernas, tal como na madrugada de hoje, ele desceu seus beijos da minha boca para meu pescoço, depois para meu peito, me fazendo soltar leves gemidos, e finalmente minha cintura antes de se livrar de meus calções e começar a baixar minha calcinha. 

Como uma provocação, ele passou sua língua na linha da minha calcinha me fazendo arquear minhas costas em antecipação. Sorrindo, ele voltou seus beijos para meus peitos e chorei de frustração. Puxando seus cabelos, colei nossos labios, e ele sorriu no beijo, apertando minha cintura. Descendo minhas mãos para seus boxers, mordi sua orelha enquanto ele beijava meu pescoço, o fazendo soltar um gemido quando minhas mãos entraram em seus boxes. Mas antes de poder toca-lo, segurou minha mão e a guiou para seu peito.

Sorrindo, ele desceu seus beijos até minhas pernas e com seu olhar em mim, meteu seus dedos e logo depois sua língua, fazendo meus olhos rolarem para trás pela onda de prazer. Soltando um suspiro, arqueei minhas costas minhas mãos segurando os lençóis a minha volta e as mãos de Archer nas minhas coxas para me segurar, seus olhos ainda em mim, enquanto ele me fazia gemer e tremer com seus dedos e sua língua, quando o som de alguém batendo a porta nos parou. 

- Keilani? 

* * *

@Drietaxv✔