Tatuagem na mão.

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Sina Deinert.

Hoje é terça-feira e Noah acabou de sair para buscar meu pai e Wendy no aeroporto.

Desde domingo nós não conversamos... E está tão difícil. Mas ninguém mandou ele fugir à noite e ficar com Shirley.

-Sina. - Jeky me chama.

-Oi?

-Conversou com Noah?

-Não. - digo rápido - Ele me traiu, não precisa de conversa alguma.

-Sina, eu ja falei que o vi saindo do seu quarto no sábado de manhã. - dou de ombros. - Já sei! - ela grita me assustando.

-Ai! - grito.

-Desculpa. Mas eu tive uma idéia. - digo a ela para prosseguir. - Vamos olhar as câmeras. Assim veremos se ele saiu à noite.

Suspiro e então eu confirmo. Descemos para o escritório do meu pai, onde fica o televisor das câmeras.

-Sábado, dia quatro de julho de dois mil e dezenove. - digo para ela pesquisar as imagens.

-Aqui. - ela diz e eu sento ao seu lado. - às 3:40? - confirmo e ela acha as imagens. Olhamos dos horários 03:40 até às 09:10 que foi a hora em que a primeira pessoa saiu de casa, Jeky. - Viu, Sina? Ele não saiu.

-Droga! Meu Deus, Jeky! - digo arfando. - Não é possível, o cara da foto é ele.

-Dei-me a foto. - entrego o celular a ela. Jeky procura a foto e então analisa a mesma. - Sina, como você confundiu esse cara com o Noah?

-Porque o cara é igualzinho a ele.

-Nada a ver! Esse garoto tem os cabelos pretoa escuro e tem um tatuagem na mão.

-Tatuagem? Onde? - vou até ela, que dá zoom na mão do garoto que tem uma tattoo que cobre toda a mão. - Ab céus, eu sou uma idiota.

-Agora quando ele chegar você ira conversar com ele? - confirmo e dou um beijo em sua bochecha - De nada.

Depois de minutos Noah e nossos pais chegam.

-Oi! - Digo abraçando meu pai e a Wendy.

-Oi, meu amor. - Meu pai diz.

-Oi, Sininho. - Wendy diz.

-Como foi a viagem? - pergunto e vejo Noah se sentar no sofá.

-Melhor impossível. - Wendy responde e eu sorrio.

Caminho até Noah no sofá e o observo de olhos fechados com a cabeça para trás, enquanto respira alto.

-Noah? - falo e ele me olha. - Podemos conversar? - ele abre a boca para responder mas meu pai o interrompe.

-Agora não meu amor. Ele irá sair com a mãe dele. - diz e me abraça de lado. - venha, vamos almoçar juntos.

-Tudo bem. - falo - Mas, Noah, Por favor, quando voltar me procura.

Ele confirma e eu e meu pai vamos almoçar.

                      

Já é a noite e o Noah chegou já faz várias horas, mas não me procurou em nenhum momento.

Não aguentando o esperar e vou até seu quarto. Bato na porta, e escuto a voz de Wendy falando para eu entrar.

Entro e vejo Noah com o rosto vermelho, parece que estava a chorar. Deitado -- dormindo -- nas pernas de Wendy enquanto a mesma passa a mão em seus cabelos.

-O que houve? - pergunto. - ele estava chorando?

-Não conta que lhe contei, mas, sim. Ele estava a chorar. - ela diz em um quase sussurro.

-Por quê? - sento ao seu lado na cama, encarando Noah.

-Parece que brigou com a namorada e os dois acabaram terminando. E ele disse que não estava se sentindo bem com isso, e um pouco sozinho, pelo motivo de não poder contar para Lamar que é seu melhor amigo. - ela da um suspiro. - ele disse que não poderia me contar quem é ela.

Suspiro antes de dizer:

-Mas você o entende, certo?

-Mais ou menos. - dá um beijo na testa de Noah. - Na verdade, não.

Noah começa a se mexer fazendo com que meu coração dispara.

-Sina? - ele diz ao abrir os olhos. - O que? O que você esta fazendo aqui?

-Preciso conversar contigo. - respondo e ele olha para sua mãe. - a sós.

-Okay. Se precisarem de algo apenas me chamem. - ela diz e sai do quarto.

Noah se senta e passa a mão no cabelo. Seu olhar é tenso e cheio de medo.

-O quê quer? - ele diz sorrindo fraco.

Suspiro antes de começar a falar.

                          

Mais um hoje...

Meio-irmãos - Noart.Onde histórias criam vida. Descubra agora